A espada de Dâmocles, pintura de Felix Auvray, século XiX. |
Os gregos nos legaram
contribuições em diversas áreas, como na literatura, no teatro, na Filosofia,
na Medicina, etc. Algumas das histórias tradicionais que conhecemos, também
derivam dessa herança. A lenda da espada de Dâmocles é uma delas. Entre suas
várias versões temos a história que reporta a um conto antigo sobre a cidade de
Siracusa, fundada por Corinto no século VIII a.C.
Em Siracusa, Dionísio, o velho,
aproveitou-se das guerras contra Cartago para impor seu poder como tirano local
no final do século V a.C. Por alguns anos Dâmocles, amigo de Dionísio, mostrava
uma incontrolável inveja diante de seu imenso poder. O tirano, então, resolveu
armar uma situação para Dâmocles e ofereceu o seu lugar de poder por uma noite,
em um grande banquete.
Dâmocles mais que depressa aceitou
a oferta de Dionísio e ficou entusiasmado com a ideia de ser ele o grande
poderoso de Siracusa, tendo todos à sua volta para servi-lo. Como prometido,
Dionísio montou o banquete e Dâmocles recebeu todas as honrarias.
De início, Dâmocles ficou
entusiasmado com o luxo e a fartura da festa e dos serviçais que estavam à sua
disposição. Porém quando ele, sentado no trono, viu que havia uma espada que pendia
do teto, presa por um fio de crina de cavalo, podendo cair facilmente sobre a
sua cabeça, levantou-se e desistiu de desfrutar do poder recebido.
A moral da história grega é a de
que existe um preço a ser pago pelo poder. Quanto mais poder alguém possui,
maiores são suas vantagens, mas também crescem suas responsabilidades e os
riscos relacionados a ela.
REFERÊNCIAS:
A espada de Dâmocles, pintura de
Felix Auvray, século XIX.
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