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sábado, 14 de novembro de 2015

SOBRE O TERROR E O FUNDAMENTALISMO

Prof. Douglas Barraqui

Há uma tênue linha que separa o fanatismo do fundamentalismo. Ao longo da história o homem endeusou outros homens, enalteceram atitudes e usaram a religião para tanto. Mas sempre digo para meus alunos: o problema não está nesta ou naquela religião; o problema não está no cristianismo, no islã, budismo, induísmo; não está em Cristo ou em Ala; neste ou naquele livro sagrado. O problema está em nós, homens. Estamos tão cheios, anestesiados, dopados de nossa própria “filosofia”.

Alguns podem até dizer que viver em função da religião é como viver na Caverna de Platão. E eu sempre digo para os meus alunos que não há nada de errado em ter fé. O problema é o que você faz com a sua fé.

Não seja tolo ao ponto de pensar que Islãmismo é sinônimo de terrorismo. A Al Qaeda, o Taleban,  o Al Shabaab ou mesmo o Estado Islâmico não foram os inventores do fundamentalismo ou mesmo do terrorismo. Não sejamos justiceiros afoitos ao ponto de achar que o mundo árabe deve ser enfrentado, o islã deve ser combatido. É justamente aqui que estamos sendo tão fundamentalistas quanto os terroristas da Al Qaeda, do Taleban,  do Al Shabaab e do Estado Islâmico.

Digo e repito “os fundamentalismos”, porque há várias formas de fundamentalismo,  estão presentes no cristianismo, no judaísmo, no islamismo; no modo como seu pai te educa, no modo como seu professor te reprende, nas palavras de um pastor de um padre, do vizinho que acha que é dono do corredor do prédio; em mim e em você que chegamos mesmo a pensar que a melhor forma de resolver o terrorismo é com guerra e mais terror. Em nossa atual “filosofia”, em nosso tempo, posso te dizer: de terror e fundamentalismo todo mundo tem um pouco. 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

OS HEBREUS: EM BUSCA DA TERRA PROMETIDA

Prof. Douglas Barraqui


a)    Localização geográfica:
Formado por pastores nômades, esse povo inicialmente habitou a cidade de Ur, na Caldeia, ao sul da Mesopotâmia.

b)   Origem:
ü  Povo de origem semita.

1900 a. C - Abrão – É o primeiro dos Patriarcas bíblicos e fundador do monoteísmo dos hebreus.
ü  Filho de um escultor da cidade de Ur, fez um pacto com Deus – renunciando a existência de vários deuses e aceitando a existência de um único Deus, Javé, que lhe prometeu a Canaã (terra prometida);
ü  Uma das grandes diferenças dos hebreus para os outros povos da região era o monoteísmo.

“O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai, estando na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então, saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora”. (Atos 7:2-4)

c)    Aspectos políticos:

A principal fonte histórica para o estudo do povo hebreu são os cinco primeiros livros da Bíblia, chamados Torá pelo povo judeu e Pentateuco pelos cristãos. A história dos hebreus é comumente dividida em três grandes períodos:
Período dos Patriarcas - vai desde a época de Abraão até a chegada dos hebreus a Canaã (Palestina);
Período dos Juízes - época das lutas pela conquista do território palestino;
Período dos Reis - com a formação de um Estado monárquico na Palestina;

PERÍODO DOS PATRIARCAS:

1900 a.CAbraão -  era um velho pastor que vivia com sua família na cidade de Ur. Um dia, Deus mandou que ele partisse dali com todos os bens e membros de seu grupo e fosse à procura de uma terra onde houvesse melhores pastagens para seu rebanho. Partiu para a Canãa, a Terra Prometida, atual Palestina.

Palestina - uma estreita faixa de terra, localizada próximo ao vale do rio Jordão, banhada a oeste pelo mar Mediterrâneo e situada em meio às rotas comerciais mais importantes da Antiguidade, entre o Egito, a Fenícia e a Mesopotâmia.

  • Característica – solo fértil, cercado por montanhas e regiões desérticas. Para os povos que viviam na região do Oriente Médio, fontes de água e áreas para a agricultura eram muito importantes e, por essa razão, a Palestina foi alvo de disputas entre os diferentes povos vizinhos.
  • Nessas terras, os hebreus produziram cereais, uvas e vinhos, figos, azeites e azeitonas.
Organização política - dava-se em torno de grupos familiares, chefiados por anciãos que receberam o nome de Patriarcas.

Abrão foi o primeiro Patriarca.

Isaac – foi o filho mais velho de Abraão;

Jacó – era o filho de Isaac; (Jacó teve doze filhos e cada um deles se tornou patriarca de sua própria tribo. Dando origem as doze tribos de Israel). Um dos filhos de Jacó foi José.
Cativeiro no Egito

José – filho de Jacó tinha o dom de sonhar com o futuro e interpretar sonhos – um dia José contou a um de seus irmãos um de seus sonhos, em que seus irmãos se curvavam diante dele.

Enciumados e com medo dos sonhos de José, seus irmãos jogaram-no em um poço e depois o venderam a uma caravana de comerciantes que ia para o Egito.

No Egito José foi preso e escravizado. Porém, sua capacidade de interpretar sonhos despertou interesse do faraó.

José interpretou um dos sonhos ao faraó em que apareciam sete vacas gordas e em outro sonho sete vacas magras. José advertiu ao faraó que após sete anos de abundância de alimentos haveria sete anos de escassez.

O faraó libertou José que trabalhou na construção de diques, canais e represas favorecendo o aumento da produção agrícola no Egito. Assim a comida pode ser armazenada para enfrentar o tempo de escassez.

século XII a.C. - os constantes conflitos com os cananeus e um período de seca prolongado obrigaram os israelitas (irmãos de José que passavam fome) a emigrar para o Egito, na época governado por um povo estrangeiro, os hicsos. José cuidou dos irmãos.

Durante o domínio dos hicsos, os hebreus desfrutaram de prosperidade. Mas, depois que os egípcios expulsaram os invasores e reconquistaram o poder, os hebreus foram acusados de ter colaborado com o invasor estrangeiro, além de serem de povos de mesma origem, semitas. Foram transformados em escravos.

Volta à Terra Prometida

Moisés - descendente de hebreus criado pela filha do faraó, dizia ter sido orientado por Deus para livrar seu povo da escravidão no Egito e conduzi-lo de volta à Terra Prometida.
Na Bíblia, esses acontecimentos estão narrados no livro do Êxodo (em grego, “saída”). Durante 40 anos, Moisés conduziu os israelitas em direção à Terra Prometida (Palestina), atravessando o Mar Vermelho e o deserto do Sinai.

Teria sido no monte Sinai que Deus entregou a Moisés as tábuas com os Dez Mandamentos, também conhecidas como Tábuas da Lei, conjunto de orientações de conduta que os hebreus deveriam seguir. Ao chegar aos limites de Canaã, Moisés morreu, e a liderança do povo foi assumida por Josué.

PERÍODO DOS JUÍZES:

1200 a.C. e 1000 a.C. - hebreus habitaram Canaã e enfrentar os povos que já habitavam o território – cananeus e filisteus;
As 12 tribos elegiam um líder, ou juiz, que ficava responsável pela:
  • Resolução dos conflitos internos
  • Organização da defesa militar contra ataques de povos vizinhos.
Um dos juízes foi Sansão, que possuía grande força física. (A história bíblica relata que os filisteus utilizaram uma mulher, chamada Dalila, para descobrir a origem da força de Sansão. Ao perceber que a força de Sansão estava nos cabelos, Dalila o teria feito adormecer e chamado um homem para cortá-los. Enfraquecido, Sansão foi escravizado pelos filisteus).

PERÍODO DOS REIS

Século XI a.C. - A fim de defender-se das ameaças de invasão dos filisteus, os israelitas uniram-se e formaram uma monarquia. Os juízes foram substituídos por um rei que exercia sua autoridade sobre todas as tribos.

Samuel, sábio hebreu, escolheu Saul (Saulo) como primeiro rei. Saul derrotou os amonitas e os moabitas, porém não conseguiu derrotar os filisteus.

Davi - jovem pastor, foi voluntário para lutar contra os filisteus e seu maior guerreiro o gigante Golias. Davi era franzinho e baixo, e usou a inteligência contra o gigante. Usando sua funda, atirou uma pedra que acertou a testa do gigante que caiu.

Após vencer o gigante, Davi expulsou os filisteus, e tornou-se rei de Canaã (reinou de 1000 a.C. a 960 a.C.), trazendo a paz e fez de Jerusalém a capital.

Salomão – filho de Davi foi o próximo rei (considerado como o rei mais sábio – devido a passagem bíblica em que manda cortar uma criança ao meio por estar sendo disputada por duas mães) - responsável por construir o templo de Jerusalém. Onde teria sido guardada a Arca da Aliança, com as tábuas dos Dez Mandamentos. Porém, muitos povos tentavam conquistar Jerusalém, assírios, babilônios e egípcios todos querendo as terras férteis de canaã.

920 a.C. - Após a morte de Salomão seu filho Roboão assumiu o reino e manteve a política de altos impostos. A população rebelou-se, e o reino foi dividido em dois:
  • Judá (ao sul)
  • Israel (ao norte);
722 a.C.  - Israel - foi conquistada por Sargão II (rei da Síria);

587 a.C. - Judá - foi conquistada por Nabucodonosor II, Invadiu Jerusalém, destruir o templo construído por Salomão, e levou o povo hebreu para a babilônia (foi o chamado cativeiro da babilônia).

Os descendentes de Abrão passaram a ser chamados de povo judeu.

538 a. C. - Os persas libertaram os judeus que retornaram para Jerusalém e reconstruíram o templo de Jerusalém.

A grande diáspora

Os judeus foram submetidos por Alexandre, o Grande, rei da Macedônia, e, séculos mais tarde, pelo Império Romano.

70 d.C. - os romanos, a mando do imperador Tito, destruíram e saquearam o segundo Templo de Jerusalém. Os judeus espalharam-se para várias partes do império. Essa dispersão passou à história com o nome de diáspora judaica.

d)   Aspectos culturais:
ü  Grande influência da Religião (primeiro povo monoteísta de que se tem conhecimento);
ü  Deus único (Javé), criador do Universo e da humanidade
ü  Crença no messianismo;
ü  Importância dos profetas;
ü  Sinagogas (templos religiosos);

Os hebreus, pelo contato com outros povos, adquiriram alguns conhecimentos:
  • Aprenderam a usar o ferro com os hititas, habitantes da Ásia;
  • O aramaico (Língua derivada do tronco semítico), usado na fala e na escrita, foi influência dos araneus, povo da Síria;
  • Na arquitetura, uma das grandes obras do povo hebreu foi o Templo de Jerusalém, dedicado a Deus e construído por Salomão.
Costumes judeus

Os hebreus eram proibidos de representar Deus por meio de pintura ou escultura, pois, para eles, além de Deus ser grandioso demais para caber em uma imagem, o culto a ídolos era proibido por um dos Dez Mandamentos.

Com a destruição do templo de Jerusalém, os hebreus passaram a realizar cultos apenas nas sinagogas. Considerada a morada de Deus, mas um lugar de reunião, de culto e de instrução religiosa, ou seja, um centro da comunidade judaica.

Muro das Lamentações - Um extenso muro, conhecido como Muro Ocidental, ou Muro das Lamentações, foi o que restou do segundo Templo de Jerusalém. O muro recebeu esse nome por ser considerado um local sagrado, para onde peregrinam judeus de várias partes do mundo, com o intuito de oferecer preces de lamentação pela destruição do local e ao mesmo tempo de esperança por sua reconstrução.
v  Leitura da Torá – corresponde aos cinco primeiros livros da bíblia.
v  Reúnem-se aos sábados – considerado o dia mais importante da semana, dia reservado para o descanso.
v  Durante o casamento judeu – um vidro é quebrado para lembrar as pessoas que a felicidade nunca será completa, até que o templo de Jerusalém seja reconstruído. O rabino pede sete bênçãos, e na última um retorno a terra prometida. 

Flávio Josefo - o historiador judeu Flávio Josefo (Titus Flavius Josephus) é o nome que o judeu José ben Matias tomou após tornar-se cidadão romano. Isso aconteceu quando uma revolta dos judeus contra o domínio romano foi derrotada em 70 d.C. Josefo era um de seus líderes, mas, como conhecia o imperador Flávio Vespasiano, teve a vida poupada. Antiguidades judaicas, é a obra maior de Flávio Josefo, apresenta uma história dos judeus desde os tempos bíblicos até o ano de 66 d.C. É uma importante fonte histórica para conhecer a vida dos antigos judeus. Josefo morreu em 100 d.C., aos 63 anos.

e)    Aspectos Econômicos:
Ø  Economia: Agro-pastoril;
  • Produziram cereais, uvas e vinhos, figos, azeites e azeitonas.
  • A produção era coletiva e distribuída entre todos os integrantes do grupo.

REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris: história 6° ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.

CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.

COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005.

MOZER, Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudico. História & Vida Integrada. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

Projeto Araribá: História – 6° ano. /Obra coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário Melani.

Uno: Sistema de Ensino – História – 6° ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.


VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino Fundamental. São Paulo: Ed. Scipione, 2002.

sábado, 9 de outubro de 2010

Judeus: Demonizados e Excluídos no Medievo


Judeus rezando no Yom Kipur, de Maurycy Gottlieb


Associar judeus ao Diabo e marginalizá-lo foi uma rotina dentro do discurso cristão, inserido na realidade medieval. As condições precárias de Israel em termos de escassez de recursos naturais e a perseguição do período romano, culminram na diáspora (dispersão) judaica ou Galut. Dispersos pela Europa e depois pela América, se configuravam como um povo sem pátria, uma etnia sem nação.

Na Europa, durante o período medieval, em uma sociedade definida segundo a ótica da Igreja Católica, estamental, dividida em ordens: os que rezam, os que lutam e os que trabalham (oratores, bellatores e laboratores), os judeus não podiam ser senhores, não podiam pertencer ao clero, não podiam ser servos, nem juram vassalagem. Resumindo eram excluídos da sociedade medieval.

Excluídos no campo, a maioria dos judeus foram para as cidades passando a se dedicar ao comércio e ao artesanato. Comercializar passa a ser uma profissão tipicamente judaica. A partir do século XI a nascente burguesia cristã entrará em choque com os judeus. As Corporações de Oficio conspiraram para obter a expulsão dos judeus do comércio e do artesanato. Foi um processo paulatino fruto da ambição da burguesia cristã em dominar o comércio.

Expulsos do comércio, só restou-lhes a opção de se dedicarem à usura (empréstimo de dinheiro a juros), prática condenada veementemente pela Igreja. Contraditoriamente, embora taxados como pecadores contra Deus, os judeus eram necessários e fundamentais para a expansão econômica comercial dos negócios nas cidades, mesmo assim foram expulsos de vários países.

De fato, até antes mesmo de ser concorrente econômico do burguês cristão, o judeu já era assistido como deicida, pária, inferior e nocivo. As heresias e a questão judaica eram confundidas como facetas de uma mesma luta  dualista, entre o bem e o mal, entre Deus e o Diabo. Associar o judeu com heresia e/ou com o Demônio passa a ser algo comum.

Diversos mitos auxiliavam o discurso de demonização, a exemplo o rito do crime ritual: seria o assassinato de um cristão para obter o sangue, que seria utilizado na produção de pães ázimos para a páscoa judaica (pessach). Outro mito é o de envenenamento de poços, fruto da união entre judeus e leprosos. A bruxaria e o satanismo foram igualmente associados a eles. O Shabat (sábado judaico, dia de descanço) era confundido com o Sabá das bruxas. A própria prática do empréstimo de dinheiro a juros seria plano arquitetado pelo diabo com os judeus para por fim a sociedade cristã.

O discurso demonizador ganha terreno. A Igreja acelera as campanhas de conversão e de combate ao Diabo. Franciscanos e Dominicanos se dedicam à missão de converter os judeus e de combater os hereges e as bruxas. O Talmud, registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e a história do judaísmo, foi queimado aos montes na frente da Catedral de Notre Dame. Acusavam o livro de serem repletos de blasfêmias contra Jesus. Da queima de livros passaram a queimar seres humanos sob a alegação de heresia judaizante (inquisição ibérica, séculos XIV e XV).

Século XIX, e a aversão ao judeu reaparece sob a forma de racismo. O nazismo cooptou esse discurso, uma pseudociência do século XIX, que serviu de justificativa para a idéia anti-semita defendida por Hitler.

A queima de exemplares de Talmud é repetida, agora no século XX, quando Hitler mandou que queimassem todos os livros de autores judeus. E a queima de seres humanos se repete com as câmaras de gás e os campos de concentração, o genocídio dos judeus na Alemanha.

A crença de que os judeus são sempre hábeis comerciantes, usurentos, sovinas, e poucos generosos tem origem, portanto, no medievo em meio ao discurso cristão de demonização dos judeus. Uma imagem parcial e distorcida de uma etnia culturalmente rica.  

Bibliografias consultadas:

BEREZIN, Rifka. Caminhos do Povo Judeu. São Paulo: FIESP, V. III, 1974.

FELDMAN, Sergio Alberto. Os judeus no imaginário medieval: Diabolização de uma minoria. In: Tuiuti, Ciência e Cultura, n.º 11, 1999.

MARCCOBY, Hiam. O Judaísmo em julgamento. Rio de Janeiro: Imago, 1996.