Prof. Douglas Barraqui
OTÁVIO INICIA E ORGANIZA
O IMPÉRIO
ü Consolidou sua posição de comandante
dos exércitos romanos.
ü Fortaleceu o exército romano.
ü Fundou a guarda pretoriana.
·
Formada
por soldados de elite de Roma.
·
Usavam
uniformes especiais e eram bem remunerados.
Otávio recebeu do Senado
várias atribuições:
Ø Recebeu do senado o título de “Príncipe”, ficando seu governo
conhecido como principado (27 a.C.- 14 d.C.). Príncipe - primeiro cidadão da
república e líder do senado.
Ø Direito de vetar medidas aprovadas
pelos senadores.
Ø Consolidou sua posição de comandante
dos exércitos
Ø Recebeu o título de “Augusto” (divino), que dava caráter
sagrado à sua figura.
·
Mandou
cunhar seu nome em moedas, com os dizeres de título “Filho de Deus”.
·
O
imperador era reverenciado e adorado como um dos deuses romanos.
Ø Instituiu as Pax Romana:
·
Territórios
romanos foram reorganizados,
·
Fronteiras
foram fortalecidas;
·
Povos
rebelados foram pacificados.
·
Período
de prosperidade.
·
Com
a riqueza proveniente das regiões conquistadas, Augusto patrocinou poetas, como
Virgílio, Horácio e Ovídio, e
historiadores, como Tito Lívio.
·
O
imperador também pôde distribuir trigo e garantir diversão para a plebe urbana,
apaziguando-a. Essa política foi chamada “pão
e circo” (panem et circenses, em latim) e já havia sido posta em prática
por César.
AS DINASTIAS IMPERIAIS E
SUAS CARACTERÍSTICAS
I)
DINASTIA JÚLIO-CLAUDIANA (14-68)
Otávio Augusto foi sucedido por Tibério, seu filho
adotivo. Esse foi o início da primeira dinastia de imperadores, a Júlio-Claudiana.
Sucessores
- Calígula e Cláudio (37-54) e Nero
(54-68).
Tibério (14-37)
ü Aperfeiçoou a administração.
ü Controlou a economia.
ü Impôs rigorosa justiça.
ü Consolidou as fronteiras do império.
ü Manteve boas relações com o Senado.
Calígula (37-41)
ü Criou novos impostos.
ü Confiscou bens dos ricos
ü Condenou opositores à morte.
ü Teria nomeado seu cavalo Incitatus como cônsul.
ü Teria determinado que criminosos
fossem servidos vivos como refeição para animais selvagens e foi acusado de ter
relações incestuosas com suas três irmãs.
ü Foi sucedido por seu tio, Cláudio.
Cláudio (41-54)
ü Buscou a boa administração das
províncias.
ü Construiu várias estradas.
ü Desconfiado de que sua esposa promovia
orgias com os amantes, ele teria ordenado que ela fosse executada, juntamente
com 300 suspeitos de participar das festinhas.
ü Tinha o hábito de assistir às sessões
onde criminosos eram torturados até a morte.
ü Também tomava decisões folclóricas,
como autorizar a livre flatulência durante os banquetes.
Nero (54-68)
ü Nero iniciou a perseguição aos
cristãos.
ü Em 68, perdeu o apoio do Senado e da
guarda pretoriana.
ü Cometeu suicídio.
ü Foi responsabilizado pela morte de sua
própria mãe, de sua primeira esposa e de ter mandado envenenar um meio-irmão.
ü Teria incendiado Roma e colocado a culpa
nos cristãos que acabaram empalados e transformados em tochas humanas em Roma.
Depois
da morte de Nero, o patrício Galba,
da região de Terracina, foi aclamado imperador pelo exército da Hispânia. Pela
primeira vez ocorria a indicação de um imperador não romano. Galba foi
proclamado imperador pelo Senado, mas não aceitou o título. A guarda pretoriana
reagiu e colocou no poder Otão,
governador da Lusitânia. Foi um reinado breve e instável politicamente. Assim
como Nero, Otão suicidou-se. O poder passou para as mãos de Vitélio, que enfrentou revoltas das
tropas na Germânia, na Bretanha e na África. Vitélio acabou derrotado por Vespasiano em dezembro de 69. Era o
início da segunda dinastia.
II)
DINASTIA DOS FLÁVIOS (69-96)
Vespasiano (69-79)
ü Renovou o Senado,
ü Reorganizou a administração
ü Conquistou a simpatia da plebe, pois
embelezou Roma
ü Iniciou a construção do Coliseu.
Tito (79-81)
ü Inaugurou o Coliseu, obra iniciada por
Vespasiano.
ü Durante seu governo, ocorreu a
destruição de Pompeia e Herculano
Domiciano (81-96)
ü Estimulou a agricultura.
ü Incentivou as artes e as letras.
ü Reconstruiu os edifícios destruídos
pelo grande incêndio de Roma.
ü É acusado de ter causado a morte do
próprio irmão e de ter executado um primo, além de esmagar com violência e
crueldade qualquer tentativa de rebelião.
ü Paranóico e raivoso, Domiciano via
suspeitos de conspiração por todos os lados, tratando-os como inimigos a serem
exterminados.
ü Implantou um regime de terror contra
membros importantes do Senado e exigia ser tratado como um deus.
Os
imperadores Vespasiano, Tito e Domiciano foram bons administradores, tanto que o período da dinastia dos Flávios foi considerado um
dos mais prósperos do império, o que diminuiu as tensões internas. No entanto,
durante o reinado dessa dinastia, houve três
grandes catástrofes na península Itálica. Duas delas aconteceram no ano de
79: um grande incêndio destruiu os
edifícios de Roma e a erupção do
vulcão Vesúvio destruiu as cidades de Pompeia e Herculano. Em 80, Roma foi
assolada por uma peste. Em
contrapartida, nesse ano foi inaugurado o
coliseu mais grandioso anfiteatro da cidade: o Anfiteatro de Flávio.
III)
DINASTIA DOS ANTONINOS (96-192)
Nerva (96-98)
ü Procurou agradar o Senado e a
população romana.
ü Eliminou algumas taxas e cuidou das
finanças.
Trajano (98-117)
ü Conseguiu dinheiro para a construção
de grandes obras, como o Fórum de Trajano e a Coluna de Trajano.
Adriano (117-138)
ü Manteve a paz interna.
ü Reforçou as fronteiras.
ü Construiu fortificações.
ü Resolveu problemas regionais.
ü Admirador da cultura de Aristóteles.
ü Decidiu reconstruir a cidade sagrada
dos judeus, Jerusalém, adotando o estilo grego. Esse "capricho" teria
agravado a insatisfação dos judeus, que iniciaram uma violenta revolta contra
Roma.
ü Adriano chegou a ser chamado de
"Nero bem-sucedido" pela megalomania de suas obras públicas - por
onde passava, fazia grandes monumentos.
Antonino Pio (138-161)
ü Protegeu os escravos.
ü Deixou o império em ótima situação financeira.
ü Seu reinado é considerado o apogeu do
Império Romano.
Marco Aurélio (161-180)
ü Deu à legislação romana um caráter
mais humanitário.
ü Seu reinado foi abalado por guerras,
pela peste e pela perseguição aos cristãos.
Cômodo (180-192)
ü Fez uma má administração, o que
provocou alta nos preços.
ü Tinha o hábito de lutar contra os
gladiadores em apresentações no Coliseu. Ao contrário do que acontecia nos
combates comuns, o imperador não corria grandes riscos: seus adversários sempre
o deixavam vencer e depois tinham as vidas poupadas. Cômodo se achava um gladiador
invencível.
ü Acreditava ser o semideus Hércules e
exigia que o adorassem como tal.
Os
imperadores Antoninos não estavam ligados por laços de sangue, com exceção dos
dois últimos. A sucessão se dava por meio de acordos entre o imperador em
exercício e o que assumiria o governo em seguida. Esse período caracterizou-se
pela construção de grandes obras públicas, pelo auxílio dos imperadores aos
mais pobres, pelos conflitos com as regiões orientais (contra os partas, uma
das etnias da região da Pérsia, e os dácios) e pela consolidação da
administração imperial.
IV)
DINASTIA DOS SEVEROS (193-235)
Sétimo Severo (193-211)
ü Organizou o conselho imperial
ü Promoveu a restauração e a construção
de diversos prédios públicos.
Caracala (212-217)
ü Concedeu a cidadania romana a todos os
habitantes do império, o que possibilitou a cobrança de tributo pago pelos
cidadãos romanos.
ü Em certa ocasião, quase esfaqueou o
pai pelas costas, diante de todo o seu exército.
ü Detestava a esposa, que condenou ao
exílio e mais tarde mandou matar.
ü Admirador fanático de Alexandre, o
Grande, passou a se vestir e a se comportar como o "ídolo".
Heliogábalo (218-222)
ü Aclamado imperador aos 14 anos.
ü Tentou impor-se como uma divindade,
mas soldados revoltosos assassinaram-no.
Alexandre Severo (222-235)
ü Aumentou salários.
ü Emprestou quantias aos interessados em
comprar terras.
ü Expulsou os persas da Mesopotâmia.
ü Com um comportamento pra lá de
excêntrico, castrou-se publicamente em nome de um culto religioso.
ü O povo também acreditava que
Heliogábalo era travesti, crença reforçada por seu costume de indicar para
altos cargos rapazes que se destacavam só pela beleza.
Após
o assassinato de Cômodo, iniciou-se
a dinastia dos Severos. Nessa época,
o trono permaneceu nas mãos dos soldados pretorianos, que indicavam o
imperador. A dinastia dos Severos foi marcada pelo início da decadência do
império. O Estado romano perdeu o controle da economia. No governo de Alexandre Severo (222-235), os germanos
ameaçaram as fronteiras do Reno e do Danúbio. Para encerrar esse conflito, ele
negociou com os inimigos um pagamento anual. No entanto, soldados descontentes
com essa atitude assassinaram o imperador.
SÉCULO III: UM SÉCULO DE
CRISES
Ø Grandiosismo do Império:
·
Fim
das guerras de expansão;
·
Diminuição
gradativa do número de escravos;
·
Queda
da produção;
·
Aumento
dos preços;
·
Dificuldades
de guardar as fronteiras
Ø Guerras internas (contra os partas no
Oriente e contra os germanos na Europa central).
·
Exércitos insuficientes
– o exército romano era insuficiente para impedir o avanço desses povos.
·
Aumento dos tributos – houve a necessidade de financiar as
despesas de guerra levou a um aumento dos tributos, sobretudo nas cidades das
províncias.
Ø Problemas socioeconômicos:
·
Revolta dos camponeses - O aumento dos impostos piorou a
situação dos camponeses, que se rebelaram.
·
Êxodo urbano - Para escapar dos impostos, camponeses
pobres e mesmo as elites começaram a deixar as cidades e a se fixar nos campos.
·
Concentração fundiária - A fixação de muitos moradores do
império nos campos foi marcada pela concentração de terras nas mãos das elites,
em prejuízo dos camponeses pobres.
·
Inflação - Como alternativa para conseguir mais
dinheiro, os imperadores passaram a emitir mais moedas, o que gerou um processo
inflacionário, com a consequente desvalorização da moeda.
·
Divisão social - O imperador Caracala concedeu cidadania romana a quase todos os homens livres
do império. O aumento do número de cidadãos significou a divisão da sociedade
em dois grandes grupos: os honestiores
(“mais honestos” os homens mais ricos) e os humiliores (“mais humildes” os homens mais pobres).
·
Rebeliões - Em Roma, a falta de alimentos e os
altos preços provocavam violentas rebeliões.
·
Invasão dos povos bárbaros - os povos bárbaros na visão dos
romanos eram povos que não falavam o latim e viviam além das fronteiras do
império.
A RURALIZAÇÃO DA EUROPA
Saída
da população das cidades indo em direção do campo.
ü A crise do comércio e da produção
artesanal,
ü Escassez de metais
ü Incursões do povos bárbaros
ü Empobrecimento dos centros urbanos.
ü Fome, as epidemias e a insegurança se
apoderaram do império.
As
comunicações se interromperam e muitas cidades e vilas foram saqueadas e
arruinadas.
Gradativamente
as cidades se esvaziaram, o comércio diminuiu e o dinheiro praticamente
desapareceu, enquanto no campo surgiram pequenas fortalezas, construídas para
proteger uma população que se colocava sob a proteção dos ricos proprietários
de terras.
O surgimento dos colonos
ü O esvaziamento das cidades
(ruralização).
ü A queda no número de escravos.
As
pessoas que fugiam dos grandes centros buscavam refúgio no campo. Em troca de
trabalho, terra e proteção esses colonos trabalhavam para os grandes senhores
devendo entregar parte da produção. O colono cultivava uma parcela do lote do
proprietário e entregava a ele, como pagamento pelo uso da terra, uma parte da
colheita. Como os escravos rurais, os colonos não tinham chance de fazer
fortuna. Eles podiam comprar bens, mas não tinham permissão para vendê-los, e o
que compravam não lhes pertencia juridicamente, mas ao senhor. O novo sistema
de trabalho, o colonato, espalhou-se
rapidamente por todo o império.
A sociedade rural
A
partir do século III, com a ruralização:
Ø No topo da pirâmide social
encontravam-se os senhores grandes
proprietários de terra. Construíram castelos fortificados para proteger a
si e aos camponeses sob seus cuidados. Esses grandes senhores rurais tinham
grupos de homens armados a seu serviço e cobravam impostos em seus territórios.
Ø Abaixo dos donos de terras estavam os camponeses empobrecidos, os colonos e alguns poucos escravos.
Os colonos
transformaram-se em servos
No
final do século IV, para aumentar a arrecadação, o governo imperial estabeleceu
uma nova forma de cobrar impostos. Dessa forma, os colonos foram proibidos de
abandonar as terras.
A
obrigação do colono de permanecer na terra permitia ao governo prever o volume
da produção agrícola e fixar os impostos.
O
colono passou à condição de servo, ou seja, uma pessoa presa à terra,
dependente do senhor e sujeita a uma série de obrigações.
A
ruralização do império deu mais poder aos grandes proprietários de terra e
transformou os colonos em servos.
NASCIMENTO DO
CRISTIANISMO
Durante
o governo de Tibério, no século I,
uma nova religião nasceu na palestina, então província romana: o cristianismo. ela foi fundada pelos
apóstolos de Jesus Cristo, que
nasceu em nazaré, cidade da região da Judeia.
Como
o judaísmo, o cristianismo prega a existência de um único deus e é uma religião
preocupada com a ética e o fim dos tempos. Cristo defendia o amor ao próximo, a
igualdade, o perdão e a caridade.
Para
o cristianismo, jesus é o cristo (messias), filho de Deus.
Considerado
um homem perigoso por profetizar um novo reino - o reino de Deus -, Jesus foi
crucificado.
A
nova religião ganhou adeptos entre os mais pobres e escravos.
A DIVISÃO DO IMPÉRIO
ROMANO
A
cada dia ficava mais difícil manter a unidade do império.
Diocleciano (284-305)
Ø Com o objetivo de facilitar a
administração e combater as invasões germânicas, dividiu o império em quatro regiões.
Ø Realizou uma reforma política
dividindo o poder imperial entre dois governantes chamados “Augustos” (um
responsável pelo Ocidente e outro pelo Oriente), auxiliados por dois “Césares” -
a tetrarquia. As reformas surtiram
efeito, mas, com a abdicação de Diocleciano, a anarquia militar retornou ao
império.
Constantino (306-337)
Ø O cristianismo tornava-se uma religião
muito popular entre membros das elites, soldados, escravos e população pobre em
geral.
Ø Édito
de Milão (313) - concedeu
liberdade de culto aos cristãos.
Ø Lei
do Colonato (332) - Para
reorganizar a produção agrícola, que sofria de falta de mão-de-obra escrava Constantino
decretou a Lei do Colonato.
Teodósio (379-395)
Ø Em um último esforço para salvar o
império e proteger melhor as fronteiras em 395 dividiu Roma em:
ü Império
Romano do Oriente -
com capital em Bizâncio (atual Constantinopla).
ü Império
Romano do Ocidente -
com capital em Ravena, mais tarde transferida para Milão.
Ø Edito
de Tessalônica (380)
- Teodósio fez do cristianismo a religião oficial do império.
A queda do Império
Romano do Ocidente
Em
476, Odoacro, líder dos hérulos,
povo bárbaro, depuseram Rômulo Augústulo,
o último imperador romano do Ocidente.
REFERÊNCIAS:
AZEVEDO, Gislane Campos;
SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris:
história 6° ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.
CAPELLARI, Marcos
Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista -
Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.
COTRIM, Gilberto. História
Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo:
Saraiva 2005.
MOZER, Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.
PILETTI, Nelson & PILETTI,
Claudico. História & Vida Integrada.
São Paulo: Ed. Ática, 2002.
Projeto Araribá: História – 6° ano. /Obra
coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel
Apolinário Melani.
Uno: Sistema de Ensino –
História – 6° ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável:
Angélica Pizzutto Pozzani.
VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino Fundamental.
São Paulo: Ed. Scipione, 2002.
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