Prof. Douglas Barraqui
A)
ASPECTOS GERAIS:
I.
Lulinha paz-e-amor
Ø Buscou novos aliados políticos,
Ø Procurou transformar a imagem de Lula: elegante, bem vestido e
conciliador, ele foi apelidado de “Lulinha paz-e-amor”. (O novo perfil,
menos radical, mais maduro e sóbrio, conquistou a confiança da classe média e
dos empresários).
Ø Figura carismática, com quem era possível se identificar e alimentar a
esperança de justiça social.
II.
Promessa de Campanha:
Ø Crescimento econômico – Elevar o PIB em 5%;
Ø Distribuição de renda
III.
Cenário:
Ø - Inflação baixa;
Ø - Baixo índice de desemprego;
Ø - Risco país baixo;
Ø 54 milhões de pessoas viviam em situação de pobreza e que apresentava um
dos maiores índices de desigualdade social do mundo.
Ø - A possibilidade de vitória do PT levou à turbulência os mercados de
câmbio e de ações. Para acalmá-los, Lula divulgou, em 22 de junho de 2002, a “Carta ao povo brasileiro”, PROMETIA:
·
Uma transição responsável com base no debate
·
Coalizão que envolvesse líderes populares e do
empresariado nacional.
·
Assumir os contratos e as obrigações anteriormente
firmados e buscaria a estabilidade e o crescimento econômicos.
De fato, após a divulgação da Carta, os ânimos dos
mercados começaram a mudar. Lula venceu no segundo turno com o apoio de 53
milhões de eleitores – 61% dos votos válidos. Ele tornou-se, assim, o primeiro
líder de um partido de esquerda eleito presidente do Brasil. Também foi o primeiro
operário e o primeiro civil sem diploma universitário a ocupar o
cargo.
B)
ASPECTOS POLÍTICOS:
Ø Uma parcela de militantes e intelectuais de esquerda não concordou com a
guinada conservadora do partido. O estopim do conflito foi a emenda da
reforma da previdência dos servidores públicos, que propunha maior tempo de
contribuição e de serviço para que o profissional obtivesse aposentadoria
integral. Por sua oposição à reforma defendida pelo governo, membros do PT
foram expulsos da legenda, e acabaram migrando para outros partidos; alguns
fundaram o Partido Socialismo e Liberdade, o PSOL, organização de
esquerda que faz oposição contundente aos governos petistas.
C)
ASPECTOS ECONÔMICOS:
Ø Continuidade à política econômica de FHC;
Ø Aumento das exportações;
Ø Controle dos gastos públicos;
Ø Controle da inflação;
Ø Crescimento significativo do PIB (ocorreu nos três grandes setores da
economia (indústria, agropecuária e serviços), que passaram a empregar mais.
Ø Queda do desemprego;
Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC):
1º) Energia:
Ø Hidrelétricas;
Ø Bio-combustíveis;
Ø Proálcool
2º) Infra-estrutura
social-urbana:
Ø Saúde;
Ø Alimentação;
Ø Educação;
Ø Saneamento;
2º) Logística:
Ø Rodovias;
Ø Ferrovias;
Ø Portos;
Ø Aeroportos ;
Ø Hidrovias;
Problemas
Enfrentados:
Ø Juros elevados;
Ø Elevada carga tributária;
Ø Dívida pública elevada;
Ø Gargalos da economia:
·
Transporte;
·
Energia;
A política econômica bem-sucedida combinou
estabilidade e crescimento econômicos com o fortalecimento de programas que
viriam a favorecer transferência de renda.
BRICS
- O país também consolidou sua participação no Brics,
um agrupamento de países emergentes considerados economias-líderes em nível
mundial que inclui, além do Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do
Sul.
Crise
econômica mundial de 2008 - atingiu os Estados Unidos, o
governo brasileiro reduziu impostos sobre a venda de automóveis e produtos da
chamada “linha branca” (geladeiras, fogões, máquinas de lavar roupa etc.),
incentivando ainda mais o consumo, a circulação da moeda e a produção da
indústria nacional. Os brasileiros não sentiram os efeitos da crise com grande
intensidade até o fim do governo Lula, embora tenha havido forte queda do PIB
em 2009, alcançando o menor valor (-0,3%) desde 1992 (-0,54%).
D)
ASPECTOS SOCIAIS:
Fome
Zero - que previa um conjunto de ações para
garantir que famílias que viviam com menos de US$ 1,00 per capta por dia
tivessem três refeições diárias.
Bolsa
Família - A ampliação do Fome Zero e a unificação de diversos
programas sociais concedidos por diferentes ministérios resultaram na criação
do Bolsa Família, um programa de transferência direta de renda para famílias
pobres ou extremamente pobres por meio de um benefício mensal em dinheiro.
(Os defensores argumentam que a medida permite, de
forma gradual, promover a emancipação das famílias mais pobres do país,
garantindo-lhes o direito à cidadania. Os críticos, por sua vez, acusam o
governo de tentar combater a fome com um programa assistencialista, objetivando
principalmente a arrecadação de votos). Redução da taxa de pobreza de 40% em
1990 para 9,1% em 2006.
Cotas
- Ampliação de vagas e criação de cotas para
estudantes negros e de baixa renda nas universidades federais e a ampliação do
financiamento estudantil em instituições privadas de Ensino Superior.
Redução
da taxa de pobreza de 40% em 1990 para
9,1% em 2006 - Entre 2003 e 2009, os programas sociais e o
crescimento econômico promoveram a redução do número de pessoas consideradas
pobres (que vivem com R$ 70 até R$ 140 por mês) ou extremamente pobres (que
vivem com até R$ 70 por mês). Ao mesmo tempo, houve aumento do número de
pessoas que passaram a fazer parte tanto da classe alta quanto da chamada “nova
classe média” ou “classe C”.
REFERÊNCIAS:
AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto
Teláris: história 9° ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.
CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto
Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio.
1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.
COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e
Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005.
MOZER, Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a
História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.
PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudico. História
& Vida Integrada. São Paulo: Ed. Ática, 2002.
Projeto Araribá: História – 9° ano. /Obra coletiva/
São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário
Melani.
Uno: Sistema de Ensino – História – 9° ano. São
Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.
VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino
Fundamental. São Paulo: Ed. Scipione, 2002.
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