terça-feira, 5 de dezembro de 2017

CONSTRUÇÃO DA MODERNIDADE: MINORIAS

    Prof. Douglas Barraqui

A)      CONCEITO

O QUE É SER MODERNO? é relativo aos nossos dias; aquilo que é recente.

O conceito moderno tem origem com a Filosofia Moderna, que tem como pai, René Descartes (Era do conhecimento da racionalidade).

O PENSAMENTO RACIONAL indispensável para o desenvolvimento de tecnologias (máquinas a vapor, eletricidade, avanços na medicina, literatura, meios de comunicação e de massa, transporte, música e uma gama de itens).

O pensamento moderno foi imprescindível para as Revoluções: FRANCESA E INDUSTRIAL.
Modernidade, pós-guerra - Quebra de fronteiras que o cyberespaço proporcionou. O homem pisa na lua. A interação via internet entre diversos povos e de línguas diferentes que se comunicam mesmo sem saber a língua ou dialeto, passou a ser possível com os tradutores, como o Google Translater.

Sociologia enquanto ciência é cria (fruto) da modernidade.

MINORIAS

A)      QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL

Ø  Séc. XIX – Desenvolvimento da biologia / Charles Darwin (A Origem das Espécies -1859) – Desenvolvimento das teorias raciais:
1)       Darwinismo Social
2)       Racismo científico

Autores: Lewis Morgan (1818-1881), Edward Tylor (1832-1917) e Herbert Spencer (1820-1903). (antropólogos de gabinete)
Ø  Determinismo entre raça e progresso: Alimentou discurso de superioridade do branco europeu:
ü  Missão civilizadora (imperialismo séc. XIX e XX),
ü  Branqueamento da população (políticas imigrações no Brasil séc. XIX)

I.                    GILBERTO FREYRE (1900 — 1987)

Ø  Sociólogo pernambucano
Ø  Influenciado pelo culturalista alemão Franz Boas


Obras:
Ø   Casa Grande e Senzala (1933) / Sobrados e Mucambos (1936)

Ideias centrais:
Ø  Relações sociais são construções sociais (cultura), resultantes de um determinado contexto histórico e não pela genética.
Ø  Defendia que o grande valor do Brasil estava na mistura (miscigenação).
Ø  A miscigenação era o que o Brasil possuía de mais próprio e rico.
Ø  Tese equivocada: de que devido a miscigenação haveria uma convivência pacífica e harmônica entre todas as raças e portanto não existia racismo no Brasil (tese da democracia racial).

II.                  FLORESTAN FERNANDES (1920 —  1995)

Ø  Sociólogo

Obra:
Ø  “A Integração do Negro na Sociedade de Classes” (1964)


Ideias Centrais:
Ø  Contesta o muito da “Democracia Racial”
Ø  Ordem social no Brasil era competitiva.
Ø  O negro não possuía as mesmas condições (oportunidades) que um branco tinha.

III.                THOMAS ELLIOT SKIDMORE (1932 — 2016)

Ø  Historiador norte americano naturalizado brasileiro (brasilianista).

Obra:
Ø  “Preto no Branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro (1976).


Ideias Centrais:
Ø  Racismo e a escravidão em formas modernas (trabalhos domésticos, trabalhos braçais, subempregos quase sempre exercidos por negros, com baixa escolaridade).

COTAS SOCIO RACIAIS
Ø  Negros representam 54% da população do país (IBGE - 2016).
Ø  A população carcerária do Brasil: 61,6% são negros. (IBGE -2016).
Ø  2006 – cotas sociorraciais – experiência piloto UNB (Universidade de Brasília).
Ø  2013 – STF – Constitucionalidade.

I.                     ARGUMENTO CONTRÁRIO:

DEMÉTRIO MAGNOLI – Feri o princípio de igualdade ao favorecer um grupo em detrimento de outro.

II.                  ARGUMENTO FAVORÁVEL:

LILIA MORITZ SCHWARTS – (Espetáculo Das Raças) – Ações afirmativas são necessárias por um espaço de tempo determinado para que o abismo social produzido por séculos de escravidão gradualmente seja minimizado.

RACISMO NO BRASIL
Ø  Disfarçado de “democracia racial”.
(ex. recentes: torcedores do Grêmio contra o goleiro Aranha dos Santos).


REFERÊNCIAS:

GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: Ed. da Unesp, 1991.


Sociologia hoje: volume único: ensino médio / Igor José de Renó Machado… [et al.]. – 1. ed. – São Paulo : Ática, 2013.

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