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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O SUPER-HOMEM INSPIRADO EM JESUS

Prof. Douglas Barraqui


Assisti o filme “Liga da Justiça”. O filme baseado na equipe homônima da DC Comics, produzido pela Warner Bros Pictures, me chamou a atenção novamente para o Super-Homem, agora ressuscitado. A história do Super-Homem, não há como negar, é muito bíblica, o que não significa que é evangelista. Um olhar atento aos filmes que retratam o Super-Homem e você não precisa nem ser especialista em cristianismo para notar que:

1°) UNIDADE ENTRE PAI E FILHO:
No filme Superman 1978, quando Jor-El enviou seu filho à Terra, o livrando da catástrofe de seu planeta natal Krypton, ele diz:
“- Tudo o que sou, tudo o que sei eu transmito a você, meu filho. E o filho se torna o pai e o pai se torna o filho.”
(Filme Superman 1978).
A frase mostra uma unidade entre pai e filho bem semelhante ao texto de João 10:30:
“Eu e o Pai somos um.”.

2°) OS PAIS:
Super-Homem foi adotado por Martha e Jonathan Kent, representando respectivamente Mary (Maria) e Joseph (José). O nome original de Martha era Mary e o nome do meio de Jonathan permaneceu Joseph.

3°) O SOBRENOME:
O sobrenome da família original de Super-Homem, El, é uma palavra hebraica para Deus. Como na história de Cristo, El (analogia para Deus) o pai envia o filho para proteger a Terra e “para mostrar-lhes o caminho”.
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16

4°) O CELEIRO:
Quando a nave de Super-Homem chega à terra, ela bate próxima a fazenda dos Kent. Jonathan, então, encontra a criança e esconde a nave no celeiro. Jesus nasceu numa espécie de celeiro.
“Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.” Lucas 2:6-7

5°) A RESSURREIÇÃO
A ressurreição é descrita na bíblia como a maior vitória de Cristo sobre a morte. E a maior demonstração dessa vitória foi quando Jesus ressuscitou no terceiro dia. No filme “Liga da Justiça” passaram-se três anos desde a morte do Super-Homem


Quero, novamente, descartar a hipótese de que a história do Homem de Aço seja evangelista. Tão pouco estou afirmando aqui que o Super Homem das telonas seja o Jesus da bíblia. Contudo o homem que tem como símbolo esperança no peito nos lembra muito de outro homem que também simbolizou esperança. 

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

FILME: O JOGO DA IMITAÇÃO

Prof. Douglas Barraqui

A história de alguns homens podem inspirar, é o caso de Alan Turing, o matemático britânico, que teve sua história retratada no filme "O jogo da imitação".  Alan Turing foi decisivo para a derrota do nazismo na Segunda Guerra, é conhecido como precursor dos computadores e da inteligência artificial.

Turing comandou um seletíssimo grupo de superdotados que buscava decifrar o código do Enigma, sistema criptográfico usado pelas forças alemãs para transmitir mensagens a seus homens no campo de batalha. Além desse feito inestimável, Turing legou outras contribuições importantes para a humanidade. Uma máquina criada por ele nos anos 1930 é tida como precursora do computador.

De temperamento difícil; sofreu bullying na escola; homossexual, foi duramente punido pelas leis inglesas da época; a história do matemático que mudou o rumo da Guerra e da história humana é inspiradora. 


sexta-feira, 10 de novembro de 2017

“O Nome da Rosa” - Umberto Eco

Prof. Douglas Barraqui

Umberto Eco foi um escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano de fama internacional. Talvez sua obra mais famosa, que o tornou conhecido mundialmente,  seja o “O Nome da Rosa” publicado em 1980 e que se tornou filme em 1986 dirigido por Jean-Jacques Annaud baseado no romance.

"O nome da rosa" era uma expressão usada na Idade Média para denotar o infinito poder das palavras. O enredo de “O Nome da Rosa” gira em torno das investigações de uma série de crimes misteriosos, cometidos dentro de uma abadia medieval. É um romance ácido com uma narrativa repleta de mistérios com símbolos secretos, críticas históricas catabólicas e que é capaz de nos lançar um olhar mais ávido à Idade Média e suas contradições.


Claro, devemos lembrar que se trata de um romance. Mas, um romance com um pé bem alicerçado na história da Idade Média e da instituição mais poderosa daquele momento, a Igreja Católica. Portanto, fica a dica.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

"O REGRESSO": A VERDADEIRA FACE DO HOMEM RETRATADA NO FILME

Prof. Douglas Barraqui


Ontem assisti ao falado filme “O Regresso”. O filme é baseado na “lendária” história real de Hugh Glass que em 1820, guiando caçadores de pele, teria sido atacado por uma ursa marrão e sobreviveu. As pessoas que Glass guiava vão embora, deixando dois homens para cuidar dele até a morte e dá-lo um enterro digno. Os dois homens vão embora, acreditando que Glass morreria de qualquer forma, mas ele milagrosamente sobrevive. Não se preocupe, não é spoiler, esse mesmo enredo já inspirou outro filme, “Fúria Selvagem” de 1971.



O filme do diretor Alejandro González Iñárritu fez mérito a indicação ao Oscar. Leonardo DiCaprio está quase impecável no papel de Hugh Glass, eu daria o Oscar a ele. Mas, por de trás das belas senas de natureza selvagem, da fúria e da vingança do personagem principal, há um plano de fundo:

1)    Para sobreviver Leonardo DiCaprio, interpretando Hugh Glass, teve que se tornar tão selvagem quanto a própria natureza. Em uma linha tênue que o separava da selvageria e da civilização Glass se torna o que de fato ele é, o homem. O homem tão implacável quanto a natureza que o cerca. O homem que domina o fogo, que tem maestria com a faca, que domina o machado, que mata com suas mãos, que faminto devora peixes e fígados de bisão cru;

2)    A natureza foi retratada pelo cineasta Alejandro González Iñárritu como ela é: bela e ao mesmo tempo implacável.

3)    Rousseau com o seu mito do “Bom Selvagem” estaria decepcionado. No filme os índios não são retratados como bons e belos. São retratados como pertencentes a uma terra selvagem e bela, sendo, portanto parte dela.

4)    O branco colonizador, o indígena, lobos, bisões e ursos, bem ao estilo Thomas Hobbes, em “O Leviatã”, “o homem é o lobo do próprio homem”.  Todos querem comer e cuidar da prole. O diretor  Alejandro González Iñárritu  conseguiu retratar um mundo quase que amoral, reduzido aos instintos mais primitivos.


O título do filme “O Regresso”, The Revenant em língua inglesa, seria o retorno de Hugh Glass do mundo dos mortos. Seria o regresso de Hugh Glass da natureza inóspita. Seria o retorno de Hugh Glass ao estágio de natureza, um homem tão feroz e implacável quanto a própria natureza.


O filme, portanto, é uma tradução de quem é o ser humano enquanto pertencente a natureza bela e feroz desse planeta. Mostra quem é o homem sem a sua invenção cultural chamada de civilização e sem o plano de fundo da moral. Mostra quem é o homem quando o frio, as águas, o urso, os índios, os seus iguais, querem matá-lo. O filme retrata o homem como ele é, pertencente a uma natureza selvagem e bela. Portanto, assim é retratado o homem selvagem e ao mesmo tempo belo.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Danton: O Processo da Revolução


Por Douglas Barraqui

A Revolução Francesa foi um acontecimento latente da história da humanidade. Sobre este processo histórico, muitos filmes foram produzidos, alguns distonantes, outros com um tom psicodélico até anacrónico, e outros com falhas históricas dantescas. “Danton: O Processo da Revolução” não é uma obra prima do cinema histórico, mas nos dá uma importante contribuição para um entendimento do pensamento e do fervor político daquela conjuntura de guilhotinas cortando cabeças.

Danton, interpretado no filme pelo excelente ator Gérard depardieu, ao retornar à Paris na primavera do ano de 1794, se depara com uma revolução sanguinária e sem controle, onde Robespierre (Wojciech Pszoniak), na liderança do Comitê de Segurança, inicia uma verdadeira caça as bruxas aos contrários a revolução e faz dezenas de cabeças rolarem.

O povo que já tinha que suportar a fome, agora também engole o medo. Todos podem ser suspeitos em potencial de serem contra revolucionários, nem mesmo Danton escapou. Contraditoriamente os mesmos revolucionários que um dia levantaram a banderam dos Direitos do Homem e do Cidadão, implantavam um regime de terror. Confiante no apoio do povo Danton conflitua com Roubespierre, seu antigo aliado.

O filme mostra que a liberdade, a igualdade e a fraternidade podem ser facilmente esquecidas por nós, e acabarem em verdadeiras trajédias.

Alunos de ensino fundamental e médio, em grande parte, vão achar o filme um programa de índio se uma boa introdução aos acontecimentos históricos não forem feitas. Mas, no mais, embora com erros históricos e com foco demasiado na figura de Danton reduzindo Robespierre, o filme é um bom retrato do terror revolucionário. 

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Rio, o filme: um verdadeiro olhar sobre o Brasil


Por Douglas Barraqui

Rio é um filme de animação, da 20th Century Fox e Blue Sky Studios, foi gravado com o que há de melhor da tecnologia Hollywoodiana, em 3-D. Escrito por Don Rhymer, a surpresa fica pelo seu diretor, o “brazuca”, Carlos Saldanha. Mas, o que há de especial no Rio, filme, e no Rio, cidade, que foi muito bem assistida pelas lentes cinematográficas?

Constantemente os filmes de Hollywood quando tratam do Brasil, passam uma visão deturpada e caricaturada sobre o país, uma mistura entre futebol, samba, bunda e violência, nada mais além: No contexto da Guerra Fria, centrado na política da “Boa Vizinhança”, de manter as terras tupiniquins longe da ameaça comunista e de baixo das asas da águia americana capitalista, nasceu Carmen Miranda, uma mulher baixinha, alguma coisa por volta de 1,53 que, com enormes saltos e um chapéu ridículo de frutas na cabeça, tentava expressar a mais pura alegria do povo brasileiro. Ela teve seu papel. Walter Elias Disney criou o Zé Carioca, o papagaio malandro e boêmio. Portanto, no geral o Brasil é caricaturado como a terra do Samba, do futebol, das lindas morenas de bundas desnudas com abacaxis e bananas na cabeça. Mas, essa caricatura não é uma via de mão única. Nós também brasileiros exportamos, por meio de propaganda essa visão um tanto quanto estigmatizada do país tropical.

Rio, o filme, é uma obra que expressa o olhar de um brasileiro com o que há de melhor da tecnologia de animação americana. O resultado foi estupendo: uma visão mítica do Rio, como cidade e ao mesmo tempo poético, fidedigno a verdadeira face do Brasil, com seu céu azul cobrindo suas verdes matas e favelas, terra de um povo bonito e alegre, crioulo.

Em meio a uma expectativa de Copa do Mundo e de Olimpíadas, Rio, o filme, é um importante instrumento de propaganda e um fiel cartão postal do Brasil. Um Rio poético, comportado em nossa realidade. Assista o filme!

sexta-feira, 4 de março de 2011

O Poço e o Pêndulo



“Impia tortorum longos hic turba furores
Sanguinis innocui, non satiata, aluit
Sospite nunc patria, fracto nunc funerisantro,
Mors ubi dira fuit vita salusque patent.”
 
“Aqui, a multidão ímpia dos carrascos,insaciada, alimentou sua sede violenta de sangue inocente. Agora, salva a pátria, destruído o antro do crime, reinam a vida e a salvação onde reinava a cruel morte.” (N. do E.) (Quadra composta para as portas de um mercado a ser erigido no terreno do Clube de Jacobinos, em Paris.)

Recentemente, tive a oportunidade de assistir o filme O Poço e o Pêndulo, inspirado no conto de Edgar Allan Poe, que viveu na primeira metade do século XIX, considerado por muitos como um dos mestres precursores da literatura de ficção científica e fantástica modernas. 

O Poço e o Pêndulo foi adaptado por duas vezes para o cinema. Uma primeira vez em 1961 e a última em 1991. Nesta última, a produção é da Full Moon, dirigida por Stuart Gordon e com roteiro escrito por Dennis Paoli. 

A Espanha no contexto da Inquisição é o cenário para trama que conta a história de um casal vivido pelos atores Jonathan Fuller e Rona de Ricci que tiveram o infeliz destino de cair nas mãos do famoso inquisidor Tomás de Torquemada, vivido brilhantemente pelo ator Lance Henriksen. De fato Torquemado, “O Grande Inquisidor” como foi conhecido, foi o inquisidor geral dos reinos de Aragão e Castela durante o século XV, bem como confessor da rainha Isabel a Católica. 

Não é minha intenção aqui contar-lhe o filme, tão somente fazer um prelúdio. O filme é muito bem ambientado. Tem lá suas lacunas em âmbito historiográficos, mas nada que prejudique o trabalho. Pode ser muito bem utilizado para trabalhar com alunos no estudo da Inquisição no medievo.