domingo, 13 de novembro de 2016

INFOGRÁFICO: ERA VARGAS


FONTE:

VICENTINO, Cláudio. História geral e do Brasil / Cláudio Vicentino, Gianpaolo Dorigo – 2. ed. – São Paulo: Scipione, 2013.


A ESPADA DE DÂMOCLES


A espada de Dâmocles, pintura de Felix Auvray, século XiX.

Os gregos nos legaram contribuições em diversas áreas, como na literatura, no teatro, na Filosofia, na Medicina, etc. Algumas das histórias tradicionais que conhecemos, também derivam dessa herança. A lenda da espada de Dâmocles é uma delas. Entre suas várias versões temos a história que reporta a um conto antigo sobre a cidade de Siracusa, fundada por Corinto no século VIII a.C.

Em Siracusa, Dionísio, o velho, aproveitou-se das guerras contra Cartago para impor seu poder como tirano local no final do século V a.C. Por alguns anos Dâmocles, amigo de Dionísio, mostrava uma incontrolável inveja diante de seu imenso poder. O tirano, então, resolveu armar uma situação para Dâmocles e ofereceu o seu lugar de poder por uma noite, em um grande banquete.

Dâmocles mais que depressa aceitou a oferta de Dionísio e ficou entusiasmado com a ideia de ser ele o grande poderoso de Siracusa, tendo todos à sua volta para servi-lo. Como prometido, Dionísio montou o banquete e Dâmocles recebeu todas as honrarias.

De início, Dâmocles ficou entusiasmado com o luxo e a fartura da festa e dos serviçais que estavam à sua disposição. Porém quando ele, sentado no trono, viu que havia uma espada que pendia do teto, presa por um fio de crina de cavalo, podendo cair facilmente sobre a sua cabeça, levantou-se e desistiu de desfrutar do poder recebido.

A moral da história grega é a de que existe um preço a ser pago pelo poder. Quanto mais poder alguém possui, maiores são suas vantagens, mas também crescem suas responsabilidades e os riscos relacionados a ela.

REFERÊNCIAS:


A espada de Dâmocles, pintura de Felix Auvray, século XIX.

MAPAS HISTÓRICOS - GUERRA DO PELOPONESO

Em 431 a.C., Atenas e Esparta entraram em guerra, arrastando as demais pólis para um conflito que ficaria conhecido como Guerra do Peloponeso. Atenas tinha o poderio marítimo, enquanto os exércitos de Esparta detinham o domínio terrestre. Nos dezessete anos de guerra, os soldados espartanos devastaram os campos da Ática e cercaram Atenas. O conflito só terminou em 404 a.C., com a vitória final de Esparta.

Com o fim da democracia ateniense e o retorno do poder oligárquico na Grécia, iniciou-se o período de domínio espartano. Esse domínio foi ameaçado por outras cidades, que lutavam pelo controle da península Balcânica. Foi o caso de Tebas, que derrotou Esparta em 371 a.C. e estabeleceu uma breve hegemonia.


As constantes guerras tiveram como resultado o enfraquecimento das cidades-Estado gregas, o que abriu caminho para a invasão dos macedônios, povo do norte da península Balcânica. Em 338 a.C., na Batalha de Queroneia, os exércitos gregos foram derrotados e a Grécia caiu sob o domínio da Macedônia.

Adaptado de: DI SACCO, Paolo (Coord.). Corso di storia antica e medievale. Milano: Edizioni Scolastiche Bruno Mondadori, 1997. p. 135.


REFERÊNCIAS:

AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris: história 6° ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.

CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.

COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005.

MOZER, Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudico. História & Vida Integrada. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

Projeto Araribá: História – 6° ano. /Obra coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário Melani.

Uno: Sistema de Ensino – História – 6° ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.

VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino Fundamental. São Paulo: Ed. Scipione, 2002.

LULA (2003-2011)

Prof. Douglas Barraqui

A)   ASPECTOS GERAIS:


I.              Lulinha paz-e-amor
Ø  Buscou novos aliados políticos,
Ø  Procurou transformar a imagem de Lula: elegante, bem vestido e conciliador, ele foi apelidado de “Lulinha paz-e-amor”. (O novo perfil, menos radical, mais maduro e sóbrio, conquistou a confiança da classe média e dos empresários).
Ø  Figura carismática, com quem era possível se identificar e alimentar a esperança de justiça social.

II.            Promessa de Campanha:
Ø  Crescimento econômico – Elevar o PIB em 5%;
Ø  Distribuição de renda

III.           Cenário:
Ø  - Inflação baixa;
Ø  - Baixo índice de desemprego;
Ø  - Risco país baixo;
Ø  54 milhões de pessoas viviam em situação de pobreza e que apresentava um dos maiores índices de desigualdade social do mundo.
Ø  - A possibilidade de vitória do PT levou à turbulência os mercados de câmbio e de ações. Para acalmá-los, Lula divulgou, em 22 de junho de 2002, a “Carta ao povo brasileiro”, PROMETIA:
·         Uma transição responsável com base no debate
·         Coalizão que envolvesse líderes populares e do empresariado nacional.
·         Assumir os contratos e as obrigações anteriormente firmados e buscaria a estabilidade e o crescimento econômicos.

De fato, após a divulgação da Carta, os ânimos dos mercados começaram a mudar. Lula venceu no segundo turno com o apoio de 53 milhões de eleitores – 61% dos votos válidos. Ele tornou-se, assim, o primeiro líder de um partido de esquerda eleito presidente do Brasil. Também foi o primeiro operário e o primeiro civil sem diploma universitário a ocupar o cargo.

B)   ASPECTOS POLÍTICOS:

Ø  Uma parcela de militantes e intelectuais de esquerda não concordou com a guinada conservadora do partido. O estopim do conflito foi a emenda da reforma da previdência dos servidores públicos, que propunha maior tempo de contribuição e de serviço para que o profissional obtivesse aposentadoria integral. Por sua oposição à reforma defendida pelo governo, membros do PT foram expulsos da legenda, e acabaram migrando para outros partidos; alguns fundaram o Partido Socialismo e Liberdade, o PSOL, organização de esquerda que faz oposição contundente aos governos petistas.

C)   ASPECTOS ECONÔMICOS:

Ø  Continuidade à política econômica de FHC;
Ø  Aumento das exportações;
Ø  Controle dos gastos públicos;
Ø  Controle da inflação;
Ø  Crescimento significativo do PIB (ocorreu nos três grandes setores da economia (indústria, agropecuária e serviços), que passaram a empregar mais.
Ø  Queda do desemprego;

Programa de Aceleração do Crescimento (PAC):
1º) Energia:
Ø  Hidrelétricas;
Ø  Bio-combustíveis;
Ø  Proálcool
2º) Infra-estrutura social-urbana:
Ø  Saúde;
Ø  Alimentação;
Ø  Educação;
Ø  Saneamento;
2º) Logística:
Ø  Rodovias;
Ø  Ferrovias;
Ø  Portos;
Ø  Aeroportos ;
Ø  Hidrovias;
Problemas Enfrentados:
Ø  Juros elevados;
Ø  Elevada carga tributária;
Ø  Dívida pública elevada;
Ø  Gargalos da economia:
·         Transporte;
·         Energia;

A política econômica bem-sucedida combinou estabilidade e crescimento econômicos com o fortalecimento de programas que viriam a favorecer transferência de renda.

BRICS - O país também consolidou sua participação no Brics, um agrupamento de países emergentes considerados economias-líderes em nível mundial que inclui, além do Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul.

Crise econômica mundial de 2008 - atingiu os Estados Unidos, o governo brasileiro reduziu impostos sobre a venda de automóveis e produtos da chamada “linha branca” (geladeiras, fogões, máquinas de lavar roupa etc.), incentivando ainda mais o consumo, a circulação da moeda e a produção da indústria nacional. Os brasileiros não sentiram os efeitos da crise com grande intensidade até o fim do governo Lula, embora tenha havido forte queda do PIB em 2009, alcançando o menor valor (-0,3%) desde 1992 (-0,54%).



D)   ASPECTOS SOCIAIS:

Fome Zero - que previa um conjunto de ações para garantir que famílias que viviam com menos de US$ 1,00 per capta por dia tivessem três refeições diárias.

Bolsa Família - A ampliação do Fome Zero e a unificação de diversos programas sociais concedidos por diferentes ministérios resultaram na criação do Bolsa Família, um programa de transferência direta de renda para famílias pobres ou extremamente pobres por meio de um benefício mensal em dinheiro.
(Os defensores argumentam que a medida permite, de forma gradual, promover a emancipação das famílias mais pobres do país, garantindo-lhes o direito à cidadania. Os críticos, por sua vez, acusam o governo de tentar combater a fome com um programa assistencialista, objetivando principalmente a arrecadação de votos). Redução da taxa de pobreza de 40% em 1990 para  9,1% em 2006.

Cotas - Ampliação de vagas e criação de cotas para estudantes negros e de baixa renda nas universidades federais e a ampliação do financiamento estudantil em instituições privadas de Ensino Superior.

Redução da taxa de pobreza de 40% em 1990 para  9,1% em 2006 - Entre 2003 e 2009, os programas sociais e o crescimento econômico promoveram a redução do número de pessoas consideradas pobres (que vivem com R$ 70 até R$ 140 por mês) ou extremamente pobres (que vivem com até R$ 70 por mês). Ao mesmo tempo, houve aumento do número de pessoas que passaram a fazer parte tanto da classe alta quanto da chamada “nova classe média” ou “classe C”.
  

REFERÊNCIAS:

AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris: história 9° ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.

CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.

COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005.

MOZER, Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudico. História & Vida Integrada. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

Projeto Araribá: História – 9° ano. /Obra coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário Melani.

Uno: Sistema de Ensino – História – 9° ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.


VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino Fundamental. São Paulo: Ed. Scipione, 2002.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (1995 - 2002)

Prof. Douglas Barraqui

PRIMEIRO MANDATO (1995-1999)



    A)   ASPECTOS ECONÔMICOS:

A Política Neoliberal:
Medidas tomadas:
  Ø  Quebra do monopólio estatal do petróleo e das telecomunicações: empresas passaram a competir em setores que, antes, eram de controle exclusivo do governo;
  Ø  Flexibilização da lei que regula a participação de capital estrangeiro nas empresas nacionais.
Ø  Privatizações:
·         Vale do Rio Doce – Criada em 1942 por Getúlio Vargas, foi vendida em 1997 por R$ 3,3 bilhões (especialistas diziam que valia 92 bilhões).
·         Telebrás - 1998 ocorreu a privatização da Telebrás, sendo a maior da história brasileira. O governo federal arrecadou R$ 22,058 bilhões. (1999, o jornal Folha de S.Paulo obteve conversas gravadas por meio de grampo ilegal em telefones do BNDES, que levantaram suspeitas de que o presidente Fernando Henrique participou de uma operação para tomar partido de um consórcio no leilão da Telebrás).

O Brasil no Mercosul:
1995 - entrou em vigor o Mercado Comum do Sul (Mercosul):
ü  Argentina,
ü  Brasil,
ü  Paraguai
ü  Uruguai
Os países membros pretendiam:
ü  Comercializar entre si mercadorias livres dos impostos de importação a partir de 2001.
ü  Estabeleceu uma tarifa única para os produtos importados dos países que não faziam parte do bloco.
ü  Para que um novo país se integrasse ao Mercosul, era condição fundamental que ele fosse governado por um regime democrático.
ü  foi instituído que o país membro que quisesse promover mudanças nas políticas de comércio exterior deveria consultar os parceiros.
Em 2006, a Venezuela formalizou o desejo de se integrar ao Mercosul. Detentora de ricas reservas energéticas (gás e petróleo), ela representa um mercado produtor e consumidor de peso para os demais países do bloco.

  
B)   ASPECTOS SOCIAIS:

Massacre no Campo:
Vários confrontos envolveram integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e forças policiais. Os mais violentos ocorreram em Corumbiara (RO), em 1995, e em Eldorado dos Carajás (PA), em abril de 1996. Nessa ocasião, 19 sem-terra foram mortos por policiais. O episódio teve grande repercussão nacional e internacional.

C)   ASPECTOS POLÍTICOS

Fernando Henrique conseguiu aprovar, no primeiro mandato, a emenda constitucional que permite a reeleição do presidente da República, dos governadores e dos prefeitos. Essa lei beneficiou o próprio presidente: em 1998, ele se reelegeu para o segundo mandato.


1997 grampos telefônicos publicados pela Folha de S.Paulo revelaram conversas entre o então deputado Ronivon Santiago e outra voz identificada no jornal como Senhor X. Nas conversas, Ronivon Santiago afirma que ele e mais quatro deputados receberam 200 mil reais para votar a favor da reeleição, pagos pelo então governador do Acre, Orleir Cameli.



SEGUNDO MANDATO (1999-2002)


   A)   ASPECTOS ECONÔMICOS:

  Ø  Aumento da dívida externa: As privatizações não reduziram o déficit público: entre 1994 A dívida externa era de bilhões de reais. Em 2002 essa mesma dívida chegou a 892,2 bilhões.
  Ø  O real foi mantido artificialmente valorizado (1 dólar valia 1 real). Somente após as eleições é que o governo desvalorizou a moeda. Isso tornou os produtos de exportação brasileiros mais competitivos no cenário internacional.


B)   ASPECTOS SOCIAIS:
Ações Sociais:
Ø  Bolsa Escola;
Ø  Auxílio Gás;
Ø  Bolsa Alimentação;
Ø  Cartão Alimentação;

C)   ASPECTOS POLÍTICOS:
Crise do Governo:
Ø  Comemorações de 550 anos do Descobrimento do Brasil; Não convidou representantes das comunidades indígenas e negras;
Ø  CNBB realiza um plebiscito pelo fim do pagamento da dívida externa;- 95% votaram pelo fim do pagamento.

Ø  Crise do apagão - a passagem de 2000 para 2001, um plano de racionamento de energia foi elaborado e atingiu diversas regiões do Brasil, principalmente a Região Sudeste, poupando porém a região Sul, beneficiada por fortes chuvas.[48] O Governo FHC foi surpreendido pela necessidade de reduzir em 20% o consumo de eletricidade em quase todo o País. A ausência de linhas de transmissão com capacidade suficiente para transferir as cargas gerava essa impediu a transferência entre as regiões, gerando o racionamento temporário.


ELEIÇÕES DE 2002:
Serra Vs Lula
O PSDB, partido de FHC, lançou como candidato o paulista José Serra. Serra foi líder estudantil, perseguido durante a ditadura.

Havia dúvidas quanto à candidatura de Lula, pois a rejeição ao seu nome era preocupante. Na falta de outro candidato com o carisma popular de Lula, o Partido dos Trabalhadores investiu na campanha e no marketing político. Para perder a fama de radical e de comunista, o PT aliou-se ao PL (Partido Liberal), de centro-direita. A escolha do empresário mineiro José Alencar para vice-presidente foi um claro sinal da aproximação do PT com os setores conservadores. Alencar foi um dos interlocutores do novo governo com as empresas privadas.

REFERÊNCIAS:

AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris: história 9° ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.

CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.

COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005.

MOZER, Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudico. História & Vida Integrada. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

Projeto Araribá: História – 9° ano. /Obra coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário Melani.

Uno: Sistema de Ensino – História – 9° ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.

VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino Fundamental. São Paulo: Ed. Scipione, 2002.