Prof. Douglas Barraqui
Há uma tênue linha que separa o
fanatismo do fundamentalismo. Ao longo da história o homem endeusou outros homens,
enalteceram atitudes e usaram a religião para tanto. Mas sempre digo para meus
alunos: o problema não está nesta ou naquela religião; o problema não está no
cristianismo, no islã, budismo, induísmo; não está em Cristo ou em Ala; neste
ou naquele livro sagrado. O problema está em nós, homens. Estamos tão cheios,
anestesiados, dopados de nossa própria “filosofia”.
Alguns podem até dizer que viver
em função da religião é como viver na Caverna de Platão. E eu sempre
digo para os meus alunos que não há nada de errado em ter fé. O problema é o
que você faz com a sua fé.
Não seja tolo ao ponto de
pensar que Islãmismo é sinônimo de terrorismo. A Al Qaeda, o Taleban, o Al Shabaab ou mesmo o Estado Islâmico não
foram os inventores do fundamentalismo ou mesmo do terrorismo. Não sejamos
justiceiros afoitos ao ponto de achar que o mundo árabe deve ser enfrentado, o
islã deve ser combatido. É justamente aqui que estamos sendo tão
fundamentalistas quanto os terroristas da Al Qaeda, do Taleban, do Al Shabaab e do Estado Islâmico.
Digo e repito “os
fundamentalismos”, porque há várias formas de fundamentalismo, estão presentes no cristianismo, no judaísmo,
no islamismo; no modo como seu pai te educa, no modo como seu professor te
reprende, nas palavras de um pastor de um padre, do vizinho que acha que é
dono do corredor do prédio; em mim e em você que chegamos mesmo a pensar que a
melhor forma de resolver o terrorismo é com guerra e mais terror. Em nossa
atual “filosofia”, em nosso tempo, posso te dizer: de terror e fundamentalismo
todo mundo tem um pouco.
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