segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

PARA FILOSOFAR NUMA TARDE CHUVOSA

Por Leandro Karnal

Eu vou fazer uma suposição totalmente aleatória, sem nenhuma vontade de aplicá-la na prática. Vamos imaginar uma história absurda e totalmente sem base. Vamos imaginar um país, no século XVI, onde haja uma lei exótica. Sua Majestade – chamemos de Rei Henry - o chefe da nação, determina que todas as carruagens tenham um kit de primeiros socorros.

Todos os homens que possuíam carruagens se esforçam para comprar um kit de primeiros socorros, aliás, moda nesta época no século XVI. E, logo após todos terem comprado, Sua Majestade Henry anuncia que não é mais necessário!

É justo e lícito que essas pessoas reflitam pessimamente: será que esse Rei tem interesse na produção de kits de primeiros socorros? Será que esse Rei tem ações ou o irmão dele é o dono da fábrica?

Que coisa mais ridícula obrigar uma nação inteira a comprar o kit para a carruagem, e logo dispensá-la pelo motivo óbvio que eu, e todo mundo, nada sabem fazer com o kit de primeiros socorros, diante de alguém que é atropelado por um cavalo e tivesse fratura exposta. Como eu não tenho nenhum conhecimento médico, provavelmente eu pioraria - não ajudaria. O que eu posso fazer é passar a mão na cabeça da vítima e rezar junto.

Uma ideia absurda e derrubada. Sua Majestade voltou atrás.

Sua Majestade então decide que, em caso de incêndio das carruagens, seria seguro um extintor. Como ainda não há extintores, um balde com água em todas as carruagens. Todas as carruagens devem portar um balde de 10 litros para caso de incêndio. Sua Majestade obriga o país inteiro, toda a frota de carruagens, a comprar este balde. E, assim que todos compram, Sua Majestade diz que o mais correto é que o balde seja de 15 litros, um modelo mais avançado. E toda a nação compra porque é obrigatório.
Terminada a compra, alguns inclusive multados pela posse do balde errado, Sua Majestade anuncia feliz que a posse do balde agora é optativa, não precisa mais.

Eu recomendaria a este povo: guardem o balde porque a qualquer instante - governo é como herpes - sempre volta, sempre volta.

Sua Majestade, já desgastado pelo kit, e pelo balde (o extintor), tem uma ideia mais radical: vamos unificar as tomadas do país! Vamos fazer que todos se adaptem aos mesmos buracos e da mesma forma, com o fio terra inclusive. E o país inteiro torna adaptador de tomada mais raro do que pérolas barrocas.

O país anda atrás de adaptadores, que só são vendidos no mercado negro. E há prazo para as tomadas, e se gasta uma fortuna trocando tomadas.

E, ao final de um esforço nacional que perturba a todos, temos uma surpresa: nenhum aparelho produzido entra naquelas tomadas. Os adaptadores não adaptam e, na verdade, não é uma tomada obrigatória - são duas: uma para maior amperagem e outra para menor amperagem. E mais, não há unificação das tomadas, cada um enfia onde quiser.

O que vocês diriam ao Rei hipotético, Henry: ou você é louco, ou você ganha dinheiro com essa insanidade, ou você está se divertindo às nossa custas. Tudo isso é possível.

Sua Majestade, Henry, apenas perguntou uma coisa: por que é que vocês fizeram isso o tempo todo e de bom grado, reclamaram uns para os outros em redes sociais e não fizeram nada contra isso?

FONTE: http://eldjudio.com.br/static/pdf/2015-ed-62-dezembro.pdf


Leandro Karnal é gaúcho de São Leopoldo-RS, professor da Unicamp na área de História da América e o texto acima foi transcrito e adaptado do programa Café Filosófico.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

OS HUNOS NA VISÃO DE UM ROMANO

O historiador romano Amiano Marcelino, no século IV, descreveu os hunos, povo formado por tribos da Eurásia liderada pelos hunos, que despontou na Europa em fim do século IV, e que atingiu seu apogeu ao conquistar diversos territórios da Europa Ocidental em meados do século seguinte:

“(...) o povo dos hunos (...) tem membros compactos e firmes, pescoços grossos e são tão prodigiosamente disformes e feios que os poderíamos tomar por animais bípedes (...). Tendo porém o aspecto de homens, embora desagradáveis, são rudes no seu modo de vida (...), não têm necessidade nem de fogo nem de comida saborosa; comem as raízes das plantas selvagens e a carne semicrua de qualquer espécie de animal que colocam entre as suas coxas e os dorsos dos cavalos para aquecer um pouco. Ninguém entre eles lavra a terra ou toca um arado. Todos vivem sem um lugar fixo, sem lar nem lei ou uma forma de vida estabilizada (...)”. 


REFERÊNCIA: 

MARCELINO, Amiano. Em: ESPINOSA, F. Antologia de textos medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1981. p. 4-5.

MAPAS HISTÓRICOS - O IMPÉRIO ROMANO EM SUA MÁXIMA EXTENSÃO - SÉC. II


Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 27.

O TRABALHO DO HISTORIADOR: INTRODUZINDO O CONCEITO DE FONTE HISTÓRICA - ALUNOS DARWIN COLATINA

Junte uma dose de criatividade com um bocado de imaginação, adicione uma pitada de descontração e o resultado será APRENDIZADO COM ALEGRIA.

Hoje trabalhei com os alunos do 6° ano do Darwin de Colatina o conceito de fonte histórica, vestígios arqueológicos e fósseis.

Minhas ferramentas foram: alguns livros velhos, empeirados e carcomidos pelo tempo; dinheiro e moedas antigas, da época que judas perdeu as botas; uma cabeça de um pobre animal, ou o que restou dela; uma ponta de uma faca pré-histórica; fotocopias de documentos, jornais e revistas antigas; muita imaginação e descontração.



















MAPAS HISTÓRICOS - AS PRIMEIRAS CULTURAS VEGETAIS E ANIMAIS




FONTE: Uno: Sistema de Ensino – História – 6º ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O TRABALHO DO HISTORIADOR: INTRODUZINDO O CONCEITO DE FONTE HISTÓRICA - ALUNOS CE INTERAÇÃO

Alguns livros velhos da década de 20 e 30... Algumas revistas da década de 50... Uma carcaça de um pobre animal... Dinheiro e moedas bem antigas... Tudo bem velho e empoeirado.... Adicione tudo isso a um pouco de criatividade e uma pitada de imaginação dos alunos...

Assim trabalhamos com o conceito de fonte histórica!

A história é, nas palavras de Marc Block, "o estudo do homem no tempo"... Somos fruto, filhos do nosso tempo... A disciplina de história passa a ficar muito mais interessante e divertida quando nossos alunos descobrem a importância da disciplina  para seu cotidiano; a importância do passado histórico para compreensão da sua vida no presente... Colocar a mão na massa, tocar, sentir o cheiro de papel velho, faz o aluno criar asas em sua imaginação. 

Faço minhas as palavras de Lucien Febvre, na obra Combates Pela História:

“AMO a história.
E é por isso que estou feliz por vos falar, hoje,
daquilo que AMO.”

Abaixo os alunos do Centro Educacional InterAção - 6º ano A1 e 6º ano A2:


















Alunos do Centro Educacional InterAção - 6º ano A1 e 6º ano A2


domingo, 14 de fevereiro de 2016

COMO ESTUDAR HISTÓRIA: MÉTODOS E TÉCNICAS

Prof. Douglas Barraqui

1 - CRIAR UMA LINHA DO TEMPO – Saber as datas não é uma exigência do ENEM. Portanto, você não precisa se preocupar em decorar datas, mas saber organizar os fatos históricos ao longo de uma linha do tempo ajudará você a ENTENDER melhor os acontecimentos. Ao estudar história geral, história da América, história da África e história do Brasil você já deve ter notado que muitas coisas acontecem simultaneamente. Veja um exemplo:
A Revolução Francesa de 1789 a Inconfidência Mineira, também de 1789. O primeiro um  acontecimento divisor de águas da história da Europa e do mundo; o segundo um dos mais importantes movimentos sociais da História do Brasil. Há alguma coisa em comum entre esses dois acontecimentos históricos? Quando você for capaz de correlacionar acontecimentos de um mesmo período de locais diferentes, de povos e culturas diferentes, a sua VISÃO e COMPREENSÃO da história irá se expandir exponencialmente.


2 - RESUMOS EM TÓPICOS – Ao estudar história você notará que existe muitas informações importantes e outras, nem tanto. Portanto, ao extrair o que há de MAIS RELEVANTE, você condensará todas as informações em um papel, facilitando os estudos. Além disso, o resumo pode ser o suficiente para você INTERLIGAR os FATOS para COMPREENDER o CONTEÚDO. Para entender a matéria, basta que poucas palavras apareçam no resumo para que consiga desenvolver todo o conteúdo. A cada vez que você REFAZER o RESUMO com lápis, caneta e papel (nunca digitado) você notará que as informações vão se fixando e você mesmo vai sentir a necessidade de enxugar palavras tornando o resumo cada vez mais conciso e menor. Sobre um mesmo tema faça no MÍNIMO 4 RESUMOS e você vai notar como o conteúdo vai se fixar melhor. Basicamente um resumo você deve se preocupar:
a)    Relação causas/consequências;
b)    Características;
c)    Aspectos políticos, sociais, econômicos e culturais;
d)    Sucessão de fatos;

3 - ENCONTRAR LÓGICA – Tenha em mente que DECORAR é ESQUECER, ESTUDAR é APRENDER. Não fique preocupado em decorar datas ou nomes desse ou daquele presidente, rei ou ditador. Passe a se preocupar em ENCONTRAR UMA LÓGICA entre os fatos históricos. Assim você verá as datas e os nomes serão guardados em sua memória de maneira natural.  Tenha em mente que tudo que você estuda na história tem uma lógica e faz sentido. Se você conseguir captar esta lógica, você vai notar como história é fácil de aprender. Para encontrar a lógica de um determinado fato ou acontecimento histórico, você deve ficar atento:
a)    ao PROCESSO HISTÓRICO: Exemplo: o que levou a queda ou a subida ao trono de um determinado rei. O que vem antes e o que aconteceu depois.
b) aos CONCEITOS: Nunca deixe de compreender conceitos como democracia, ditadura, liberalismo econômico, mercantilismo, sociedade, etc.
c)   a SITUAÇÃO: onde e quando ocorreu o fato? Ele é de caráter econômico ou político?
d)    os PERSONAGENS: quem fez? quem se opôs?
e)    as CAUSAS: por que aconteceu tal fato?
f)     as CONSEQUÊNCIAS: o que houve depois, direta ou indiretamente relacionado ao fato?
g) a CRÍTICA: o que as pessoas da época pensavam sobre determinado acontecimento? o que as pessoas hoje e você penso disso? Não poderia ter sido de outra forma? Procure pensar no que não aconteceu, para entender melhor o que aconteceu.

4 – INFOGRÁFICOS – Fazer infográficos é uma das melhores maneiras de MEMORIZAR O CONTEÚDO. Sempre que fizer um infográfico estabeleça as relações de CAUSAS/CONSEQUÊNCIAS, ACONTECIMENTOS, CARACTERÍSTICAS. Tome como base seu resumo para montar um infográfico. Abuse das cores, das formas, do desenho. Quanto mais chamativo e destacado estiver uma determinada informação, mais ela se fixará em sua memória. Veja nos exemplos abaixo:

LIVROS DE HISTÓRIA RECOMENDADOS PARA VOCÊ ESTUDAR HISTÓRIA PARA ENEM E VESTIBULARES:
Ø  História do Brasil (Bóris Fausto) - narra os fatos mais importantes da história brasileira, cobrindo um período de mais de quinhentos anos, desde as raízes da colonização portuguesa até nossos dias, e analisando minuciosamente as grandes linhas de força que indicam o sentido de nossa formação.
Ø  Uma Breve História do Mundo (Geoffrey Blainey) - vai entrelaçando a história de um povo a outro, de forma didática e vibrante. Distante de formalismos, instiga e envolve o leitor página por página, levando-o a conhecer e interpretar melhor os fatos que nos trouxeram aos dias de hoje.
Ø  História-Geral e Brasil (José Geral Vinci de Moraes) - Livro didático aprovado pelo MEC. Apresenta o programa completo de História Geral e do Brasil para o ensino médio. Com análise da nossa história integrada à história mundial, pretende-se possibilitar ao aluno estabelecer relações entre as especificidades da sociedade à qual pertence e a realidade mais ampla em que ela se insere.
Ø  História Geral e do Brasil (Claudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo) - Livro didático aprovado pelo MEC. Em sua mais nova edição conteúdos foram mais aprofundados a exemplo de História da África, da América, da China e da Índia. Ganhou relevância também o papel africano e indígena na construção do Brasil. As atividades foram totalmente reformuladas com o objetivo de desenvolver as habilidades e o pensamento crítico dos alunos, preparando-os para entender seu mundo e, ao mesmo tempo, enfrentar exigências da vida profissional e dos exames nacionais, como Enem e vestibulares.

REFERÊNCIAS:

O'CONNOR, Joseph. Manual de programaçao neurolinguistica:PNL: um guia prático para alcançar os resultados que você quer.Rio de Janeiro:Qualitymark, 2003.

PIAZZI, Pierluigi. Aprendendo inteligência: manual de instruções do cérebro para alunos em geral. Coleção neuropedagogia. 2. Ed. rev. Vol 1. São Paulo: Aleph, 2008.

PIAZZI, Pierluigi. Ensinando a inteligência. Coleção neuropedagogia. 1. Ed. rev. Vol 1. São Paulo: Aleph, 2008.

PIAZZI, Pierluigi. Estimulando a inteligência. Coleção neuropedagogia.  Vol 1. São Paulo: Aleph, 2008.
SARQUIZ, Moisés Manir. Boas notas na Escola: aluno nota dez. A-DEZ Editora e Distribuidora Ltda.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

"O REGRESSO": A VERDADEIRA FACE DO HOMEM RETRATADA NO FILME

Prof. Douglas Barraqui


Ontem assisti ao falado filme “O Regresso”. O filme é baseado na “lendária” história real de Hugh Glass que em 1820, guiando caçadores de pele, teria sido atacado por uma ursa marrão e sobreviveu. As pessoas que Glass guiava vão embora, deixando dois homens para cuidar dele até a morte e dá-lo um enterro digno. Os dois homens vão embora, acreditando que Glass morreria de qualquer forma, mas ele milagrosamente sobrevive. Não se preocupe, não é spoiler, esse mesmo enredo já inspirou outro filme, “Fúria Selvagem” de 1971.



O filme do diretor Alejandro González Iñárritu fez mérito a indicação ao Oscar. Leonardo DiCaprio está quase impecável no papel de Hugh Glass, eu daria o Oscar a ele. Mas, por de trás das belas senas de natureza selvagem, da fúria e da vingança do personagem principal, há um plano de fundo:

1)    Para sobreviver Leonardo DiCaprio, interpretando Hugh Glass, teve que se tornar tão selvagem quanto a própria natureza. Em uma linha tênue que o separava da selvageria e da civilização Glass se torna o que de fato ele é, o homem. O homem tão implacável quanto a natureza que o cerca. O homem que domina o fogo, que tem maestria com a faca, que domina o machado, que mata com suas mãos, que faminto devora peixes e fígados de bisão cru;

2)    A natureza foi retratada pelo cineasta Alejandro González Iñárritu como ela é: bela e ao mesmo tempo implacável.

3)    Rousseau com o seu mito do “Bom Selvagem” estaria decepcionado. No filme os índios não são retratados como bons e belos. São retratados como pertencentes a uma terra selvagem e bela, sendo, portanto parte dela.

4)    O branco colonizador, o indígena, lobos, bisões e ursos, bem ao estilo Thomas Hobbes, em “O Leviatã”, “o homem é o lobo do próprio homem”.  Todos querem comer e cuidar da prole. O diretor  Alejandro González Iñárritu  conseguiu retratar um mundo quase que amoral, reduzido aos instintos mais primitivos.


O título do filme “O Regresso”, The Revenant em língua inglesa, seria o retorno de Hugh Glass do mundo dos mortos. Seria o regresso de Hugh Glass da natureza inóspita. Seria o retorno de Hugh Glass ao estágio de natureza, um homem tão feroz e implacável quanto a própria natureza.


O filme, portanto, é uma tradução de quem é o ser humano enquanto pertencente a natureza bela e feroz desse planeta. Mostra quem é o homem sem a sua invenção cultural chamada de civilização e sem o plano de fundo da moral. Mostra quem é o homem quando o frio, as águas, o urso, os índios, os seus iguais, querem matá-lo. O filme retrata o homem como ele é, pertencente a uma natureza selvagem e bela. Portanto, assim é retratado o homem selvagem e ao mesmo tempo belo.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

A MAÇONARIA

(...) A maçonaria tem origem em corporações de ofício medievais, compostas por trabalhadores especializados na arte da construção. Devido à natureza itinerante de sua atividade, eles não se prendiam a nenhum feudo, tendo o privilégio da livre circulação. Com isso, surge a expressão “pedreiros- -livres”, ou “francos-maçons”. Só a partir do século XVI a maçonaria passa a admitir membros de outras classes de trabalhadores.

Os setores mais conservadores da Igreja eram contrários às ideias liberais difundidas pela maçonaria. Insistindo na defesa de valores tradicionais absolutistas, o conservadorismo católico rejeitava a liberdade de pensamento e de culto, a igualdade de direitos, o individualismo e o racionalismo.

A ordem maçônica se desenvolveu em harmonia com os novos espaços e valores modernos, nos quais os indivíduos tinham liberdade para expor suas ideias e debatê-las dentro das novas regras constitucionais. O caráter fechado dessas sociedades, que cultivavam em estrito sigilo as práticas e os rituais realizados dentro dos templos, fez da maçonaria um dos primeiros espaços privados sobre os quais a jurisdição da Igreja católica não podia atuar, o que certamente representava uma afronta ao poder do papa. A Igreja católica via na ordem maçônica uma ameaça à salvação das almas daqueles que conviviam com a promiscuidade das seitas pagãs e um perigo para os Estados monarquistas absolutistas. (...)

A partir da segunda metade do século XIX, os planos conservadores também ganharam força no clero brasileiro, quando se inicia um processo de reorganização interna da Igreja no Brasil conhecido por “romanização”. Este procedimento buscava excluir da Igreja os elementos influenciados pelas ideias modernas e defendia a supremacia do poder do papa. Além disso, os planos conservadores visavam proteger a estrutura familiar patriarcal, a cidadania associada ao catolicismo, e combater tentativas de implantação de uma educação laica.


Fonte: 

SOUZA, Françoise Jean de Oliveira. Segredos e mentiras. Revista de História da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, ano I, n. 15, dez. 2006. Disponível em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: ago. 2013.