Prof. Douglas Barraqui
a) LOCAL: Região
de disputa territorial entre Paraná e Santa Catarina. Uma região rica devido à existência
de floresta e à extensa plantação de erva-mate.
b) CAUSAS:
I.
Questão
fundiária:
ü A
empresa que ganhou concessão do governo para construir a estrada de ferro
ligando Rio Grande do Sul a São Paulo também ganhou o direito de explorar
quinze quilômetros de cada margem da ferrovia.
ü Várias
famílias foram desalojadas pela força dos coronéis que apoiavam a construção da
ferrovia.
II.
Desemprego
e Miséria:
ü Com
o término da construção da ferrovia vários operários, que foram trazidos de
várias regiões do país, acabaram desempregados e abandonados em meio a condição
de miséria.
III.
Messianismo:
ü Regiões
mais pobres tornaram-se terreno fértil para lideranças religiosas.
ü Líder: Miguel
Lucena Boaventura, ex-soldado do exército, que se fazia chamar de “monge” José Maria.
ü No
povoado de Taquaruçu, José Maria organizou um grupo chamado Os Doze Pares de França; mais tarde
criou a Monarquia Celeste. Seu
propósito era resistir aos que pretendiam expulsar a população cabocla, que
seguiu o líder.
ü José
Maria pregava:
·
Criação de um novo mundo regido pelas leis de
Deus. Onde todos teriam terras para trabalhar.
·
Prometeu a ressurreição para aqueles que
morressem na luta pela causa.
Caboclos, as maiores vítimas das batalhas, durante missa: a herança perdura. |
c) OPOSIÇÃO:
ü Governo
Republicano e os coronéis da região começaram a ficar preocupados com a
capacidade do beato José Maria de atrair camponeses.
ü Acusaram
José Maria e seus seguidores de serem contrários a República.
d) CONFRONTO:
ü Os
primeiros choques armados ocorreram em 1912. De um lado, a milícia da Monarquia Celeste, cujos integrantes raspavam o cabelo e
ficaram conhecidos como “pelados”;
do outro, os “peludos”, que eram
jagunços contratados pelas empresas, policiais e soldados do exército.
Bandeira da "Monarquia Celestial" |
ü Apesar
de inferiorizada em armas e equipamentos, a irmandade cabocla resistiu até 1916,
quando o general Setembrino de Carvalho,
à frente de 7 mil soldados e com apoio da artilharia e da aviação, forçou os
sobreviventes a se render.
ü O conflito
matou cerca de 6 mil pessoas.
REFERÊNCIAS:
AURAS, Marli. Guerra
do Contestado: A organização da irmandade cabocla. Florianópolis: Editora
da UFSC, 2001.
BORELLI, Romario José. "O CONTESTADO". Teatro. 1972. Orion Editora, PR, 2006.
Literatura.
VASCONCELLOS, Aulo Sanford. O Dragão Vermelho do Contestado. Florianópolis: Insular, 2000.
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