Prof. Douglas Barraqui
Afonso Henriques de Lima Barreto |
Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro no dia 13 de
maio de 1881. Filho de Joaquim Henriques de Lima Barreto um mulato que
trabalhava como tipografo. Sua mãe, Amália Augusta, também filha de escrava,
era professoro primária, faleceu quando Lima Barreto tinha apenas 6 anos de
idade.
Lima Barreto foi um dos críticos mais ferrenhos da época da República
Velha no Brasil. Rompeu com o nacionalismo ufanista e pós em pratos limpos a verdadeira
face da República Velha, que manteve os privilégios de famílias aristocráticas
e dos militares.
As obras de Lima Barreto carregam uma justa preocupação com os fatos
históricos e com os costumes sociais. Tornou-se um cronista havido, um caricaturista,
que se vingava com suas palavras da hostilidade dos escritores e do público de
origem burguesa. Revelou a vida cotidiana dos menos abastados, sem qualquer
idealização. Talvez uma das obras mais singulares de Lima Barreto tenha sido
"Triste Fim de Policarpo Quaresma".
Inquieto, um rebelde de seu tempo e inconformado com a mediocridade de
sua época, virou um alcoólatra. Por vezes acabou em hospitais devido a sua depressão
latente. E em 01 de novembro de 1922 acabou por morrer de um ataque cardíaco.
Morria um dos maiores mestres da literatura brasileira.
Lima Barreto é autor de um axioma que considero sintético, verídico e
atemporal:
“O Brasil não tem povo, tem público”
(Lima Barreto)
Referências:
BARRETO, Lima. Toda crônica.
Organização de Beatriz Resende e Rachel Valença. Rio de Janeiro: Agir Editora
Ltda, 2004. 2v.
BARBOSA, Francisco de Assis. A
vida de Lima Barreto. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 2002.
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