Prof. Douglas Barraqui
a)
Localização: sudoeste do Peloponeso, na região da Lacônia, cercada por montanhas e sem saída
para o mar.
b)
Formação: Por volta do século XII a.C., foi
conquistada pelos dórios, povo
guerreiro que deu à cidade suas principais características.
c)
Aspectos Sociais:
I.
Cidadãos, espartanos ou espartíatas - eram descendentes dos antigos
dórios e formavam a classe dos iguais: a aristocracia.
Só eles podiam participar da vida política da cidade, em uma assembleia chamada
ápela.
II.
Periecos - descendiam dos povos que se submeteram aos
dórios. Eram homens livres que se dedicavam ao comércio e ao artesanato ou possuíam
pequenas propriedades agrícolas, mas eram obrigados a cultivar um lote especial
de sua propriedade para os reis espartanos. Em época de guerra, os periecos
também participavam do exército.
III.
Hilotas - população servil, descendente de
povos que resistiram ao domínio dos dórios, sendo privados de seus bens e da
liberdade. Formavam a maior parte da população. Eram obrigados a trabalhar nas
terras do Estado e dos cidadãos espartanos e não podiam abandonar as terras.
Como consequência disso, houve muitos conflitos entre espartanos e hilotas.
d)
Aspectos Políticos:
Ø
Diarquia -
o poder era exercido por dois reis, que acumulavam funções militares e religiosas.
Ø
Ápela -
era mais uma reunião de soldados do que um lugar de debate político.
Ø
Gerúsia - era uma espécie de conselho formado
por 28 anciãos com mais de 60 anos, membros das famílias mais ricas. Sua função
era a de elaborar as leis.
Ø
Eforato - era formado por cinco membros, os
éforos, que executavam as decisões da gerúsia. Eles eram eleitos pela assembleia de todos os cidadãos
guerreiros.
Governo
Oligárquico - A maior
parte dos habitantes de Esparta não tinha nenhum tipo de participação política,
pois vinham quase sempre de cidades conquistadas pelos espartanos, o que os
levava a serem considerados inferiores. Por isso, o governo espartano era
oligárquico, ou seja, exercido por uma minoria.
e)
A educação dos espartanos e a formação
dos cidadãos
Ø Quando
nascia - A criança
era levada ao lugar onde se reuniam os mais velhos, que a examinavam. Caso
apresentasse alguma deformidade, o recém-nascido era morto. Se o considerassem
saudável, ficava sob os cuidados da mãe. As crianças dedicavam-se ao exercício
militar e habituavam-se a suportar o frio, o cansaço, a fome e uma disciplina
bastante rigorosa.
Ø As
meninas também
praticavam atividades físicas, mas com o objetivo de gerar filhos fortes e
saudáveis.
Ø Aos
7 anos - Os meninos
espartanos eram levados para um tipo de quartel ou acampamento nas montanhas
onde ficava aos cuidados do polemarco. Lá, eles aprendiam a ler, a contar e a
escrever, além de estudar literatura e música. Também praticavam exercícios
físicos para crescerem fortes e prontos para a guerra. Sua instrução incluía o
manejo de armas, corridas, saltos, lançamentos de disco e de dardos, além de
esgrima. Viviam descalços e com poucas roupas, em casernas sem conforto, para
habituarem o corpo às dificuldades e às privações.
Ø Aos
16 anos - Os meninos
também passavam por várias provas de iniciação era a críptia: à noite, eles deveriam buscar alimentos sem serem pegos. O
objetivo mais importante da prova era fortalecer o caráter do jovem, que
deveria saber como traçar estratégias para não ser capturado. Os que não fossem
considerados aptos para a guerra caíam numa condição inferior dentro do grupo
de espartanos. Depois de receber essa formação, era considerado cidadão com
direito a participar da ápela.
Criptéia (Consistia numa
matança periódica de hilotas. à noite, eles deveriam buscar alimentos
sem serem pegos. O objetivo mais importante da prova era fortalecer o caráter
do jovem, que deveria saber como traçar estratégias para não ser capturado. O
medo presente entre os espartanos de uma
grande rebelião dos hilotas, assim era importante controlar o seu
crescimento populacional eliminando de tempos em tempos uma parcela. As kríptias
também teriam uma grande importância na formação
do soldado, já que através delas, Os jovens aprendizes
poderiam viver a experiência
de matar homens, necessidade constante de qualquer sociedade
belicosa).
Ø Aos
18 anos - Voltavam
para Esparta era considerado um soldado.
Ø Aos
20 anos - O jovem
ingressava no exército.
Ø aos
30 anos - Recebia
permissão para casar, mas visitava a esposa secretamente. Recebia de presente
uma área de terra e alguns hilotas. Ficava proibido por lei de praticar outra
atividade que não fosse a militar: todo espartíata era essencialmente
guerreiro. Esparta possuía o exército mais poderoso da Grécia. Contava com 30
mil homens de infantaria (hoplitas) e 500 de cavalaria, sempre prontos para a
guerra. Voltados para o combate, os cidadãos espartanos sobreviviam basicamente
de produtos cultivados pelos hilotas.
Valores
espartanos:
ü Guerra e preparação militar - Praticamente
todas as atividades promovidas pelo Estado e pelos espartanos estavam direta ou
indiretamente ligados a guerra, o ambiente era sempre marcado por jogos,
exercícios, treinamentos e preparação para os confrontos. Morrer em uma guerra
era uma honra para um espartano. Morrer de velhice ou de doença era desonroso.
(Hoplita era, o soldado de infantaria pesada. Seu nome provém do grande
escudo levado para as batalhas: o hóplon).
ü Patriotismo
- O mais alto valor
para um espartano deveria ser Esparta, sua pátria.
ü
Xenofobia
(aversão ao estrangeiro)
- Poucos estrangeiros circulavam
pela cidade e não eram vistos com bons olhos pelos espartanos que receavam a
espionagem.
ü
Eugênia -
Os espartanos tinham uma preocupação muito grande com a qualidade da “raça”.
Para que tivessem um exército forte era necessário a união material humano de
primeira linha, dessa maneira, mantinham um acompanhamento cuidadoso a gravidez
de suas mulheres que eram levadas a fazer exercícios para uma melhor gestação,
ao nascer a criança era avaliada por uma comissão de anciãos que procuravam
observar se o recém-nascido apresentava saúde perfeita, caso contrário, seriam
executados (infanticídio).
ü
Laconismo - Ao contrário dos atenienses, que
desde muito cedo estudavam retórica e eloquência, objetivando o aprimoramento
de seu discurso, em Esparta os soldados caracterizavam-se pelo hábito de falar
pouco.
A
mulher espartana
No
mundo antigo, de um modo geral, as mulheres eram percebidas como inferiores aos
homens, permanecendo sujeitas a sua vontade do nascimento até a morte.
Em Esparta, especificamente, o gênero feminino
apresentava pequenas regalias em relação ao restante da Grécia. Por ser
responsável pela procriação - fornecimento de novos soldados, portanto -, a
mulher de um cidadão era tratada com diversos cuidados durante sua gestação,
praticando inúmeros exercícios físicos e recebendo o acompanhamento adequado.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Gislane Campos;
SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris:
história 6° ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.
CAPELLARI, Marcos
Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista -
Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.
COTRIM, Gilberto. História
Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo:
Saraiva 2005.
MOZER, Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.
PILETTI, Nelson & PILETTI,
Claudico. História & Vida Integrada.
São Paulo: Ed. Ática, 2002.
Projeto Araribá: História – 6° ano. /Obra
coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel
Apolinário Melani.
Uno: Sistema de Ensino –
História – 6° ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável:
Angélica Pizzutto Pozzani.
VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino Fundamental.
São Paulo: Ed. Scipione, 2002.
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