Um
imperador Persa se encontrava profundamente melancólico (palavra usual no
passado para pessoas depressivas). Mesmo com toda riqueza material, esplendor
de seu império e todas as mulheres a sua disposição, o imperador estava
profundamente depressivo. O médico oficial do imperador diz que a única cura
para toda aquela melancolia era vestir uma camisa de um homem profundamente
feliz.
Emissários do império começaram a varrer todo o território em
busca de uma pessoa completamente feliz. Perguntaram a um grande comerciante se
ele era totalmente feliz e ele disse que não. Perguntaram a um grande senhor de
escravos se ele era feliz e ele disse que não. Perguntaram a um proprietário de
terras e gado que, também, disse que não era absolutamente feliz. Após dias de
procura não encontraram nenhuma pessoa perfeitamente feliz. Todos apresentavam
um obstáculo ou um problema que atrapalhava a perfeita felicidade.
Pelos quatro cantos do império Persa mensageiros indagavam
sobre quem seria a pessoa completamente feliz. Até que no meio dos montes
Zagros, na região dos atuais Iraque e Irã, encontram um pastor. O pastor
pastoreava algumas poucas ovelhas, fazia o mesmo trabalho desde a tenra idade,
por todos os dias de sua vida. Então, os mensageiros perguntam ao pastor se ele
era perfeitamente feliz e ele responde que era completamente, inteiramente
feliz. Os mensageiros perguntaram ao pastor se a ele não faltava nada. O pastor
respondeu que a ele nada faltava. Os mensageiros, então, pediram ao pastor que,
por favor, desse a sua camisa para salvar o imperador. Mas, o pastor se quer
tinha uma camisa.
A grande chave da
felicidade do pastor era essa: Como não tinha nada, não tendo medo de perder
nada, ele não se apegava a nada, portando, era um homem imensamente feliz. Ter
tudo, nos leva ao temor de perder. A perda e, consequentimente o temor da
perda, nos leva a uma profunda melancolia e a uma vida de inquietude, infeliz.
Não sei se você, meu caro leitor, já notou como os momentos felizes duram pouco
e, ao mesmo tempo, como os momentos de incertezas, melancolia e inquietudes
duram tanto. Portanto, cultive a felicidade. Não a felicidade em um celular de
último modelo, um carro do ano, uma casa luxuosa e mesmo em uma camisa de
marca. Cultive a felicidade que é viver a vida e fazer bem a vida dos outros
que estão a sua volta.
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