Prof. Douglas
Barraqui
Vlad III / Vlad Țepeș, Príncipe da Valáquia |
Hoje um aluno me perguntou: “professor e o Drácula existiu?” Eu dei
um sorriso e disse: “menino pare de ver
filmes de terror!”. Eu ia falar alguma coisa sobre meu parco conhecimento,
mas, pensei mais um pouco e disse: “visite
meu blog hoje ainda”. Segue abaixo, portanto, um pouco da história de Vlad
III Dracul, que era conde, mas fazia papel de príncipe. Uma história eternizada
na obra de Bram Stoker. A história por trás do mito.
Nossa história se passa no
século XV, onde hoje é o minúsculo vilarejo de Arefu, no condado de Curtea de
Arges, a cerca de 180 km de Bucareste, hoje a capital da Romênia. Foi lá que
Conde Vlad defendeu seu condado contra ataques do Império Otomano.
Conde Vlad nasceu na Transilvânia
em 8 de novembro de 1431. O pai de Vlad III, foi Vlad II, membro de uma
sociedade cristã romana conhecida por Ordem do Dragão, criada por nobres da
região para defender o território da invasão dos turcos otomanos. Vlad II era
chamado de Dracul, em latim draco (dragão), e, por consequência, seu filho
passou a ser chamado Draculea, “filho do dragão”.
Já aos 17 anos, Vlad III deu
início à série de guerras e lutas que marcariam sua história. Determinado a
recuperar o trono do pai, em 1448 Vlad III retornou à Romênia e reconquistou o
principado da Valáquia. Em 1456, aos 25 anos, ganhar definitivamente o trono
que pertencera ao pai. Desta vez, o sucesso foi pleno após ter matado em
batalha o então governante, Vladislav II.
Várias lendas se confundem
com história sobre nosso personagem Vlad III, que era conhecido por sua perversidade
e crueldade: “Certa vez, dois súditos se
esqueceram de tirar o chapéu para reverenciar sua chegada e, por causa disso,
Vlad mandou pregar os chapéus em suas cabeças”.
Também dizem as lendas que “um dia Vlad viu um aldeão com a camisa toda
suja e lhe perguntou se sua esposa era saudável. O aldeão respondeu que sim e
sua mulher teve ambas as mãos decepadas; e Vlad arrumou outra esposa para o
aldeão e lhe mostrou o que acontecera com a antiga, para que servisse de
exemplo”. Conta-se ainda que “Vlad
tinha prazer em comer em frente a suas vítimas com os corpos empalados, ouvindo
seus gritos de agonia”.
A fama era tanta que o conde
ganhou um sobrenome-apelido de "Tepes",
"empalador" em romeno. Muitos desses feitos levam a crer que Vlad III
é a principal inspiração para o personagem Drácula, livro do escritor irlandês Bram
Stoker, publicado originalmente em 1897.
Bram Stoker sem nunca ter
pisado na Romênia, conseguiu tornar famoso o Castelo de Bran, localizado
próximo de Bran, a fortaleza situa-se na fronteira entre a Transilvânia e a
Valáquia, a terra de Vlad.
Mas quem de fato foi Vlad
III?Guerreiro e defensor do país ou um cruel e implacável torturador? Para os
romenos, Vlad III representa coragem, bravura e amor pelo país.
Definitivamente, ele é um símbolo, tratado como um herói nacional, que livrou,
enquanto pode, a Romênia das espadas do Império Otomano.
Há divergência sobre sua
morte alguns historiadores defendem que ele teria morrido em batalha contra os
turcos perto da pequena cidade de Bucareste em 14 de dezembro de 1476. Outros dizem
que ele teria sido assassinado em uma emboscada por burgueses valaquianos.
Apesar de ter resistido
bravamente durante anos o Conde Vlad acabou derrotado pelos otomanos. Não sem
antes ter matado, de forma cruel, dezenas de milhares deles, e construído uma
reputação tão eterna quanto às pós-vida de um vampiro.
REFERÊNCIAS:
Drácula de Bram Stoker. Disponível
em:http://super.abril.com.br/. Acessor em 29 de outubro de 2015.
MILLER, Elizabeth. Dracula: Sense & Nonsense. 2nd ed. Desert Island Books, 2006.
WOLF, Leonard. The
Essential Dracula. ibooks, inc., 2004.
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