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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
MODERNIDADE LÍQUIDA
ZYGMUNT BAUMAN (1925-2017)
Ø
Sociólogo
polonês
I.
Obra:
“A modernidade líquida”
II.
Ideias centrais:
Ø
Analisa
o mundo pós guerras mundiais.
Ø
Princípios,
valores, crenças, regras que orientavam os indivíduos, antes concretos, se
dissolveram e foram desconstruídos, sendo substituídos por um sentimento de
incerteza e inconsistência.
Ø
Como
um líquido, princípios, valores, crenças, regras que orientavam as sociedades
se escorrem e evaporam.
Ø
O
imediatismo supera o longo prazo, as relações se tornam superficiais e
artificiais (indivíduo fruto da mídia de massa, mercado e do consumo tudo é
aparência).
Sujeito
líquido
– indivíduo não tem e não mais segue princípios e valores concretos. As relações sociais se liquefazem, marcadas
pela superficialidade. Laços sociais não são sólidos (ex. redes sociais).
Amor
líquido
– relações frágeis e voláteis (vazio das relações). O que vale é a quantidade
de parceiros e não a qualidade do relacionamento ou sua profundidade.
Enxerga-se a “vantagem” em poder romper
relacionamentos sem prejuízos ou custos (ficar).
Ø
O
sujeito se torna uma mercadoria na prateleira ser consumido e descartado quando
assim necessário for.
Ø
Sentimentos
de frustração, insegurança e angústia são muito mais comuns.
Ø
Bauman
expande esse raciocínio de mundo líquido para vários domínios sociais: trabalho
exige pessoas flexíveis (redução de direitos trabalhistas)
“Medo Líquido”
Para Bauman, há três formas do medo afligir
as pessoas em nossa sociedade líquida:
1) pelo medo de não conseguir garantir o
futuro, de não conseguir trabalhar ou ter qualquer tipo de sustento,
2) pelo medo de não conseguir se fixar na
estrutura social, que significa, basicamente, o medo de perder a posição que se
ocupa, de cair para posições vulneráveis;
3) o medo em torno da integridade física.
Ao tentar vencer esses medos e buscar
alguma solides dos valores algumas pessoas adotam um discurso autoritário,
fundamentalista e reacionário (ultra nacionalismo, xenofobismo, são reflexo
dessa insegurança social a exemplo de movimentos neonazistas e neofascistas).
REFERÊNCIAS:
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: Ed. da Unesp, 1991.
Sociologia
hoje:
volume único: ensino médio / Igor José de Renó Machado… [et al.]. – 1. ed. –
São Paulo : Ática, 2013.
CONSTRUÇÃO DA MODERNIDADE: QUESTÃO DE GÊNERO
Prof. Douglas Barraqui
A)
CONCEITO
O QUE É SER
MODERNO? é relativo aos nossos dias; aquilo que é recente.
O conceito
moderno tem origem com a Filosofia Moderna, que tem como pai, René Descartes
(Era do conhecimento da racionalidade).
O PENSAMENTO
RACIONAL indispensável para o desenvolvimento de tecnologias (máquinas a
vapor, eletricidade, avanços na medicina, literatura, meios de comunicação e de
massa, transporte, música e uma gama de itens).
O pensamento
moderno foi imprescindível para as Revoluções: FRANCESA E INDUSTRIAL.
Modernidade,
pós-guerra - Quebra de fronteiras que o cyberespaço proporcionou. O homem pisa
na lua. A interação via internet entre diversos povos e de línguas diferentes
que se comunicam mesmo sem saber a língua ou dialeto, passou a ser possível com
os tradutores, como o Google Translater.
Sociologia
enquanto ciência é cria (fruto) da modernidade.
QUESTÃO
DE GÊNERO
I.
Coneito:
Ø
Ligado
as questões feministas e a questão homossexual.
II.
Origem:
Ø
Movimento
feminista.
1) PRIMEIRA
ONDA DO FEMINISMO:
ü
Contexto
da Revolução Francesa.
ü
Mary
Wollstonecraft (sufragetes)
ü
Defesa
do direito ao voto feminino.
08 de março – Dia Internacional da Mulher –
1911 – 130 mulheres são assassinadas em uma fábrica em Nova York.
Transição
para a segunda fase:
Simone
de Beauvoir – Relação
de dominação psicológica, cultural e política a que as mulheres são submetidas:
“Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”
Distinção
entre sexo e Gênero:
Sexo – corresponde a características
anatômicas, genéticas e biológicas.
Gênero – Características psicossociais que
constituem a identidade de um indivíduo.
Ser homem ou mulher é uma construção
social:
“Sexo
não define gênero”
“Orgão
sexual é um componente do gênero, mas não é o seu definidor.”
2) SEGUNDA ONDA DO FEMINISMO:
Ø 1960 – Debate em
torno das múltiplas relações entre homens e mulheres extrapola o campo da
política.
Reivindicações:
Ø Igualdade nas
relações de trabalho
Ø Direito a ocupar o
mercado de trabalho
Ø Mesmos direitos
sexuais e reprodutivos (aborto).
Novos problemas:
Ø
Sexismo – discriminação baseada em diferenças
sexuais.
Ø
Misoginia – aversão ou ódio
as mulheres.
Ø
Homofobia – aversão ou ódio a
homoafetividade.
Ø
Transfobia – aversão ou ódio a
travestis e transgênero.
(1973 – Associação Americana de Psiquiatria
retira a homossexualidade da lista de doenças psíquicas).
(1985 – Conselho Federal de Psicologia
considera que a homossexualidade não constitui doença e nem perversão. Mas sim
uma alternativa natural e espontânea da sexualidade humana.)
3) TERCEIRA
ONDA DO FEMINISMO:
Ø
Déc.
1990 – influencia da pós modernidade.
Ø
Critica
movimentos anteriores (por serem movimentos elitistas de mulheres brancas e de
classe média alta)
Mulherismo – Movimentos de
mulheres negras.
Teoria
Queer
– defende a liberdade de manifestação da sexualidade humana. Sexualidade deve
ser escolhida de forma livre. Não pode ser determinada pelo órgão sexual.
Defendem o termo “orientação sexual”
em detrimento do termo “opção sexual”.
A própria linguagem determina o machismo. Necessidade para criação de um gênero
neutro, para evitar a dicotomia masculino e feminino (alun@s ou alunxs).
REFERÊNCIAS:
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: Ed. da Unesp, 1991.
Sociologia
hoje:
volume único: ensino médio / Igor José de Renó Machado… [et al.]. – 1. ed. –
São Paulo : Ática, 2013.
CONSTRUÇÃO DA MODERNIDADE: MINORIAS
Prof. Douglas Barraqui
A)
CONCEITO
O QUE É SER
MODERNO? é relativo aos nossos dias; aquilo que é recente.
O conceito
moderno tem origem com a Filosofia Moderna, que tem como pai, René Descartes
(Era do conhecimento da racionalidade).
O PENSAMENTO
RACIONAL indispensável para o desenvolvimento de tecnologias (máquinas a
vapor, eletricidade, avanços na medicina, literatura, meios de comunicação e de
massa, transporte, música e uma gama de itens).
O pensamento
moderno foi imprescindível para as Revoluções: FRANCESA E INDUSTRIAL.
Modernidade,
pós-guerra - Quebra de fronteiras que o cyberespaço proporcionou. O homem pisa
na lua. A interação via internet entre diversos povos e de línguas diferentes
que se comunicam mesmo sem saber a língua ou dialeto, passou a ser possível com
os tradutores, como o Google Translater.
Sociologia
enquanto ciência é cria (fruto) da modernidade.
MINORIAS
A)
QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL
Ø Séc. XIX – Desenvolvimento da biologia / Charles Darwin (A Origem das
Espécies -1859) – Desenvolvimento das teorias raciais:
1) Darwinismo Social
2) Racismo científico
Autores: Lewis
Morgan (1818-1881), Edward Tylor (1832-1917) e Herbert Spencer (1820-1903). (antropólogos
de gabinete)
Ø Determinismo entre raça e progresso: Alimentou discurso de superioridade
do branco europeu:
ü Missão civilizadora (imperialismo séc. XIX e XX),
ü Branqueamento da população (políticas imigrações no Brasil séc. XIX)
I.
GILBERTO FREYRE (1900 — 1987)
Ø Sociólogo
pernambucano
Ø Influenciado pelo
culturalista alemão Franz Boas
Obras:
Ø Casa Grande e Senzala (1933) / Sobrados e
Mucambos (1936)
Ideias centrais:
Ø Relações sociais
são construções sociais (cultura), resultantes de um determinado contexto
histórico e não pela genética.
Ø Defendia que o
grande valor do Brasil estava na mistura (miscigenação).
Ø A miscigenação era
o que o Brasil possuía de mais próprio e rico.
Ø Tese equivocada: de
que devido a miscigenação haveria uma convivência pacífica e harmônica entre
todas as raças e portanto não existia racismo no Brasil (tese da democracia
racial).
II.
FLORESTAN FERNANDES (1920 — 1995)
Ø Sociólogo
Obra:
Ø “A Integração do
Negro na Sociedade de Classes” (1964)
Ideias
Centrais:
Ø Contesta o muito da
“Democracia Racial”
Ø Ordem social no
Brasil era competitiva.
Ø O negro não possuía
as mesmas condições (oportunidades) que um branco tinha.
III.
THOMAS ELLIOT SKIDMORE (1932 — 2016)
Ø Historiador norte
americano naturalizado brasileiro (brasilianista).
Obra:
Ø “Preto no Branco:
raça e nacionalidade no pensamento brasileiro (1976).
Ideias Centrais:
Ø Racismo e a
escravidão em formas modernas (trabalhos domésticos, trabalhos braçais,
subempregos quase sempre exercidos por negros, com baixa escolaridade).
COTAS SOCIO RACIAIS
Ø Negros representam
54% da população do país (IBGE - 2016).
Ø A população
carcerária do Brasil: 61,6% são negros. (IBGE -2016).
Ø 2006 – cotas
sociorraciais – experiência piloto UNB (Universidade de Brasília).
Ø 2013 – STF –
Constitucionalidade.
I.
ARGUMENTO CONTRÁRIO:
DEMÉTRIO
MAGNOLI –
Feri o princípio de igualdade ao favorecer um grupo em detrimento de outro.
II.
ARGUMENTO
FAVORÁVEL:
LILIA
MORITZ SCHWARTS – (Espetáculo
Das Raças) – Ações afirmativas são necessárias por um espaço de tempo
determinado para que o abismo social produzido por séculos de escravidão
gradualmente seja minimizado.
RACISMO
NO BRASIL
Ø
Disfarçado
de “democracia racial”.
(ex. recentes: torcedores do Grêmio contra
o goleiro Aranha dos Santos).
REFERÊNCIAS:
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: Ed. da Unesp, 1991.
Sociologia
hoje:
volume único: ensino médio / Igor José de Renó Machado… [et al.]. – 1. ed. –
São Paulo : Ática, 2013.
domingo, 29 de novembro de 2015
DEDO NO CU INCOMODA MAIS OS OLHOS DO QUE O ÂNUS
Prof. Douglas Barraqui
O 22º
Festival MIX Brasil de Cultura da Diversidade, trouxe uma atração no mínimo
inusitada: “performance Macaquinho” que conta com nove atores que exploraram os
ânus alheios, uns dos outros.
ISSO É
ARTE?
A ARTE
tem um poder de estimulante sobre nos seres humanos: um livro pode nos fazer
chorar, um filme pode nos deixar triste, uma música pode nos deixar felizes, ou
tocar nossa paixão por alguém e o dedo no cu de alguém pode nos causar ojeriza.
A arte consegue tocar nossos sentidos, emoções e pensamentos.
A ARTE
pode ser inúmeras coisas. E uma das coisas mais importantes, a saber, sobre a
arte é que ela “RECRIA O MUNDO EM QUE VIVEMOS”. Esse mundo, dependendo de quem
observa, pode ser mais belo ou mais feio; mais ou menos significativo. Porém,
de alguma forma, esse mundo novo revela alguma coisa diferente sobre essa mesma
realidade.
Embora
a beleza esteja indissociavelmente ligada à arte, esta não é necessariamente, e
nem tem que ser, bela. Arte nem sempre é algo belo e maravilhoso. Pode ser
feia, de causar espanto e ojeriza, mas não deixa de ser arte por isso, desde
que consiga tocar nossas emoções arte é arte.
As
perguntas que devemos fazer são outras:
1) De onde
veio a CRIATIVIDADE para a “performance Macaquinhos"?
2) Durante
muito tempo o artista foi visto de um jeito especial, dotado de um TALENTO
especial ou de uma INSPIRAÇÃO. De onde viria a INSPIRAÇÃO para essa
manifestação, no mínimo anti-higiênica?
3) Se a arte recria o mundo em que vivemos, que
mundo essa performance estaria recriando?
Se a
arte, de fato, recria o mundo em que vivemos. E esse mesmo mundo serve de
inspiração para a criatividade do artista. QUE MUNDO SERIA ESSE?
Aqui
eu recorro a Zigmunt Bauman, sociólogo polonês, um dos intelectuais mais
respeitados da atualidade, especificamente o que ele trata como sendo o “MUNDO
LÍQUIDO”. Recorro, também, ao filósofo estadunidense Marshall Berman e sua obra,
que é uma crítica a modernidade, “TUDO QUE É SÓLIDO DESMANCHA NO AR”,
originalmente um frase de Karl Marx.
Hoje
vivemos em um mundo líquido. Assim como a água, os valores se escorrem, se
perdem ao evaporar, fluem e se moldam. Assim como o ar, tudo se esvai, evapora,
é levado pelo vento que é o ar em movimento.
Vivemos
em um mundo em que os valores facilmente se vão, se moldam, se escorrem. Vivemos
em um mundo, uma sociedade, em que ninguém mais se preocupa com o próprio
umbigo ou o próprio nariz, ou o próprio cu. Estamos preocupados com o do outro.
Temos que “cutucar”, olhar, bisbilhotar, tocar, cheirar. Isso acontece em
nossas interações sociais, no trabalho, na escola, com os amigos em um bar, na
família e, principalmente, nas redes sociais.
Ao “bisbilhotarmos”
a vida do outro, o que nos interessa é justamente o que causa escárnio, o que
fede, a parte mais asquerosa e nojenta do outro. Aqui entra o cu da “performance
macaquinho”.
Por exemplo:
ninguém está interessado no vídeo do you tube “Jovem ajuda vovozinha atravessar
avenida”. Mas, todos estão interessados em “senhora é atropelada por um
caminhão de gás”. Paramos para ver, tiramos fotos, filmamos e postamos nas
redes sociais. Em algumas horas milhares de compartilhamentos e likes. Repito:
o que nos interessa é o que nos causa escárnio, ojeriza, o que fede. E buscamos
isso no outro.
A “performance
macaquinho” foi aplaudida, pessoas pagaram para assistir. Mas, como seria
recebida essa mesma performance nas décadas de 70, 80 e 90? Na década de 70,
muito provavelmente, todos, inclusive os espectadores, seriam presos,
torturados e acusados mancomunar com o comunismo – isso porque enfiar o dedo no
cu do outro é coisa de comunista. Na década de 80, a década perdida, crise econômica,
moeda desvalorizada, inflação que chegou há fechar o ano acumulada em 365,9%,
muito provavelmente não teria dinheiro para realização de tal performance. Na década
de 1990 todos seriam presos por atentado violento ao pudor.
Agora
lanço outras reflexões, outros problemas:
1)
O
QUE FEZ O NOSSO MUNDO SE TORNAR TÃO LÍQUIDO?
2)
COMO
É POSSÍVEL VALORES SE PERDEREM TÃO RAPIDAMENTE?
3)
COM
OS VALORES SE ESCORRENDO, SENDO LEVADOS TÃO RAPIDAMENTE, PARA QUE DIREÇÃO NOSSO
MUNDO ESTÁ CAMINHANDO?
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