Prof. Douglas Barraqui
Você já notou como
desgraças, tragédias, e as diversas formas de violência vendem tão bem; são tão
facilmente propagadas e disseminadas pela mídia e pelas redes sociais? Todos se
dizem probos, pacifistas e moralistas na hora de se condenar, por exemplo, a
violência incutida no porte de armas, porém se tiver a oportunidade de amarrar
o ladrãozinho favelado no poste e descer a ripa, assim o fará.
Nós temos várias formas de ver
as desgraças do nosso mundo. Somos perfeitamente capazes de enxergar com
nitidez e Interpretar com clareza as várias formas de violência e de ódio,
latente ou que explodem em movimentos. Mas, é muito curioso como temos uma
incapacidade quase inata de perceber a violência e o ódio em nós mesmos. Porém,
ao mesmo tempo, notamos e sabemos muito bem como condenar no outro.
É uma tragédia em si só, mas
o ódio, como bem perceberam e usaram os nazistas, é o instrumento catalisador
para unir um grupo. Nós seres humanos temos um interesse pela violência que
chega a ser algo mórbido. Somos capazes de curtir e compartilhar nas redes
sociais aquele vídeo em que duas jovens na porta da escola se esbofeteiam até o
sangue marejar. Mas, raramente, curtimos e compartilhamos aquele vídeo em que
um jovem cede seu lugar no ônibus para uma senhora já cansada. Na verdade ninguém se quer se interessa em filmar esse tipo de coisas, leia-se aqui coisas boas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário