segunda-feira, 4 de abril de 2016

GUERRA DO CONTESTADO (1912-1916)

Prof. Douglas Barraqui

a)    LOCAL: Região de disputa territorial entre Paraná e Santa Catarina. Uma região rica devido à existência de floresta e à extensa plantação de erva-mate.


b)   CAUSAS:
I.              Questão fundiária:
ü  A empresa que ganhou concessão do governo para construir a estrada de ferro ligando Rio Grande do Sul a São Paulo também ganhou o direito de explorar quinze quilômetros de cada margem da ferrovia.
ü  Várias famílias foram desalojadas pela força dos coronéis que apoiavam a construção da ferrovia.
II.            Desemprego e Miséria:
ü  Com o término da construção da ferrovia vários operários, que foram trazidos de várias regiões do país, acabaram desempregados e abandonados em meio a condição de miséria.
III.           Messianismo:
ü  Regiões mais pobres tornaram-se terreno fértil para lideranças religiosas.
ü  Líder: Miguel Lucena Boaventura, ex-soldado do exército, que se fazia chamar de “monge” José Maria.
ü  No povoado de Taquaruçu, José Maria organizou um grupo chamado Os Doze Pares de França; mais tarde criou a Monarquia Celeste. Seu propósito era resistir aos que pretendiam expulsar a população cabocla, que seguiu o líder.
ü  José Maria pregava:
·         Criação de um novo mundo regido pelas leis de Deus. Onde todos teriam terras para trabalhar.
·         Prometeu a ressurreição para aqueles que morressem na luta pela causa.
Caboclos, as maiores vítimas das batalhas, durante missa: a herança perdura.


c)    OPOSIÇÃO:
ü  Governo Republicano e os coronéis da região começaram a ficar preocupados com a capacidade do beato José Maria de atrair camponeses.
ü  Acusaram José Maria e seus seguidores de serem contrários a República.  

d)   CONFRONTO:
ü  Os primeiros choques armados ocorreram em 1912. De um lado, a milícia da Monarquia Celeste, cujos integrantes raspavam o cabelo e ficaram conhecidos como “pelados”; do outro, os “peludos”, que eram jagunços contratados pelas empresas, policiais e soldados do exército.
Bandeira da "Monarquia Celestial"

ü  Apesar de inferiorizada em armas e equipamentos, a irmandade cabocla resistiu até 1916, quando o general Setembrino de Carvalho, à frente de 7 mil soldados e com apoio da artilharia e da aviação, forçou os sobreviventes a se render.
ü  O conflito matou cerca de 6 mil pessoas.

REFERÊNCIAS:

AURAS, Marli. Guerra do Contestado: A organização da irmandade cabocla. Florianópolis: Editora da UFSC, 2001.

BORELLI, Romario José. "O CONTESTADO". Teatro. 1972. Orion Editora, PR, 2006. Literatura.


VASCONCELLOS, Aulo Sanford. O Dragão Vermelho do Contestado. Florianópolis: Insular, 2000.

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