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domingo, 28 de abril de 2019
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
AS MULHERES NA REVOLUÇÃO FRANCESA
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A marcha das mulheres para Versalhes, gravura do século XVIII |
“Não fiz a guerra como mulher,
fiz a guerra como um bravo!”, declarou Marie-Henriette Xaintrailles em carta ao
imperador Napoleão Bonaparte. Indignada por lhe recusarem pensão de
ex-combatente do Exército “porque era mulher”, ela lembrou que, quando fez sete
campanhas do Reno como ajudante de campo, o que importava era o cumprimento do
dever, e não o sexo de quem o desempenhava.
Madame Xaintrailles não foi um
caso isolado. Em 1792, quando a França declarou guerra à Áustria, voluntárias
se alistaram no Exército para lutar ao lado dos homens contra as forças da
coalizão austro- prussiana que ameaçavam invadir o país. Muitas se apresentaram
com identidades falsas e disfarçadas de homem. Além de conseguirem se alistar,
protegiam-se do risco da violência sexual. [...]
Não se conhece o número exato de
mulheres-soldados durante o período revolucionário francês (1789-1799). Há
oitenta casos registrados nos arquivos parlamentares, militares e policiais.
As irmãs Fernig, com 17 e 22
anos, foram exceções: eram nobres, e combateram vestidas de homem no Exército
do general Dumouriez (1739- -1823), na fronteira da atual Bélgica. Fora da
batalha, passeavam com roupas de mulher e carabina ao ombro. Tornaram-se
heroínas nacionais.
De todo modo, as soldadas
encarnavam as virtudes republicanas. Não era pouco. Por essa razão, Liberté
Barreau e Rose Bouillon figuravam na Coletânea de Ações Heroicas e Cívicas dos
Republicanos Franceses, publicada em 30 de dezembro de 1793. [...]
Sacrificaram-se pela pátria sem esquecer as virtudes de seu sexo. Eis aí o
grande mérito. Numa República marcada por apelos à moral, as mulheres-soldados
contribuíram com um modelo de comportamento feminino positivo.
REFERÊNCIA:
MORIN, Tania Machado. Revolução Francesa e
feminina. Revista de História da Biblioteca Nacional, 8 dez. 2010.
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
AULA: FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS ABSOLUTISTAS
Prof. Douglas Barraqui
A) CONCEITO:
Absolutismo monárquico é uma
teoria política que defende a concentração de poderes políticos (julgar, criar
e executar as leis) nas mãos do monarca, o rei.
1.1 ABSOLUTISMO EM PORTUGAL:
A) CONTEXTO:
I. Guerra de reconquista (Sec.
VIII – XV)
Ø Séc.
VIII – árabes mouros (muçulmanos) ocuparam a península Ibérica
Ø Guerra
de reconquista: Muçulmanos Vs cristãos
II. Borgonha a Primeira Dinastia
(Séc. XI)
Ø Henrique
de Borgonha (nobre francês) lutou na guerra de reconquista e recebe de Afonso
VI (Rei de Leão) o condado portucalense. (BORGONHAS SE TORNAVA VASSALO DOS REIS
DE LEÃO)
Ø Afonso
Henrique (filho de Henrique de Borgonha) reconquistou a região de Algarves –
rompe relação com reis de Leão. Os Borgonhas tornam-se a primeira dinastia a
governar Portugal. Afonso Henriques e apelidado de "o Conquistador",
foi o primeiro Rei de Portugal de 1139 até sua morte1185.
III. Revolução de Avis (1383-1385)
Ø 1383
– D. Fernando I “o Belo” (último rei da dinastia Borgonha) morre sem deixar
herdeiros.
Ø A
nobreza de Castela e de Portugal desejava unir o reino de Castela ao reino
Portucalense.
Ø A
burguesia era contrária, pois Portugal tinha uma economia mais mercantil e
Castela ainda tinha características feudais.
Ø 1385
D. João I (irmão ilegítimo de D. Fernando I) chefe da ordem de Avis, com apoio
financeiro da Burguesia, vence a
batalha de Aljubarrota. Início da dinastia de Avis (formação do Reino de
Portugal).
IV . D. João V e o absolutismo:
Ø Riqueza
oriunda do Brasil (mineração em Minas Gerais)
1.2 ABSOLUTISMO NA ESPANHA
A) CONTEXTO:
I. Guerra de reconquista (Sec. VIII – XV)
Ø
Séc. VIII expansão dos muçulmanos (árabes mouros) e no Séc.
XV Guerra de Reconquista deram origem a
reinos que formariam a Espanha.
Reino de Castela, reinos de Navarra e Aragão e Granada (último
território muçulmano)
II. Influência do catolicismo:
Ø
Atuação da Inquisição na luta contra os infieis hereges árabes
mouros muçulmanos.
Ø
Influencia no casamento entre os reis católicos:
1469 - FERNANDO (reinos de Aragão e Navarra) e ISABEL (Reino
Castela)
Ø
Diversidade cultural e linguística (basco, catalã, judaismo,
muçulmano), o catolicismo foi capaz de promover a unidade através da religião.
III. Carlos V e Filipe II: auge do absolutismo
Ø
Metais preciosos da América espanhola, domínio em regiões da
América e Ásia.
1.3 ABSOLUTISMO NA INGLATERRA
A)
CONTEXTO:
Ø
Séc. V – Aglo-saxões (povo bárbaro de origem germânica) ocuparam a
ilha da Bretanha.
Ø
Séc. XI – 1066 – normandas (tribo Vikings) derrotaram os saxões e
reforçaram a estrutura feudal na Ilha.
Ø
Séc. XII – Henrique II – Ascensão da dinastia Plantageneta.
Criação da Common Law (justiça real) uma justiça ou lei unificada aplicada em
todo reino (OBS: Henrique II é pai de Ricardo Coração de Leão que lutou na
cruzada dos reis).
B) MAGNA CARTA –
1215
Ø
1215 – João “sem terra”, o rei, teve seus poderes limitados pela
Magna Carta (considerada a 1ª carta constituinte da história).
Ø
Rei não tinha mais autonomia para cria leis e impostos.
Ø
Criação do “Grande Conselho” (formado por nobres e clérigos)
origem do parlamento inglês.
C) Guerra dos
Cem anos (1337-1453):
I.
Conceito: conflito entre França e Inglaterra
II.
Consequências:
Ø
Desenvolvimento do nacionalismo
Ø
A guerra exigiu a união entre a nobreza em torno do rei.
D)
GUERRA DAS DUAS ROSAS (1455-1485):
Ø
Absolutismo inglês começa a tomar forma.
Ø
Após a Guerra dos Cem Anos ocorre na Inglaterra uma disputa pelo
trono na chamada Guerra das Duas Rosas (1455-1485)
York (rosa branca) Vs Lancaster (Rosa Vermelha)
Ø
Henrique Tudor (Lancaster) destronou Ricardo III (York)
Ø
Henrique Tudor assume o trono da Inglaterra com título de Henrique
VII. Tem início o absolutismos na Inglaterra.
E) Henrique VIII (1509-1547)
Ø
Rompeu com a Igreja Católica (Ato de Supremacia 1534) fundou a
Igreja Anglicana (rei era chefe supremo da nova igreja. Rei responsável por dar
forma ao absolutismo inglês.
1.4 ABSOLUTISMO NA FRANÇA:
A) DINASTIA DOS CAPETÍNGIOS:
Ø
Dinastia Capetíngia – início da centralização política. Os reis
dessa dinastia promoveram:
1) Cobrança e
unificação dos impostos cobrados pelos bailios ou senecais (fiscais nomeados
pelo rei)
2) Centralização
da justiça
3) Formação de
um exército forte
4) Unificação
monetária
5) Submeteu
nobres (Filipe IV “o belo” anexou
regiões de Navarra e Champagne, reprimiu a ordem dos templários – devido a
enorme dívida que seu reino tinha com esta ordem)
6) Influencia na
Igreja (nomeação do papa francês Clemente
V que se comprometeu em dissolver a ordem dos templários). Transferência do
papado para Avignon, na França (episódio conhecido como Cativeiro de Avignon). Durante 70 anos a cristandade viveu
a chamada Cisma do Ocidente a
existência de dois papas: um romano e outro francês.
A dinastia capetíngia seria sucedida pela dinastia dos Valois.
B) GUERRA DOS CEM ANOS (1337-1453):
Guerra fortaleceu o sentimento de nacionalismo
C) DINASTIA DOS BOURBON (1589-1848)
Luís
XIV (1643-1715) “o rei sol”. Auge do absolutismo Francês
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA:
AZEVEDO,
Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris: história 7º ano. São
Paulo: Ática, 1º ed., 2012. CAPELLARI, Marcos Alexandre.
CAPELLARI,
Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista -
Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.
COTRIM,
Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed.
São Paulo: Saraiva 2005.
MOZER,
Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.
NOGUEIRA,
Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino
PILETTI,
Nelson & PILETTI, Claudico. História & Vida Integrada. São Paulo: Ed.
Ática, 2002.
Projeto
Araribá: História – 7º ano. /Obra coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010.
Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário Melani.
Uno:
Sistema de Ensino – História – 7º ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011.
Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.
VICENTINO,
Cláudio e DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. Vol. Único. 1 Ed. São
Paulo, Ed. Scipione, 2010.
sexta-feira, 14 de abril de 2017
LEVIATÃ DE THOMAS HOBBES
Prof. Douglas Barraqui
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Thomas
Hobbes (1588-1679)
|
O inglês Thomas Hobbes foi um
matemático, teórico político e filósofo inglês, e autor de uma das mais
importantes obras da teoria absolutista e do contratualismo, Leviatã (1651). Leviatã é uma figura da
mitologia fenícia, citado na bíblia no livro de Jó (cap. 40 e 41), retratado
como um grande crocodilo que protege os
peixes menores do ataque dos maiores.
Hobbes tinha 61 anos quando começou
a produzir e a escrever Leviatã e a obra é fruto de um contexto histórico
específico, a Guerra Civil inglesa de 1641 a 1648. Guerra civil esta que
colocou frente a frente a nobreza, representada pelo rei Carlos I (cavaleiros),
e a burguesia, liderada por Oliver Cromwell (cabeças redondas). A guerra, como
não seria diferente, terminou com uma verdadeira matança entre os dois lados, o
caos e a desordem se instalaram. Carlos I acabou sendo decapitado em 1649.
Na obra “Leviatã” Thomas Hobbes
busca uma justificativa racional para o poder real. Segundo Hobbes o homem
passa por dois estágios: pré-civil (Estado de Natureza) e Estado de Civilização.
No estado de Natureza não há leis para diferenciar o certo do errado. O homem é
verdadeiramente livre, porém, ao mesmo tempo vive uma guerra de todos contra
todos, justificando sua frase “homo homini lupus” (o homem é o lobo do próprio
homem). Em Estado de Natureza o homem vive em uma guerra constante, pois não há
leis. Imperando o medo da morte brutal e violenta.
Para Hobbes, guiados pela razão,
os homens deveria firmar um “contrato”, o que coloca Thomas Hobbes no campo dos
pensadores contratualistas: As pessoas abririam mão de sua liberdade; Criariam
um contrato entre si (criando leis); e entregando o poder ao Estado que, usando
as leis, controlaria a guerra de todos contra todos.
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Frontispício da edição original do Leviatã (1651) |
Assim o Estado Absoluto estava
acima dos cidadãos, não devendo obediência a ninguém com exceção a Deus. Da
mesma forma que o mostro mitológico, o grande crocodilo, Leviatã que protege os
peixes menores do ataque dos maiores, é dever do soberano defender o povo dos
opressores.
sábado, 26 de março de 2016
QUESTÕES DISCURSIVAS - REVOLUÇÃO DE AVIS E EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA
QUESTÃO
01
“O movimento revolucionário teve início em dezembro de
1383, quando foi assassinado o Conde Andeiro, líder da nobreza favorável à
Castela, o que precipitou a invasão castelhana sobre o território português e a
pronta reação dos partidários de Avis. Estes derrotaram os invasores em
Atoleiros e, em 1384, venceram-nos definitivamente em Aljubarrota. O novo rei
de Portugal, D. João I, foi coroado em 1385, iniciando o governo da Dinastia de
Avis”. (Cláudio Vicentino. As origens de Portugal)
Qual
a importância da Revolução de Avis na história de Portugal?
PONTOS
GERAIS:
·
A
revolução de Avis (1383-1385) foi um marco na História de Portugal porque
acabou com o que ainda restava de feudalismo em Portugal,
·
Consolida
o processo de centralização política, promove a chamada “aliança
rei-burguesia”, com esta última participando agora das decisões e a economia
lusitana, até então agrária, volta-se para a vida mercantil.
·
A
Revolução de Avis tem sua importância pois foi a partir desse fato que o antigo
Condado de Portuscale se tornou um Estado Nacional centralizado, sob o comando
de D. João I. Com o Estado centralizado, tem-se relativa estabilidade política
e econômica. Tempos depois, o Estado centralizado e a economia forte foram alguns
dos motivos para o pioneirismo Lusitano na expansão ultramarina. Assim, pode-se
dizer que a Revolução de Avis foi o pontapé inicial para tudo que os
Portugueses viriam a conquistar depois.
·
Portugal
surgiu como um reino independente em 1139. Seu primeiro rei foi D. Afonso
Henrique, o indicar da dinastia de Borgonha. Por muito tempo, os portugueses
viveram envolvidos na luta pela expulsão dos mouros (conjunto de população
árabes, etíopes, turcomanas e afegãs) da península Ibérica. A luta prosseguia
até 1249 com a vitória portuguesa e a conquista de Algarves (sul de Portugal).
Com o rei. D. Dinis interrompeu-se a conquista no plano militar, iniciando-se
um período de reorganização interna de Portugal. As fronteiras do país já
estavam definidas.
·
Em
1383, com D. João, mestre de Avis, teve início a nova dinastia de Avis. Isso se
deu após o desfecho de uma luta político-militar denominada Revolução de Avis,
em que a sucessão do trono português foi disputa entre o rei de Castela e D.
João. A vitória da Revolução de Avis foi também a vitória da burguesia de
portuguesa sobre a sociedade agrária e feudal que dominava o país. Depois da
Revolução de Avis, a nobreza agrária submeteu-se ao rei D.João. E este apoiado
pela burguesia, centralizou o poder e favoreceu a expansão marítimo-comercial
portuguesa. Todos esses acontecimentos fizeram de Portugal o primeiro país
europeu a constituir em Estado absolutista e mercantilista.
·
1385
D. João de Avis sai vitorioso do conflito com a casa de Castela. Trata-se,
também de uma vitória dos burgueses sobre o modelo feudal de sociedade. Essa
mesma burguesia irá apoiar D. João e a política mercantilista portuguesa.
SUGESTÃO
DE RESPOSTA:
A Revolução de
Avis tem sua importância na história de Portugal, pois foi um marco inicial na
formação de um Estado Nacional centralizado e de rompimento com o que restava
de feudalismo.
Com a centralização política têm-se
uma relativa estabilidade política e econômica, além de paz interna, pontos que
colocaram Portugal em condições de estarem a frente da expansão marítima
européia.
Em 1385 D. João de
Avis, então vitorioso do conflito com a casa de Castela tem ao seu lado a
burgueses sobre contrária ao modelo feudal de sociedade. Essa mesma burguesia
irá apoiar D. João e a política mercantilista portuguesa.
QUESTÃO
02
“A Ordem dos Cavaleiros do Templo foi fundada em
Jerusalém no ano de 1116 por cruzados franceses que juraram viver em perpétua
pobreza e defender os peregrinos que iam à Terra Santa. A Ordem se tornou uma
poderosa sociedade secreta, com ritos de iniciação, estrutura rígida, um
exército de monges guerreiros e, principalmente, muito dinheiro e terras
tomadas aos árabes. Em 1307, o rei da França Felipe, o belo – que devia
dinheiro à Ordem – aliou-se ao Papa Clemente V numa trama para destruir os
templários. Mais de 500 cavaleiros de Cristo foram queimados vivos em Paris. A
Ordem foi extinta e seus bens confiscados. O rei D. Diniz, de Portugal, acolheu
os poucos templários sobreviventes (e, dizem, seu tesouro secreto) obtendo
permissão para fundar, em 1317, a Ordem dos Cavaleiros de Cristo, que manteve a
estrutura e o símbolo dos templários, a Cruz de Copta”. (Eduardo Bueno. Brasil:
uma História)
Explique
o que era a Ordem dos Cavaleiros de Cristo, destacando sua importância para a história
de Portugal, na passagem da Idade Média para os Tempos Modernos.
PONTOS
GERAIS:
·
Para muitos autores, a
Ordem de Cristo era como uma espécie de transição entre os templários e a
maçonaria: uma sociedade secreta.
·
Representando os
interesses da burguesia portuguesa,
·
Financiou os estudos em na Escola de Sagres e as
primeiras expedições lusitanas no Atlântico.
SUGESTÃO
DE RESPOSTA:
A Ordem dos Cavaleiros de Cristo ou
simplesmente Ordem de Cristo, foi uma ordem religiosa militar, fundada em 1317,
herdeira dos privilégios da Ordem dos Templários, foi uma espécie de transição
entre os templários e a maçonaria: uma sociedade secreta.
A Ordem de Cristo foi importante
para Portugal, pois, representando os interesses da burguesia portuguesa e
financiou os estudos em na Escola de Sagres
e as primeiras expedições lusitanas no Atlântico.
QUESTÃO
03
“A nação pioneira no processo de expansão marítima
europeia dos séculos XV e XVI foi Portugal. Tendo como marco inicial a
Conquista de Ceuta, os lusitanos prosseguiram sua expansão contornado a África
e chegando às Índias. Em 1500, as primeiras esquadras portuguesas chegaram ao
Brasil”. (Leonel Itaussu. História do Brasil)
a) Cite os fatores determinantes da
expansão marítima europeia o período citado.
PONTOS
GERAIS:
·
Renascimento comercial
e urbano (comércio de especiarias do oriente).
·
Formação do Estado
moderno absolutista europeu.
·
Aliança rei e burguesia
(mercantilismo).
·
Espírito capitalista e
aventureiro dos marinheiros (busca por riqueza).
·
Desenvolvimento da ciência
moderna.
·
Avanços tecnológicos
como a bússola, astrolábio, caravela, quadrante, pólvora e a tipografia.
SUGESTÃO
DE RESPOSTA:
Foram fatores determinantes para a
expansão marítima européia do século XV e XVI o renascimento comercial e urbano
aquecido pelas rotas comerciais e as formações de grandes feiras de comércio
das especiarias do oriente. Igualmente importante a formação dos estados
modernos absolutistas na Europa a exemplo de Portugal e Espanha. O
desenvolvimento da política econômica mercantilista. O espírito capitalista e
aventureiro dos marinheiros que buscavam riquezas. O desenvolvimento da ciência
moderna e os avanços tecnológicos como a tipografia, a bússola, astrolábio,
caravela, pólvora e o quadrante.
b) Explique as razões do pioneirismo português
nessa referida expansão.
PONTOS
GERAIS:
·
Centralização política
(Revolução de Avis (1385) e a formação do Estado moderno absolutista português –
trouxe estabilidade política, econômica e pacificação interna.)
·
Posição geográfica
peninsular
·
Conhecimentos náuticos.
SUGESTÃO
DE RESPOSTA:
As razões que explicam a primazia
portuguesa no empreendimento das grandes navegações podem ser explicadas pela
centralização política, fruto da Revolução de Avis de 1385. A formação do
Estado moderno absolutista português trouxe relativa estabilidade política e
econômica, além de paz interna. A posição geográfica peninsular, a chamada península
balcânica permite a saída para o mar mediterrâneo e o oceano Atlântico. E o
domínio sobre a tecnologia náutica disponíveis na época, a exemplo da bússola,
astrolábio, quadrante, caravela e a pólvora.
quinta-feira, 24 de março de 2016
QUESTÕES DISCURSIVAS - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
QUESTÃO
01
(DARWIN-2015) Leia o fragmento e analise a gravura
seguinte:
A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros. Tudo se transformava em
lucro. As cidades tinham a sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua
fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu
desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos altos-fornos eram como as
Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que o seu poder. DEANE, P. A Revolução Industrial. Zahar, 1979 (adaptado)
Para responder as questões considere as informações
apresentadas no texto e seus conhecimentos sobre a Revolução Industrial.
a) Cite dois fatores (um político e um
econômico) que contribuíram para a Inglaterra ter sido a pioneira na
industrialização.
PONTOS
GERAIS:
·
A monarquia
parlamentar, a partir da Revolução Gloriosa (1688), estava afinado com os
interesses do Capitalismo inglês
·
A Inglaterra acumulou capital devido à exploração de suas
colônias na América e da Índia. De tão grande a quantidade de colônias
inglesas, houve momentos na História mundial em que se disse que sempre era dia
no império britânico.
SUGESTÃO
DE RESPOSTA:
A Inglaterra foi pioneira na
industrialização, pois em meados do século XVIII concentrava condições
favoráveis para o desenvolvimento da produção industrial.
Um do fator político que
contribuíram para a industrialização foi a monarquia
parlamentar que, a partir da Revolução Gloriosa (1688-1689), estava
alinhado aos interesses da burguesia inglesa. Um fator econômico foi o chamado
“acumulo primitivo de capital”, que era fruto da exploração das colônias na
América e nas Índias.
b) Caracterize as cidades industriais que
se desenvolveram na Inglaterra a partir da Revolução.
PONTOS
GERAIS:
·
Os principais elementos
do novo complexo urbano foram a fábrica, a
estrada de ferro e o cortiço.
·
A fábrica passou a ser
o núcleo do novo organismo urbano.
·
Cotidiano das pessoas subordinados
a ela.
·
Nas cidades industriais
que cresceram com base em fundações antigas, os trabalhadores foram
inicialmente acomodados pela transformação das velhas casas familiares em
alojamentos de aluguel. Nessas casas reconstruídas, cada quarto passava agora a
abrigar toda uma família.
·
Os porões eram usados
como moradias.
·
Glasgow - é a maior cidade da Escócia, Dublin - a capital e maior cidade da Irlanda. Liverpool - localizado no noroeste da
Inglaterra
·
Ausência de
encanamentos e de higiene municipal criava um mau cheiro insuportável nesses
novos bairros urbanos, e se a propagação de excrementos expostos, juntamente
com a sua infiltração nos poços locais, significava uma propagação
correspondente da febre tifóide. os ratos que conduziam a peste bubônica, os
percevejos que infestavam as camas e atormentavam o sono, os piolhos que
propagavam o tifo.
SUGESTÃO
DE RESPOSTA:
As cidades inglesas a exemplo de Londres,
Liverpool e Manchester cresceram de forma desordenada impulsionadas pela
industrialização e suas fábricas. Era a fábrica o núcleo do organismo urbano. A
elevada densidade demográfica, resultado do êxodo rural, culminava no inchaço
populacional. Em situação precária famílias inteiras moravam em porões ou
dividiam um único cômodo em um cortiço.
Faltava infra-estruturar, água
potável e canalizada era raro. A grande quantidade de lixo e o esgoto traziam
além do mau cheiro doenças como peste bubônica e a tifo. A poluição dos rios e
do ar era algo comum.
QUESTÃO
02
Todo processo de industrialização é necessariamente
doloroso, porque envolve a erosão de padrões de vida tradicionais. Contudo, na
Grã-Bretanha, ele ocorreu com uma violência excepcional, e nunca foi
acompanhado por um sentimento de participação nacional num esforço comum. Sua
única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi uma
violência contra a natureza humana. De acordo com uma certa perspectiva, esta
violência pode ser considerada como o resultado da ânsia pelo lucro, numa época
em que a cobiça dos proprietários dos meios de produção estava livre das
antigas restrições e não tinha ainda sido limitada pelos novos instrumentos de
controle social. Não foram nem a pobreza, nem as doenças os responsáveis pelas
mais negras sombras que cobriram os anos da Revolução Industrial, mas sim o
próprio trabalho. (Edward P. Thompson. A formação da classe operária inglesa,
vol. 2, 1987. Adaptado.)
Segundo
o autor do texto o trabalho na Revolução Industrial “foi uma violência contra a
natureza humana”. Tomando como referência tal consideração em destaque,
apresente elementos que nos permitam concordar com a afirmativa do autor.
PONTOS
GERAIS:
·
Trabalho degradante
durante o período da “formação da classe operária”.
·
Jornadas de trabalho
durante o período podiam ser de 14 a 16 horas, as fábricas podiam incluir até mesmo
crianças como mão-de-obra.
·
Trabalho era realizado
em locais insalubres, sem existir nenhuma regulação ou fiscalização por parte
das autoridades.
·
Fim das tradições.
·
O tempo do homem passou
a ser determinado pelo ritmo das máquinas.
SUGESTÃO
DE RESPOSTA:
O trabalho na Revolução Industrial
foi uma “violência contra a natureza humana” principalmente quanto à exploração
da mão-de-obra. As jornadas de trabalho que davam conta de 14 e mesmo 16 horas
não permitia o descanso do corpo.
As crianças eram submetidas as
mesmas condições insalubres de trabalho dos adultos: local mal arejado e mal
iluminado, em que eram constantes os acidentes e comum as doenças respiratórias
a exemplo da tuberculose. O tempo do homem passou a ser determinado pelo ritmo
das máquinas.
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