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terça-feira, 4 de outubro de 2016

HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO (1964 – 1967)

Prof. Douglas Barraqui
POSSE DO MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EM 15 DE ABRIL DE 1964

A)  ASPECTOS GERAIS:

Ø  Linha “Sorbone
Ø  “Democracia restringida”
Ø  Reformular a economia e a política do Estado, com a finalidade de “combater o comunismo e promover a consolidação da democracia”.
Ø  Aproximação com os EUA

B)  ASPECTOS ECONOMICOS:

Revogação da Lei de Remessa de Lucros, aprovada pelo Congresso em 1962, durante o governo João Goulart.

PAEG
Roberto Campos (Ministro do Planejamento) e Otávio Gouveia de Bulhões (Ministro da Fazenda) implantaram o Programa de Ação Econômica do Governo (Paeg).
1)     Combate à inflação (que se aproximava dos 100% ao ano – cruzeiro novo).
2)    Incentivava os investimentos estrangeiros.
3)    Abertura ao mercado ao capital internacional
4)    Redução dos gastos públicos e a contenção dos salários também tiveram prioridade.
Contou com recursos do FMI (Fundo Monetário Internacional)
O regime autoritário permitiu a Campos e Bulhões tomar medidas que resultaram em sacrifícios forçados, especialmente para a classe trabalhadora.

C)  ASPECTOS SOCIAIS:

1964 - Estatuto da Terra
Objetivos: eram a execução da reforma agrária e de uma política de promoção agrícola. Mas a maioria das medidas não foi realizada, ficando apenas no papel.

1967 – FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)
Ø  Como forma de desmobilizar os movimentos trabalhistas, foi criado, em janeiro de 1967, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O novo sistema deixava para trás a lei pela qual o empregado desfrutava de estabilidade após 10 anos de serviços prestados à mesma empresa.

Consequências:
  • Desmobilização dos trabalhadores.
  • Reduzia o custo com a demissão e a contratação de funcionários.
  • O governo prometia investir os recursos nas áreas de habitação, saneamento e saúde.
  • O dinheiro desse fundo, que podia ser retirado após a demissão, em determinadas condições, era corrigido por taxas menores que a correção monetária.

D)  ASPECTOS POLÍTICOS:

I.              APARELHO DE REPRESSÃO:
Ø  Serviço Nacional de Informações (SNI):
ü  Função: supervisionar e coordenar as atividades de informação e contrainformação, com especial atenção às questões de segurança nacional.
Ø  Lideranças sindicais e camponesas foram mortas ou desapareceram; governadores eleitos perderam o mandato. Aos poucos, surgiram as primeiras denúncias de tortura.
Ø  Usando o AI – 1 os primeiros mandatos foram cassados: João Goulart, Jânio Quadros, Miguel Arraes e Leonel Brizola, o comunista Luís Carlos Prestes, e intelectuais como Celso Furtado e Darcy Ribeiro.

II.            ATO INSTITUCIONAIS:
ü    Foram normas e decretos elaborados no período de 1964 a 1969.
ü    Objetivo: legitimar o regime militar.

1965 - Ato Institucional n° 2:
ü  Eleições indiretas para presidente da República.
ü  Instituiu o bipartidarismo: extinguiu os partidos existentes e autorizou a formação de apenas duas legendas:
·         ARENA (Aliança Renovadora Nacional), que apoiava o regime.
·         MDB (Movimento Democrático Brasileiro), uma oposição moderada.

1966 - Ato Institucional n° 3:
ü  Estabeleceu eleições indiretas para governadores e prefeitos de capitais.
ü  Governadores seriam indicados pelo presidente (Governos Biônicos).

1966- Ato Institucional n° 4:
ü  Abertura do Congresso Nacional para criação da nova constituição.
ü  Enfraquecia o poder judiciário.

CONSTITUIÇÃO DE 1967

  • Todo poder emana do povo e em seu nome é exercido.
  • Incorporação dos AI s
  • Aumento do poder do executivo.
  • Enfraquecendo o princípio federalista.
  • A escolha do presidente da República ficaria a cargo do Congresso Nacional, na prática isso acontecia de forma bem diferente. Na verdade, o nome do presidente era definido no interior da corporação militar – os parlamentares apenas legalizavam a ordem vinda “de cima”.
REFERÊNCIAS:

AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris: história 9° ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.

CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.

CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.

COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005.

MOZER, Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.
PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudico. História & Vida Integrada. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

Projeto Araribá: História – 9° ano. /Obra coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário Melani.

Uno: Sistema de Ensino – História – 9° ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.

VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil: ATLAS. Vol. Único. 1 Ed. São Paulo, Ed. Scipione, 2010.

VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino Fundamental. São Paulo: Ed. Scipione, 2002. 

quinta-feira, 24 de março de 2016

ABAIXO A DITADURA - O POVO NO PODER

Repressão aos participantes da missa de sétimo dia do estudante Édson Luís,
na igreja da Candelária, Rio de Janeiro, abril de 1968.
No fotograma do filme Terra em transe, de Glauber Rocha, o gesto da
mão sobre a boca indica na ficção o que ocorria na realidade: o cerceamento
da liberdade de expressão e das liberdades políticas pelo regime militar.
Presos políticos trocados pelo embaixador norte-americano Charles Elbrick
embarcam para o exílio no México, em setembro de 1969.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

HiStO é HiStÓrIa HOJE: 27 DE OUTUBRO DE 1965 CASTELO BRANCO LANÇA O AI-2

Prof. Douglas Barraqui
Humberto de Alencar Castelo Branco

Em 27 de outubro de 1965, em resposta aos resultados das eleições que ocorreram no início daquele mês, o general Humberto de Alencar Castello Branco emite o Ato Institucional de número 2. Com 33 artigos, o AI-2 modificava a Constituição de 1946, pois esta não dava mais conta da nova ordem dita "revolucionária".

Na prática Castelo Branco precisava de poderes excepcionais como presidente para fazer aprovar as leis. Entre os seus 33 artigos o AI-2 aumentava o número de ministros do Supremo Tribunal Federal de onze para dezesseis, fazendo com que o governo tivesse maioria no STF e permitindo que civis fossem presos e processados por crimes contra a segurança nacional. O decreto ainda permitia ao presidente declarar Estado de Sítio, sem a prévia aprovação do Congresso Nacional, por até 180 dias.

O AI-2 acabou ainda como o pluripartidarismo. Todos os partidos políticos foram desativados com exceção ao partido do governo, Aliança Renovadora Nacional (ARENA), e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) que reunia uma parcela da oposição. A medida garantia uma aparência democrática da política brasileira no cenário internacional.

O AI-2 determinava ainda que o presidente, bem como o vice-presidente, fosse eleito indiretamente por maioria absoluta do Congresso Nacional, em sessão pública e votação nominal. O voto secreto assim seria evitado, prevenindo surpresas. A medida, por outro lado, tornou o presidente Castelo Branco inelegível para aquele pleito.

REFERÊNCIA:

SKIDMORE, Thomas. Brasil: De Castelo a Tancredo. 7ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.