terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

QUESTÕES - EGITO, MESOPOTÂMIA, FENÍCIOS, HEBREUS E PERSAS


Prof. Douglas Barraqui

1.      (Ueg 2012) Artigo 200: Se um homem arrancou um dente de um outro homem livre igual a ele, arrancarão o seu dente. Artigo 201: Se ele arrancou o dente de um homem vulgar pagará um terço de uma mina de prata. Artigo 202: Se um homem agrediu a face de um outro homem que lhe é superior, será golpeado sessenta vezes diante da assembleia com um chicote de couro de boi. CÓDIGO DE HAMURÁBI. In: VICENTINO; DORIGO. História para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2001. p. 47. Estes artigos pertencem ao célebre Código de Hamurábi, primeiro registro escrito de leis de que se tem notícia. Com base na leitura dos exemplos apresentados, conclui-se que

a) a pena pelo delito cometido pode variar de acordo com a posição social da vítima e do agressor.
b) para a legislação de Hamurábi, a Lei de Talião era absoluta, sempre “olho por olho, dente por dente”.
c) Hamurábi conseguiu unificar a Babilônia a partir da implantação de um só código de leis para todo o território.
d) os antigos babilônios consideravam que agredir a face de um homem era mais grave do que arrancar seu dente.

2.      (Uftm 2012) Em janeiro de 2011, os jornais noticiaram que os protestos contra o governo do Egito poderiam ter um efeito colateral muito sério: a destruição ou dano de várias relíquias, obras e sítios arqueológicos da antiga civilização egípcia. De acordo com as agências de notícias, houve várias tentativas de saquear o museu do Cairo. Numa delas, indivíduos quebraram pouco mais de uma dezena de estátuas e decapitaram duas múmias, recentemente identificadas como avós do faraó Tutankhamon. Alguns saqueadores pareciam procurar apenas por ouro.

Sobre o material arqueológico proveniente do Antigo Egito, é correto afirmar que

a) sua destruição afetaria a economia do Egito, mas não traria consequências sérias para a ciência e para a história, que já estudaram esse material.
b) grande parte dele foi destruído pelos próprios egípcios ainda na Antiguidade, como estratégia para proteger os segredos de sua cultura dos invasores.
c) foi uma das causas dos protestos contra o governo, que pagou grandes somas para reaver objetos em poder de países europeus.
d) permitiu compreender a importância dos rituais fúnebres, como atestam os sarcófagos do Vale dos Reis.
e) tem grande valor artístico e confirmou o que já se sabia dos antigos egípcios por meio de documentos escritos.

3.      (Uftm 2012) Leia os excertos da obra 100 textos de História Antiga, organizada por Jaime Pinsky, de 1980.

Eu sou o rei que transcende entre os reis, Minhas palavras são escolhidas, Minha inteligência não tem rival.
(Hamurábi, 1792-1750 a.C. Autopanegírico.)

O fundamento do regime democrático é a liberdade [...]. Uma característica da liberdade é ser governado e governar por turno [...]. Outra é viver como se quer; pois dizem que isto é resultado da liberdade, já que o próprio do escravo é viver como não quer.

(Aristóteles, 384-322 a.C. Política.)

A partir dos textos, pode-se afirmar que

a) os fundamentos do poder político eram os mesmos para Hamurábi e Aristóteles.
b) a democracia, segundo Aristóteles, impôs o abandono do regime escravista.
c) Hamurábi considerava que o governante deveria ser escolhido entre os mais sábios.
d) expressam diferentes concepções sobre as relações entre governantes e governados.
e) a dinastia esclarecida, com doses de despotismo e liberdade, era defendida por ambos.

4.      (Ufsm 2011)

A ilustração sintetiza a sociedade egípcia. A partir das informações que ela contém, é possível afirmar:

I. Na base da sociedade, encontrava-se o rio Nilo, cujas águas podiam ser aproveitadas para o cultivo sem necessidade de técnicas específicas nem aprimoramento de organização social.
II. O ecossistema do Nilo tinha como um dos elementos o sol, o qual está representado na figura de um deus, com disco solar sobre a cabeça, transmitindo a ideia de que ele ilumina e aquece o rio, a terra e os homens.
III. As árvores frutíferas e as cenas de plantio e colheita ocupam o centro da pintura, indicando a importância tanto das águas do rio quanto da luz da divindade solar para o ecossistema.
IV. A pintura é uma representação alegórica e não realista, não indicando informação sobre a estrutura política e administrativa (o faraó e seus funcionários), por isso não serve como fonte para o estudo da história e sociedade egípcias.

Está(ão) correta(s)

a) apenas I e II.
b) apenas II e III.
c) apenas III.
d) apenas III e IV.
e) apenas IV.

5.      (Pucpr 2010) Na Antiguidade muitos povos consideravam que as doenças eram enviadas pelos deuses. No final do século VIII a.C., quando os assírios sitiaram a cidade de Jerusalém e ameaçaram invadi-la, uma epidemia virulenta acometeu o acampamento matando muitos soldados. Nessa ocasião, Ezequias, rei de Judá, considerou essa epidemia uma bênção de Deus. Nesse contexto, marque a alternativa INCORRETA sobre a religião dos hebreus:

a) Os hebreus consideravam Deus como soberano absoluto, fonte de todo o Universo e dono de uma vontade suprema.
b) O Deus hebreu era transcendente, não se identificava com nenhuma força natural; estava acima da natureza.
c) Os hebreus consideravam Deus bom e que fazia exigências éticas ao seu povo. Ao contrário dos deuses do Oriente Próximo, Deus não era atraído pela luxúria ou impelido pelo mal.
d) Deus para os hebreus era uno, soberano, transcendente e bom.
e) Para os hebreus o poder de Deus vinha de um poder preexistente, habitava a natureza e fazia parte dela.

6.      (Ufpi 2008) Entre as principais características da Civilização Hebraica, merecem destaque especial:

a) A religião politeísta em que as figuras mitológicas de Abraão, Isaac e Jacó formavam uma tríade divina.
b) A criação de uma federação de cidades autônomas e independentes (cidades-estado) controladas por uma elite mercantil.
c) A criação de um alfabeto (aramaico) que seria incorporado e aperfeiçoado pelos egípcios, tornando-se conhecido como escrita hieroglífica.
d) As práticas religiosas caracterizadas pela crença na existência de um único Deus (monoteísmo) e no messianismo, pois acreditavam na vinda de um messias libertador do povo hebreu.
e) As inovações tecnológicas desenvolvidas na agricultura, possibilitando grande crescimento da produtividade agrícola na região palestina.

7.      (Pucpr 2008) O Império Babilônico dominou diferentes povos como os sumérios, os acádios e os assírios. Para governar povos tão diferentes, o rei Hamurábi organizou o primeiro código de leis escritas, o Código de Hamurábi.

- Se um homem acusou outro de assassinato mas não puder comprovar, então o acusador será morto.
- Se um homem ajudou a apagar o incêndio da casa de outro e aproveitou para pegar um objeto do dono da casa, este homem será lançado ao fogo.
- Se um homem cegou o olho de outro homem, o seu próprio será cegado. Mas se foi olho de um escravo, pagará metade do valor desse escravo.
- Se um escravo bateu na face de um homem livre, cortarão a sua orelha.
- Se um médico tratou com faca de metal a ferida grave de um homem e lhe causou a morte ou lhe inutilizou o olho, as suas mãos serão cortadas. Se a vítima for um escravo, o médico dará um escravo por escravo.
- Se uma mulher tomou aversão a seu marido e não quiser mais dormir com ele, seu caso será examinado em seu distrito. Se ela se guarda e não tem falta e o seu marido sai com outras mulheres e despreza sua esposa, ela tomará seu dote de volta e irá para a casa do seu pai.

Assinale a alternativa correta:

a) As leis aplicavam-se somente aos homens livres e que possuíssem propriedades.
b) Estabeleceu o princípio que todos eram iguais perante a lei e por isso um escravo teria os mesmos direitos que um homem livre.
c) O Código de Hamurábi representava os ideais democráticos do Império Babilônico.
d) O código tinha como princípio a "pena de talião" resumida na expressão "olho por olho, dente por dente".
e) O Código considerava a mulher propriedade do homem e sem direitos.

8.      (Ufg 2008) Observe a imagem:

A pintura egípcia pode ser caracterizada como uma arte que
a) definiu os valores passageiros e transitórios como forma de representação privilegiada.
b) concebeu as imagens como modelo de conduta, utilizando-as em rituais profanos.
c) adornou os palácios como forma de representação pública do poder político.
d) valorizou a originalidade na criação artística como possibilidade de experimentação de novos estilos.
e) elegeu os valores eternos, presentes nos monumentos funerários, como objeto de representação.

9.      (Ufsm 2007)
"(...) Ea situação sempre mais ou menos / Sempre uns com mais e outros com menos / A cidade não para, a cidade só cresce / O de cima sobe e o de baixo desce / (...)"

Este trecho da música do pernambucano Chico Science (1966-1997) e grupo Nação Zumbi nos remete à vida em cidades, processo que passou a ser significativo na história, a partir do 40. milênio a.C., na Mesopotâmia.

Sobre esse processo, é correto afirmar:

a) Com o surgimento e crescimento das cidades, houve um progressivo aumento da especialização do trabalho e da igualdade social, enfraquecendo o poder político.
b) A diminuição da produção agrícola assegurou excedentes para a manutenção de especialistas, desenvolvendo a urbanização em cidades-Estado socialmente desiguais.
c) Apesar da urbanização e das novas tecnologias de irrigação, mantém-se um Estado de caráter exclusivamente político e que não intervém na economia, conservando a ordem social hierarquizada.
d) A sedentarização do homem, o desenvolvimento de cidades, a especialização do trabalho e uma sociedade socialmente desigual levaram à constituição de polos de poder como o Templo e o Palácio.
e) Mesmo se legitimando através de conquistas militares ou como mediadores entre o mundo terreno e o mundo divino, os soberanos separaram a esfera política da religiosa no intuito de conservar uma sociedade desigual.

10.  (Uece 2007) As relações entre o Estado e a religião, existentes entre os povos da Antiguidade, caracterizaram diferentes formas de organização político-social.

Sobre essas relações, é correto afirmar que

a) o politeísmo implantado pelas monarquias hebraicas restringia a concepção do rei como ser humano, tornando-o, ungido de Deus.
b) a teocracia egípcia, concepção divina de poder, personificada no faraó como próprio Deus, limitou-se ao período do Novo Império.
c) a monarquia teocrática, no Egito antigo, ocorria através da personificação de Deus e do Estado na figura do faraó.
d) o Código de Hamurábi era um manual de orientação espiritual, que autorizava os fiéis a fazer justiça com as próprias mãos.

11.  (Ufc 2006) O nome do rei egípcio Amenófis IV (c.1377 a.C. - c.1358 a.C.) está ligado à reforma religiosa que substituiu o culto de Amon-Rá por Áton e determinou o fim do politeísmo. Além do caráter religioso, essa reforma buscava:

a) limitar a riqueza e o poder político crescentes dos sacerdotes.
b) reunificar o Egito, após as disputas promovidas pelos nomarcas.
c) pôr fim às revoltas camponesas motivadas pelos cultos antropomórficos.
d) reunir a população, por meio da religião, para fortalecer a resistência aos hicsos.
e) restabelecer o governo teocrático, após o crescimento da máquina administrativa.

12.  (Ufpb 2006) Sobre os povos da Antiguidade Oriental, é correto afirmar:
a) A agricultura foi o principal fator de enriquecimento e desenvolvimento dos hebreus, devido ao aproveitamento das águas através de complexos e amplos sistemas de irrigação.
b) A religião constituiu a principal herança deixada pelos egípcios, de onde provém o monoteísmo judaico.
c) O comércio marítimo marcou a presença histórica dos fenícios, que estabeleceram contatos com diversos povos, ao longo da costa do Mar Mediterrâneo.
d) A guerra de conquista foi a principal característica dos sumérios, povo que construiu um império que se estendia do Egito às fronteiras da Índia.
e) A escrita cuneiforme, uma das mais importantes formas de registro escrito, produzido em blocos de argila, foi a principal contribuição dos persas, povo que habitou a Mesopotâmia.

13.  (Ufpel 2006) No esquema a seguir, os algarismos I, II, III e IV correspondem às civilizações da Antiguidade.


Assinale a alternativa que denomina corretamente as civilizações indicadas, respectivamente, por I, II, III e IV.

a) Fenícia, Hebraica, Egípcia e Persa.
b) Egípcia, Fenícia, Persa e Hebraica.
c) Persa, Fenícia, Hebraica e Egípcia.
d) Egípcia, Persa, Fenícia e Hebraica.
e) Hebraica, Egípcia, Fenícia e Persa.

14.  (Ufsm 2004) A região da Mesopotâmia ocupa lugar central na história da humanidade. Na Antiguidade, foi berço da civilização sumeriana devido ao fato de

a) ser ponto de confluência de rotas comerciais de povos de diversas culturas.
b) ter um subsolo rico em minérios, possibilitando o salto tecnológico da idade da pedra para a idade dos metais.
c) apresentar um relevo peculiar e favorável ao isolamento necessário para o crescimento socioeconômico.
d) possuir uma área agriculturável extensa, favorecida pelos rios Tigre e Eufrates.
e) abrigar um sistema hidrográfico ideal para locomoção de pessoas e apropriado para desenvolvimento comercial.

15.  (Fatec 2003) O Iraque, recentemente em guerra com os EUA e Inglaterra, já foi palco de uma grande civilização na Antiguidade, a Mesopotâmia. Desta civilização, inserida na área do Crescente Fértil, é correto afirmar:

a) teve em Senaqueribe seu mais importante rei, que além de transformar a Babilônia num dos principais centros urbanos, elaborou o 1o código de leis completo, assentado nas antigas tradições sumerianas.
b) durante o governo de Nabucodonosor foram realizadas grandes construções públicas, merecendo destaque os "Jardins Suspensos da Babilônia", considerados uma das maravilhas do Mundo Antigo.
c) Nabopalassar, que substituiu Nabucodonosor, não conseguiu manter o império, que foi conquistado por Ciro, o Grande, da Pérsia.
d) Assurbanípal, rei dos Assírios, depois de dominar a Caldéia, mudou a capital do império para a cidade de Ur.
e) com Hamurábi, os sumerianos, vindos do planalto do Irã, fixaram-se na Caldéia e fundaram diversas cidades autônomas, como Ur, Nínive e Babilônia.

16.  (Unesp 2003) Na região onde atualmente se encontra o Líbano, instalou-se, no III milênio a.C., um povo semita, que passou a ocupar a estreita faixa de terra, com cerca de 200 quilômetros de comprimento, apertada entre o mar e as montanhas. Várias razões os levaram ao comércio marítimo, merecendo destaque sua proximidade geográfica com o Egito; a costa, que oferecia lugares para bons portos; e os cedros, principal riqueza, usados na construção de navios. O contido nesse parágrafo refere-se ao povo

a) fenício.
b) hebreu.
c) sumério.
d) hitita.
e) assírio.

GABARITO:

Resposta da questão 1: [A]
O Código de Hamurabi, sintetizado na frase “olho por olho, dente por dente”, tratava agressor e agredido de formas diferentes, considerando a classe social a que pertenciam.

Resposta da questão 2: [D] A arqueologia é uma ciência que conheceu grande desenvolvimento no século XX e possibilitou o conhecimento sobre a história de diversas civilizações antigas. Na maior parte dos casos, a arqueologia é decisiva para entendimento de sociedades que deixaram poucos – ou nenhum – documentos escritos. No caso do Egito, as descobertas da região do Vale dos Reis foram fundamentais para o conhecimento da importância da cultura religiosa dos antigos egípcios.

Resposta da questão 3: [D]
O texto do Rei Hamurábi, da Babilônia (antiga Mesopotâmia, hoje Iraque), revela um governo autoritário, no qual a última palavra é a do governante, que deve ser obedecido sem questionamentos. O texto do filósofo grego Aristóteles fala de democracia e liberdade, que levariam os cidadãos a viver “como se quer”, não se submetendo a um governo despótico.

Resposta da questão 4: [B]
Podemos dizer que na base da “economia” encontrava-se o Nilo e o aproveitamento de suas águas exigiu o desenvolvimento técnico. A pintura, como expressão artística no Egito, foi caracterizada pelo realismo, pela preocupação de retratar a vida cotidiana e suas crenças na vida após a morte.

Resposta da questão 5: [E]
Os hebreus, diferentemente dos demais povos do Oriente Antigo, eram monoteístas e de acordo com suas tradições, consideravam Deus (Iiavé ou Javé) o criador supremo do Universo, descaracterizando-se a afirmação de que o poder de Deus vinha de um poder preexistente. Alguns estudiosos, no entanto, crêem que Iavé trata-se de uma divindade tribal, que apenas posteriormente será elevada ao status de Deus único.

Resposta da questão 6: [D]
O monoteísmo hebraico é uma construção cultural-religiosa própria do povo hebreu, que tem seu canal de expressão nos textos sagrados do judaísmo. Seu canal de expressão doutrinário fundamental é a chamada de “bíblia hebraica ou Torá – Antigo Testamento”, conjunto de textos sagrados assumidos como normativos pelo Judaísmo e, em boa medida, também pelo Cristianismo. Outros escritos judaicos como o Talmud assumem também os postulados principais da cultura hebraica. Sua construção se dá ao longo de alguns séculos, basicamente entre o século IX e V a.C. num processo conflitivo e doador de identidade. O ambiente geográfico e cultural é o contexto do Antigo Oriente Próximo. Neste espaço convivem grupos sociais distintos, com expressões culturais próprias, que realizam intercâmbios culturais e religiosos entre si. Também experiências e expressões de contextos mais longínquos como a Mesopotâmia e o Egito que são aproveitadas nesta construção. O monoteísmo hebraico não é expressão estanque de uma só cultura semítica, mas sua construção se deu em diálogo e em trocas de bens simbólicos entre os grupos presentes no contexto cananeu deste período na Antiguidade. O monoteísmo hebraico é um sistema religioso que afirma fundamentalmente a existência de um só Deus. A religião era sobretudo ética e moral, o que se expressou na Lei Mosaica, fundamento da aliança entre Jeová e os Hebreus, no Monte Sinai, pela mediação de Moisés.

Resposta da questão 7: [D]
Abordagem clássica a respeito do Código de Hámurabi, que expressava a lei do “olho por olho, dente por dente”, ou seja, o castigo era dado conforme o crime cometido.

Resposta da questão 8: [E]
Resposta da questão 9: [D]
Resposta da questão 10: [C]
Resposta da questão 11: [A]
Resposta da questão 12: [C]
Resposta da questão 13: [B]
Resposta da questão 14: [D]
Resposta da questão 15: [B]

Resposta da questão 16: [A]

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

MÓDULO 01 - FILOSOFIA - O QUE É O SER HUMANO? A BUSCA PELO CONHECIMENTO

Prof. Douglas Barraqui

1.1            O QUE É O SER HUMANO?

POR QUE VOCÊ PENSA COMO PENSA?
O QUE HÁ DE ESPECIAL NO SER HUMANO?

"Somente a inteligência examina a si mesma. A pedra cai sem tomar conhecimento de sua queda; [...] a flor nada sabe de sua encantadora beleza; o animal bruto segue seus instintos, sem perguntar a razão de tê-los, apenas o ser humano [...] abriga um espírito que depois de abarcar o mundo, anseia por compreender-se, recolhendo-se em si mesmo [...].” (Jaime Balmes)

A)     O QUE NOS DIFERENCIA DE OUTROS ANIMAIS?
Capacidade de:
Ø  APRENDER
Ø  ENSINAR
Ø  PENSAR
Ø  ESCOLHER

B)      LIBERDADE VS DETERMINISMO
ANIAMAL
SER HUMANO
Ø  Vantagens biológicas. Possuem características físicas específicas que lhes dão vantagens biológicas (pássaro asas, leão garras e dentes fortes, peixe guelras).

Ø  Não possui nenhuma característica física específica (sendo um dos animais mais frágeis da natureza)

Ø  Agem por instintos (herdam de sua espécie a programação biológica que ditam as regras do seu comportamento)

Ø  Agem pela razão e instintos



Ø  São determinados (não são livres)

Ø  Agimos por autodeterminação (em relação aos outros animais, portanto, somos livres)

Ø  Se adaptam ao meio

Ø  Adapta o meio (natureza) ao seu proveito.

C)      A VIDA EM SOCIEDADE NOS HUMANIZA:
Ser humano não nasce com características culturais e sociais, tipicamente humanas, adquiri no processo de socialização decorrente de sua integração em uma cultura. A vida em sociedade nos humaniza.

1.2            A BUSCA PELO CONHECIMENTO

Etimologia e conceitos:
Latim – sapere – saber conhecer

Para que o conhecimento exista é necessário que haja:

1°) sujeito cognoscente (sujeito do conhecimento, aquele que vai conhecer)

2°) objeto cognoscível (objeto do conhecimento, aquilo que será conhecido pelo sujeito)

A)     FERRAMENTAS: RAZÃO E IMAGINAÇÃO
Para chegar ao conhecimento sobre o mundo e sobre a si mesmo, o ser humano dispõe de duas capacidades (ferramentas):
IMAGINAÇÃO
RAZÃO
Existe antes mesmo da Razão, argumentação mitológica, religiosas e lendárias. Não há compromisso com a verdade.
Base filosófica de toda ciência. Uso de argumentação sistemática e metodológica para se chegar a verdade.

I – Tipos de conhecimento:
IMAGINAÇÃO
RAZÃO
MITOLÓGICO E OU RELIGIOSO:
ü  Produzido pela imaginação.
ü  Depende da fé e crenças.
ü  Oferece explicações mágicas e sobrenaturais.
ü  Não é possível provar racionalmente.
CIÊNCIA:
ü  Razão como base filosófica.
ü  Conhecimento objetivo.
ü  Fundamenta-se em observação e análise.
ü  Possui um objeto de estudo.
ARTE:
ü  Produzida a partir do uso da imaginação,
ü  Interpretação de mundo do artista,
ü  Pode ser usada para criticar ou manifestar o sentimento humano.
FILOSOFIA:
ü  Conhecimento racional,
ü  Filosofia de vida (escolhas racionais).
ü  Origem das idéias e do pensamento.
SENSO COMUM:
ü  Conhecimento intermediário entre a imaginação e a razão.
ü  Adquirido pela tradição cultural de um povo (conhecimento sobre fenômenos da natureza, plantas medicinais).
ü  Não possui um fundamento teórico.
ü  Muitas das vezes impossível de se comprovar.

B)      COMO É POSSÍVEL ALCANÇAR O CONHECIMENTO:

1)      INTUITIVO: Uso da intuição, não precisa de um interlocutor, alguém para ensinar (professor).

a.       Empírico (SENTIDOS): uso dos sentidos (audição, olfato, paladar, tato e visão), envolve análise e observação.

b.      Intelectual (PENSAMENTO): uso do pensamento

2)      DEMONSTRATIVO: Também chamado de discursivo, baseia-se em um encadeamento de ideias, juízos ou conceitos que levam à formação de uma conclusão. Requer um interlocutor.

C)      ESCOLAS DE PENSAMENTO EDUCACIONAL:
Formas de encarar o conhecimento:
IDEALISMO
REALISMO
RELAÇÃO ENTRE SUJEITO COGNOSCENTE E OBJETO DO CONHECIMENTO
Pensador (Platão)
Pensador (Aristóteles)
Ø  O mundo existe na mente das pessoas.
Ø  Pensa e desenvolve teorias.
Ø  O mundo é uma criação do que idealizamos.
Ø  Conhecimento intelectual (Pensamento).                                     
Ø  O mundo existe fora da mente das pessoas.
Ø  Experimenta e desenvolve teorias.
Ø  O mundo é real e ele existe.
Ø  Conhecimento empírico (uso dos sentidos).

D)     É POSSÍVEL CONHECER A VERDADE?
I – Etimologia: Latim Verus/verita = verdade
II – Conceito: É aquilo que corresponde a realidade do ser.

1)      CETICISMO - Criada pelo grego Pirro (365-275 a.C.), atitude de dúvida, verdade não passa de uma ilusão, é impossível conhecer a verdade.  
                                 
2)      DOGMATISMO – Surge do senso comum, a verdade existe e é possível encontrá-la, necessário esforço racional.

E) EPISTEMOLOGIA: TEORIA DO CONHECIMENTO
I – Conceito: grego (episteme=conhecimento) (logia=estudo) “estudo do conhecimento” – epistemologia estuda o método de como se chega a verdade.

II – Métodos:
1)      RACIONALISMO: Razão (pensamento) como forma de se chegar a verdade – não depende dos sentidos – (representante: Rene Descartes, “penso, logo existo” – discurso do método) 
                          
2)      EMPIRISMO: Uso dos sentidos (audição, olfato, paladar, visão e tato)  para se chegar a verdade – aplicação do método (análise + observação = verdade) relação entre sujeito do conhecimento e objeto do conhecimento.

Veja essa aula em formato de apresentação de slides aqui

REFERÊNCIAS:

ARANHA, Maria Lúcia. Filosofando: Introdução á Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993.

BUZZI, Arcângelo. Introdução ao Pensar. Petrópolis; ed. Vozes, 1997.

CHAUÍ, Marilena. Convite á Filosofia. São Paulo,10ª. Ed.,Ática,1998.

CONTIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia -História e Grandes Temas. São Paulo;Editora Saraiva, 2000.

GAARDEr, Jostein. O Mundo de Sofia. São Paulo; Cia. Das Letras, 1995.

GILES, Thomas Ransom. Introdução á Filosofia. São Paulo; Epu, 1979.

LICKESI, C. Carlos. Introdução á Filosofia - Aprendendo a Pensar.2ª. Ed. São Paulo.

Cortez,1996. MONDIM, Battista. Curso de Filosofia. 8ªEd. São Paulo; Paulus,1981 - Volume I, II e III.

MORENTE, Manuel Garcia. Fundamentos de Filosofia - Lições Preliminares. São Paulo; Mestre Jou,1980.

POLITZER, G. Princípios. Fundamentais de Filosofia. São Paulo; Hemus, 1995.