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quarta-feira, 19 de julho de 2017

QUER COMPREENDER O BRASIL?

Quer tentar entender o que é o Brasil por um viés histórico, sociológico e antropológico, então recomendo a leitura minuciosa de:
1) Luís Câmara Cascudo (1898-1986) – “Dicionário do Folclore Brasileiro” (1952)
Se esforçou para registrar as práticas culturais, comidas típicas, o folclore, os mitos e lendas regionais brasileiras.

2) Eduardo Viveiros de Castro (1951-) – “A inconstância da alma selvagem”
Estudo detalhado das manifestações culturais dos indígenas atuais.

3) Gilberto Velho (1945-2012) – “"A Utopia Urbana: um estudo de antropologia social" (1973)
Estudou a complexa relação entre o individuo, sociedade e modo de vida urbano.
Analisou fenômenos como violência nos grandes centros urbanos, práticas culturais dos grupos juvenis, o individualismo, o consumismo e as relações familiares.

4) Luis Eduardo Soares (1954-) – “Elite da Tropa” (2006)
Interpretou a relação entre a violência, a criminalidade, a mídia e o Estado.
Nos mostra como que o próprio poder político corrompido produz e sustenta a criminalidade.
Nos mostra como que a mídia ajuda a propagar a violência por intermédio do sensacionalismo.

5) Roberto DaMatta (1936-) – “Carnavais, malandros e heróis (1979)
Estudou o carnaval e seus significados, a figura do malandro, o jeitinho brasileiro e a prática do “você sabe com quem está falando?”.

6) Gilberto Freyre (1900-1987) – “Casa grande e Senzala” (1932)
Estudou a formação histórica e social do Brasil desde o período colonial.
Sociedade brasileira resultado da mestiçagem.

7) Sergio Buarque de Holanda (1902-1982) – “Raízes do Brasil” (1936)
Conceito do “homem cordial”, como característica marcante da alma brasileira. O homem que valoriza mais a emoção do que a razão. Tese de que o brasileiro seria mais “cordial”, mais afável, amigável, submetido a paixões;, tende valorizar mais as relações familiares e afetivas; mais festi9vo e hospitaleiro; daria mais importância ao domínio privado do que o público.
No país da malandragem, o jeitinho brasileiro teria como tragédia maior a corrupção.

8) Darcy Ribeiro (1922-1997) – “O povo brasileiro” (1997)
Estudou a formação da sociedade brasileira a partir das três matrizes: nativo (índio), negro (africano) e o branco (europeu).
Demonstra como esse caldeirão cultural foi marcado tanto por relações amistosas quanto por conflitos, violência e relação de dominação.

Só para começar. Mas, tome atento, pois ambos os autores são duramente criticados pelas explicações reducionistas e generalizantes.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

IDIOTA POLÍTICO ou POLÍTICO IDIOTA?

Prof. Douglas Barraqui

Eu sou um aficionado pela origem etimológica das palavras. Na Grécia antiga, por exemplo, aquela pessoa que não participava da vida política, pensava unicamente em si mesmo e olhava apenas para os próprios interesses era um "idiótes".

Também, na Grécia aquele que participava da vida política; atuante nas tomadas de decisão da pólis (Cidade-Estado). Aquele que se ocupava com o bem de todos, o bem comum, era um “politikós”.

Portanto, aquele que olha para o próprio umbigo é um idiota e aquele que pensa no bem comum é um político. No Brasil, de uma maneira dramática e grotesca, conseguimos inverter isso.


Em tempos apavorantes em que nossos “politikós” ignoram a importância da filosofia na formação humana recomendo a leitura do livro “POLÍTICA: PARA NÃO SER IDIOTA” do filósofo Mario Sergio Cortella e Renato Janine Ribeiro.