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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

AS MULHERES NA REVOLUÇÃO FRANCESA

A marcha das mulheres para Versalhes, gravura do século XVIII


“Não fiz a guerra como mulher, fiz a guerra como um bravo!”, declarou Marie-Henriette Xaintrailles em carta ao imperador Napoleão Bonaparte. Indignada por lhe recusarem pensão de ex-combatente do Exército “porque era mulher”, ela lembrou que, quando fez sete campanhas do Reno como ajudante de campo, o que importava era o cumprimento do dever, e não o sexo de quem o desempenhava.

Madame Xaintrailles não foi um caso isolado. Em 1792, quando a França declarou guerra à Áustria, voluntárias se alistaram no Exército para lutar ao lado dos homens contra as forças da coalizão austro- prussiana que ameaçavam invadir o país. Muitas se apresentaram com identidades falsas e disfarçadas de homem. Além de conseguirem se alistar, protegiam-se do risco da violência sexual. [...]

Não se conhece o número exato de mulheres-soldados durante o período revolucionário francês (1789-1799). Há oitenta casos registrados nos arquivos parlamentares, militares e policiais.

As irmãs Fernig, com 17 e 22 anos, foram exceções: eram nobres, e combateram vestidas de homem no Exército do general Dumouriez (1739- -1823), na fronteira da atual Bélgica. Fora da batalha, passeavam com roupas de mulher e carabina ao ombro. Tornaram-se heroínas nacionais.

De todo modo, as soldadas encarnavam as virtudes republicanas. Não era pouco. Por essa razão, Liberté Barreau e Rose Bouillon figuravam na Coletânea de Ações Heroicas e Cívicas dos Republicanos Franceses, publicada em 30 de dezembro de 1793. [...] Sacrificaram-se pela pátria sem esquecer as virtudes de seu sexo. Eis aí o grande mérito. Numa República marcada por apelos à moral, as mulheres-soldados contribuíram com um modelo de comportamento feminino positivo.

REFERÊNCIA:
MORIN, Tania Machado. Revolução Francesa e feminina. Revista de História da Biblioteca Nacional, 8 dez. 2010.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

AULA: FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS ABSOLUTISTAS


Prof. Douglas Barraqui 

A)     CONCEITO:

Absolutismo monárquico é uma teoria política que defende a concentração de poderes políticos (julgar, criar e executar as leis) nas mãos do monarca, o rei.

1.1 ABSOLUTISMO EM PORTUGAL:

A) CONTEXTO:

I. Guerra de reconquista (Sec. VIII – XV)
Ø  Séc. VIII – árabes mouros (muçulmanos) ocuparam a península Ibérica
Ø  Guerra de reconquista: Muçulmanos Vs cristãos

II. Borgonha a Primeira Dinastia (Séc. XI)
Ø  Henrique de Borgonha (nobre francês) lutou na guerra de reconquista e recebe de Afonso VI (Rei de Leão) o condado portucalense. (BORGONHAS SE TORNAVA VASSALO DOS REIS DE LEÃO)
Ø  Afonso Henrique (filho de Henrique de Borgonha) reconquistou a região de Algarves – rompe relação com reis de Leão. Os Borgonhas tornam-se a primeira dinastia a governar Portugal. Afonso Henriques e apelidado de "o Conquistador", foi o primeiro Rei de Portugal de 1139 até sua morte1185.

III. Revolução de Avis (1383-1385)
Ø  1383 – D. Fernando I “o Belo” (último rei da dinastia Borgonha) morre sem deixar herdeiros.
Ø  A nobreza de Castela e de Portugal desejava unir o reino de Castela ao reino Portucalense.
Ø  A burguesia era contrária, pois Portugal tinha uma economia mais mercantil e Castela ainda tinha características feudais.
Ø  1385 D. João I (irmão ilegítimo de D. Fernando I) chefe da ordem de Avis, com apoio financeiro da Burguesia, vence a batalha de Aljubarrota. Início da dinastia de Avis (formação do Reino de Portugal).

IV . D. João V e o absolutismo:
Ø  Riqueza oriunda do Brasil (mineração em Minas Gerais)

1.2 ABSOLUTISMO NA ESPANHA

A) CONTEXTO:

I. Guerra de reconquista (Sec. VIII – XV)
Ø  Séc. VIII expansão dos muçulmanos (árabes mouros) e no Séc. XV  Guerra de Reconquista deram origem a reinos que formariam a Espanha.
Reino de Castela, reinos de Navarra e Aragão e Granada (último território muçulmano)

II. Influência do catolicismo:
Ø  Atuação da Inquisição na luta contra os infieis hereges árabes mouros muçulmanos.
Ø  Influencia no casamento entre os reis católicos:
1469 - FERNANDO (reinos de Aragão e Navarra) e ISABEL (Reino Castela)
Ø  Diversidade cultural e linguística (basco, catalã, judaismo, muçulmano), o catolicismo foi capaz de promover a unidade através da religião.

III. Carlos V e Filipe II: auge do absolutismo
Ø  Metais preciosos da América espanhola, domínio em regiões da América e Ásia.

1.3 ABSOLUTISMO NA INGLATERRA

A)     CONTEXTO:

Ø  Séc. V – Aglo-saxões (povo bárbaro de origem germânica) ocuparam a ilha da Bretanha.
Ø  Séc. XI – 1066 – normandas (tribo Vikings) derrotaram os saxões e reforçaram a estrutura feudal na Ilha.
Ø  Séc. XII – Henrique II – Ascensão da dinastia Plantageneta. Criação da Common Law (justiça real) uma justiça ou lei unificada aplicada em todo reino (OBS: Henrique II é pai de Ricardo Coração de Leão que lutou na cruzada dos reis).

B)     MAGNA CARTA – 1215

Ø  1215 – João “sem terra”, o rei, teve seus poderes limitados pela Magna Carta (considerada a 1ª carta constituinte da história).
Ø  Rei não tinha mais autonomia para cria leis e impostos.
Ø  Criação do “Grande Conselho” (formado por nobres e clérigos) origem do parlamento inglês.

C)     Guerra dos Cem anos (1337-1453):

I.                    Conceito: conflito entre França e Inglaterra
II.                  Consequências:
Ø  Desenvolvimento do nacionalismo
Ø  A guerra exigiu a união entre a nobreza em torno do rei.

D)     GUERRA DAS DUAS ROSAS (1455-1485):

Ø  Absolutismo inglês começa a tomar forma.
Ø  Após a Guerra dos Cem Anos ocorre na Inglaterra uma disputa pelo trono na chamada Guerra das Duas Rosas (1455-1485)
York (rosa branca) Vs Lancaster (Rosa Vermelha)
Ø  Henrique Tudor (Lancaster) destronou Ricardo III (York)
Ø  Henrique Tudor assume o trono da Inglaterra com título de Henrique VII. Tem início o absolutismos na Inglaterra.

E) Henrique VIII (1509-1547)
Ø  Rompeu com a Igreja Católica (Ato de Supremacia 1534) fundou a Igreja Anglicana (rei era chefe supremo da nova igreja. Rei responsável por dar forma ao absolutismo inglês.

1.4 ABSOLUTISMO NA FRANÇA:

A) DINASTIA DOS CAPETÍNGIOS:

Ø  Dinastia Capetíngia – início da centralização política. Os reis dessa dinastia promoveram:
1)      Cobrança e unificação dos impostos cobrados pelos bailios ou senecais (fiscais nomeados pelo rei)
2)      Centralização da justiça
3)      Formação de um exército forte
4)      Unificação monetária
5)      Submeteu nobres (Filipe IV “o belo” anexou regiões de Navarra e Champagne, reprimiu a ordem dos templários – devido a enorme dívida que seu reino tinha com esta ordem)
6)      Influencia na Igreja (nomeação do papa francês Clemente V que se comprometeu em dissolver a ordem dos templários). Transferência do papado para Avignon, na França (episódio conhecido como Cativeiro de  Avignon). Durante 70 anos a cristandade viveu a chamada Cisma do Ocidente a existência de dois papas: um romano e outro francês.
A dinastia capetíngia seria sucedida pela dinastia dos Valois.

B) GUERRA DOS CEM ANOS (1337-1453):
Guerra fortaleceu o sentimento de nacionalismo

C) DINASTIA DOS BOURBON (1589-1848)
Luís XIV (1643-1715) “o rei sol”. Auge do absolutismo Francês

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris: história 7º ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012. CAPELLARI, Marcos Alexandre.

CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.

COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005.

MOZER, Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino
PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudico. História & Vida Integrada. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

Projeto Araribá: História – 7º ano. /Obra coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário Melani.

Uno: Sistema de Ensino – História – 7º ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.

VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. Vol. Único. 1 Ed. São Paulo, Ed. Scipione, 2010.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

LEVIATÃ DE THOMAS HOBBES

Prof. Douglas Barraqui
Thomas Hobbes (1588-1679)

O inglês Thomas Hobbes foi um matemático, teórico político e filósofo inglês, e autor de uma das mais importantes obras da teoria absolutista e do contratualismo,  Leviatã (1651). Leviatã é uma figura da mitologia fenícia, citado na bíblia no livro de Jó (cap. 40 e 41), retratado como um  grande crocodilo que protege os peixes menores do ataque dos maiores.

Hobbes tinha 61 anos quando começou a produzir e a escrever Leviatã e a obra é fruto de um contexto histórico específico, a Guerra Civil inglesa de 1641 a 1648. Guerra civil esta que colocou frente a frente a nobreza, representada pelo rei Carlos I (cavaleiros), e a burguesia, liderada por Oliver Cromwell (cabeças redondas). A guerra, como não seria diferente, terminou com uma verdadeira matança entre os dois lados, o caos e a desordem se instalaram. Carlos I acabou sendo decapitado em 1649.

Na obra “Leviatã” Thomas Hobbes busca uma justificativa racional para o poder real. Segundo Hobbes o homem passa por dois estágios: pré-civil (Estado de Natureza) e Estado de Civilização. No estado de Natureza não há leis para diferenciar o certo do errado. O homem é verdadeiramente livre, porém, ao mesmo tempo vive uma guerra de todos contra todos, justificando sua frase “homo homini lupus” (o homem é o lobo do próprio homem). Em Estado de Natureza o homem vive em uma guerra constante, pois não há leis. Imperando o medo da morte brutal e violenta.

Para Hobbes, guiados pela razão, os homens deveria firmar um “contrato”, o que coloca Thomas Hobbes no campo dos pensadores contratualistas: As pessoas abririam mão de sua liberdade; Criariam um contrato entre si (criando leis); e entregando o poder ao Estado que, usando as leis, controlaria a guerra de todos contra todos.
Frontispício da edição original do Leviatã (1651)


Assim o Estado Absoluto estava acima dos cidadãos, não devendo obediência a ninguém com exceção a Deus. Da mesma forma que o mostro mitológico, o grande crocodilo, Leviatã que protege os peixes menores do ataque dos maiores, é dever do soberano defender o povo dos opressores. 

sábado, 26 de março de 2016

QUESTÕES DISCURSIVAS - REVOLUÇÃO DE AVIS E EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

QUESTÃO 01
“O movimento revolucionário teve início em dezembro de 1383, quando foi assassinado o Conde Andeiro, líder da nobreza favorável à Castela, o que precipitou a invasão castelhana sobre o território português e a pronta reação dos partidários de Avis. Estes derrotaram os invasores em Atoleiros e, em 1384, venceram-nos definitivamente em Aljubarrota. O novo rei de Portugal, D. João I, foi coroado em 1385, iniciando o governo da Dinastia de Avis”. (Cláudio Vicentino. As origens de Portugal)

Qual a importância da Revolução de Avis na história de Portugal?


PONTOS GERAIS:
·         A revolução de Avis (1383-1385) foi um marco na História de Portugal porque acabou com o que ainda restava de feudalismo em Portugal,

·         Consolida o processo de centralização política, promove a chamada “aliança rei-burguesia”, com esta última participando agora das decisões e a economia lusitana, até então agrária, volta-se para a vida mercantil.

·         A Revolução de Avis tem sua importância pois foi a partir desse fato que o antigo Condado de Portuscale se tornou um Estado Nacional centralizado, sob o comando de D. João I. Com o Estado centralizado, tem-se relativa estabilidade política e econômica. Tempos depois, o Estado centralizado e a economia forte foram alguns dos motivos para o pioneirismo Lusitano na expansão ultramarina. Assim, pode-se dizer que a Revolução de Avis foi o pontapé inicial para tudo que os Portugueses viriam a conquistar depois.

·         Portugal surgiu como um reino independente em 1139. Seu primeiro rei foi D. Afonso Henrique, o indicar da dinastia de Borgonha. Por muito tempo, os portugueses viveram envolvidos na luta pela expulsão dos mouros (conjunto de população árabes, etíopes, turcomanas e afegãs) da península Ibérica. A luta prosseguia até 1249 com a vitória portuguesa e a conquista de Algarves (sul de Portugal). Com o rei. D. Dinis interrompeu-se a conquista no plano militar, iniciando-se um período de reorganização interna de Portugal. As fronteiras do país já estavam definidas. 

·         Em 1383, com D. João, mestre de Avis, teve início a nova dinastia de Avis. Isso se deu após o desfecho de uma luta político-militar denominada Revolução de Avis, em que a sucessão do trono português foi disputa entre o rei de Castela e D. João. A vitória da Revolução de Avis foi também a vitória da burguesia de portuguesa sobre a sociedade agrária e feudal que dominava o país. Depois da Revolução de Avis, a nobreza agrária submeteu-se ao rei D.João. E este apoiado pela burguesia, centralizou o poder e favoreceu a expansão marítimo-comercial portuguesa. Todos esses acontecimentos fizeram de Portugal o primeiro país europeu a constituir em Estado absolutista e mercantilista.

·         1385 D. João de Avis sai vitorioso do conflito com a casa de Castela. Trata-se, também de uma vitória dos burgueses sobre o modelo feudal de sociedade. Essa mesma burguesia irá apoiar D. João e a política mercantilista portuguesa.

SUGESTÃO DE RESPOSTA:
A Revolução de Avis tem sua importância na história de Portugal, pois foi um marco inicial na formação de um Estado Nacional centralizado e de rompimento com o que restava de feudalismo.

Com a centralização política têm-se uma relativa estabilidade política e econômica, além de paz interna, pontos que colocaram Portugal em condições de estarem a frente da expansão marítima européia.

Em 1385 D. João de Avis, então vitorioso do conflito com a casa de Castela tem ao seu lado a burgueses sobre contrária ao modelo feudal de sociedade. Essa mesma burguesia irá apoiar D. João e a política mercantilista portuguesa.


QUESTÃO 02
“A Ordem dos Cavaleiros do Templo foi fundada em Jerusalém no ano de 1116 por cruzados franceses que juraram viver em perpétua pobreza e defender os peregrinos que iam à Terra Santa. A Ordem se tornou uma poderosa sociedade secreta, com ritos de iniciação, estrutura rígida, um exército de monges guerreiros e, principalmente, muito dinheiro e terras tomadas aos árabes. Em 1307, o rei da França Felipe, o belo – que devia dinheiro à Ordem – aliou-se ao Papa Clemente V numa trama para destruir os templários. Mais de 500 cavaleiros de Cristo foram queimados vivos em Paris. A Ordem foi extinta e seus bens confiscados. O rei D. Diniz, de Portugal, acolheu os poucos templários sobreviventes (e, dizem, seu tesouro secreto) obtendo permissão para fundar, em 1317, a Ordem dos Cavaleiros de Cristo, que manteve a estrutura e o símbolo dos templários, a Cruz de Copta”. (Eduardo Bueno. Brasil: uma História)


Explique o que era a Ordem dos Cavaleiros de Cristo, destacando sua importância para a história de Portugal, na passagem da Idade Média para os Tempos Modernos.

PONTOS GERAIS:
·         Para muitos autores, a Ordem de Cristo era como uma espécie de transição entre os templários e a maçonaria: uma sociedade secreta.
·         Representando os interesses da burguesia portuguesa,
·         Financiou  os estudos em na Escola de Sagres e as primeiras expedições lusitanas no Atlântico.

SUGESTÃO DE RESPOSTA:
A Ordem dos Cavaleiros de Cristo ou simplesmente Ordem de Cristo, foi uma ordem religiosa militar, fundada em 1317, herdeira dos privilégios da Ordem dos Templários, foi uma espécie de transição entre os templários e a maçonaria: uma sociedade secreta.


A Ordem de Cristo foi importante para Portugal, pois, representando os interesses da burguesia portuguesa e financiou  os estudos em na Escola de Sagres e as primeiras expedições lusitanas no Atlântico.

QUESTÃO 03
“A nação pioneira no processo de expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI foi Portugal. Tendo como marco inicial a Conquista de Ceuta, os lusitanos prosseguiram sua expansão contornado a África e chegando às Índias. Em 1500, as primeiras esquadras portuguesas chegaram ao Brasil”. (Leonel Itaussu. História do Brasil)

a)    Cite os fatores determinantes da expansão marítima europeia o período citado.

PONTOS GERAIS:
·         Renascimento comercial e urbano (comércio de especiarias do oriente).
·         Formação do Estado moderno absolutista europeu.
·         Aliança rei e burguesia (mercantilismo).
·         Espírito capitalista e aventureiro dos marinheiros (busca por riqueza).
·         Desenvolvimento da ciência moderna.
·         Avanços tecnológicos como a bússola, astrolábio, caravela, quadrante, pólvora e a tipografia.

SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Foram fatores determinantes para a expansão marítima européia do século XV e XVI o renascimento comercial e urbano aquecido pelas rotas comerciais e as formações de grandes feiras de comércio das especiarias do oriente. Igualmente importante a formação dos estados modernos absolutistas na Europa a exemplo de Portugal e Espanha. O desenvolvimento da política econômica mercantilista. O espírito capitalista e aventureiro dos marinheiros que buscavam riquezas. O desenvolvimento da ciência moderna e os avanços tecnológicos como a tipografia, a bússola, astrolábio, caravela, pólvora e o quadrante.

b)   Explique as razões do pioneirismo português nessa referida expansão.

PONTOS GERAIS:
·         Centralização política (Revolução de Avis (1385) e a formação do Estado moderno absolutista português – trouxe estabilidade política, econômica e pacificação interna.)
·         Posição geográfica peninsular
·         Conhecimentos náuticos.

SUGESTÃO DE RESPOSTA:
As razões que explicam a primazia portuguesa no empreendimento das grandes navegações podem ser explicadas pela centralização política, fruto da Revolução de Avis de 1385. A formação do Estado moderno absolutista português trouxe relativa estabilidade política e econômica, além de paz interna. A posição geográfica peninsular, a chamada península balcânica permite a saída para o mar mediterrâneo e o oceano Atlântico. E o domínio sobre a tecnologia náutica disponíveis na época, a exemplo da bússola, astrolábio, quadrante, caravela e a pólvora.  

quinta-feira, 24 de março de 2016

QUESTÕES DISCURSIVAS - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

QUESTÃO 01
(DARWIN-2015) Leia o fragmento e analise a gravura seguinte: 
A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros. Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham a sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que o seu poder. DEANE, P. A Revolução Industrial. Zahar, 1979 (adaptado)

Para responder as questões considere as informações apresentadas no texto e seus conhecimentos sobre a Revolução Industrial.

a)    Cite dois fatores (um político e um econômico) que contribuíram para a Inglaterra ter sido a pioneira na industrialização.

PONTOS GERAIS:
·         A monarquia parlamentar, a partir da Revolução Gloriosa (1688), estava afinado com os interesses do Capitalismo inglês
·         A Inglaterra acumulou capital devido à exploração de suas colônias na América e da Índia. De tão grande a quantidade de colônias inglesas, houve momentos na História mundial em que se disse que sempre era dia no império britânico.

SUGESTÃO DE RESPOSTA:

A Inglaterra foi pioneira na industrialização, pois em meados do século XVIII concentrava condições favoráveis para o desenvolvimento da produção industrial.

Um do fator político que contribuíram para a industrialização foi a monarquia parlamentar que, a partir da Revolução Gloriosa (1688-1689), estava alinhado aos interesses da burguesia inglesa. Um fator econômico foi o chamado “acumulo primitivo de capital”, que era fruto da exploração das colônias na América e nas Índias.

b)   Caracterize as cidades industriais que se desenvolveram na Inglaterra a partir da Revolução.

PONTOS GERAIS:
·         Os principais elementos do novo complexo urbano foram a fábrica, a estrada de ferro e o cortiço.
·         A fábrica passou a ser o núcleo do novo organismo urbano.
·         Cotidiano das pessoas subordinados a ela.
·         Nas cidades industriais que cresceram com base em fundações antigas, os trabalhadores foram inicialmente acomodados pela transformação das velhas casas familiares em alojamentos de aluguel. Nessas casas reconstruídas, cada quarto passava agora a abrigar toda uma família.
·         Os porões eram usados como moradias.
·         Glasgow - é a maior cidade da Escócia, Dublin -  a capital e maior cidade da Irlanda. Liverpool - localizado no noroeste da Inglaterra
·         Ausência de encanamentos e de higiene municipal criava um mau cheiro insuportável nesses novos bairros urbanos, e se a propagação de excrementos expostos, juntamente com a sua infiltração nos poços locais, significava uma propagação correspondente da febre tifóide. os ratos que conduziam a peste bubônica, os percevejos que infestavam as camas e atormentavam o sono, os piolhos que propagavam o tifo.

SUGESTÃO DE RESPOSTA:
As cidades inglesas a exemplo de Londres, Liverpool e Manchester cresceram de forma desordenada impulsionadas pela industrialização e suas fábricas. Era a fábrica o núcleo do organismo urbano. A elevada densidade demográfica, resultado do êxodo rural, culminava no inchaço populacional. Em situação precária famílias inteiras moravam em porões ou dividiam um único cômodo em um cortiço.

Faltava infra-estruturar, água potável e canalizada era raro. A grande quantidade de lixo e o esgoto traziam além do mau cheiro doenças como peste bubônica e a tifo. A poluição dos rios e do ar era algo comum.

QUESTÃO 02
Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque envolve a erosão de padrões de vida tradicionais. Contudo, na Grã-Bretanha, ele ocorreu com uma violência excepcional, e nunca foi acompanhado por um sentimento de participação nacional num esforço comum. Sua única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi uma violência contra a natureza humana. De acordo com uma certa perspectiva, esta violência pode ser considerada como o resultado da ânsia pelo lucro, numa época em que a cobiça dos proprietários dos meios de produção estava livre das antigas restrições e não tinha ainda sido limitada pelos novos instrumentos de controle social. Não foram nem a pobreza, nem as doenças os responsáveis pelas mais negras sombras que cobriram os anos da Revolução Industrial, mas sim o próprio trabalho. (Edward P. Thompson. A formação da classe operária inglesa, vol. 2, 1987. Adaptado.)

Segundo o autor do texto o trabalho na Revolução Industrial “foi uma violência contra a natureza humana”. Tomando como referência tal consideração em destaque, apresente elementos que nos permitam concordar com a afirmativa do autor.

PONTOS GERAIS:
·         Trabalho degradante durante o período da “formação da classe operária”.
·         Jornadas de trabalho durante o período podiam ser de 14 a 16 horas, as fábricas podiam incluir até mesmo crianças como mão-de-obra.
·         Trabalho era realizado em locais insalubres, sem existir nenhuma regulação ou fiscalização por parte das autoridades.
·         Fim das tradições.
·         O tempo do homem passou a ser determinado pelo ritmo das máquinas.

SUGESTÃO DE RESPOSTA:
O trabalho na Revolução Industrial foi uma “violência contra a natureza humana” principalmente quanto à exploração da mão-de-obra. As jornadas de trabalho que davam conta de 14 e mesmo 16 horas não permitia o descanso do corpo.


As crianças eram submetidas as mesmas condições insalubres de trabalho dos adultos: local mal arejado e mal iluminado, em que eram constantes os acidentes e comum as doenças respiratórias a exemplo da tuberculose. O tempo do homem passou a ser determinado pelo ritmo das máquinas.