Prof. Douglas Barraqui
Thomas
Hobbes (1588-1679)
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O inglês Thomas Hobbes foi um
matemático, teórico político e filósofo inglês, e autor de uma das mais
importantes obras da teoria absolutista e do contratualismo, Leviatã (1651). Leviatã é uma figura da
mitologia fenícia, citado na bíblia no livro de Jó (cap. 40 e 41), retratado
como um grande crocodilo que protege os
peixes menores do ataque dos maiores.
Hobbes tinha 61 anos quando começou
a produzir e a escrever Leviatã e a obra é fruto de um contexto histórico
específico, a Guerra Civil inglesa de 1641 a 1648. Guerra civil esta que
colocou frente a frente a nobreza, representada pelo rei Carlos I (cavaleiros),
e a burguesia, liderada por Oliver Cromwell (cabeças redondas). A guerra, como
não seria diferente, terminou com uma verdadeira matança entre os dois lados, o
caos e a desordem se instalaram. Carlos I acabou sendo decapitado em 1649.
Na obra “Leviatã” Thomas Hobbes
busca uma justificativa racional para o poder real. Segundo Hobbes o homem
passa por dois estágios: pré-civil (Estado de Natureza) e Estado de Civilização.
No estado de Natureza não há leis para diferenciar o certo do errado. O homem é
verdadeiramente livre, porém, ao mesmo tempo vive uma guerra de todos contra
todos, justificando sua frase “homo homini lupus” (o homem é o lobo do próprio
homem). Em Estado de Natureza o homem vive em uma guerra constante, pois não há
leis. Imperando o medo da morte brutal e violenta.
Para Hobbes, guiados pela razão,
os homens deveria firmar um “contrato”, o que coloca Thomas Hobbes no campo dos
pensadores contratualistas: As pessoas abririam mão de sua liberdade; Criariam
um contrato entre si (criando leis); e entregando o poder ao Estado que, usando
as leis, controlaria a guerra de todos contra todos.
Frontispício da edição original do Leviatã (1651) |
Assim o Estado Absoluto estava
acima dos cidadãos, não devendo obediência a ninguém com exceção a Deus. Da
mesma forma que o mostro mitológico, o grande crocodilo, Leviatã que protege os
peixes menores do ataque dos maiores, é dever do soberano defender o povo dos
opressores.
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