Prof. Douglas Barraqui
Hoje pude presenciar uma
cena que me trouxe várias
reflexões: alunos de duas escolas da Grande Vitória de ensino fundamental I,
uma particular de grande porte e outra pública, coincidentemente, se
encontraram no mesmo restaurante.
Os alunos da escola
particular correram para fazer o prato. Em um balcão farto entre arroz e
macarrão; entre frango, bife de boi e bisteca suína; e entre uma fartura de vários
tipos de legumes e folhas, eles puderam escolher. Puderam escolher inclusive o
que beberiam: suco natural, feito na hora, refrigerante, água com gás ou
natural com limão e gelo. Os alunos da escola pública esperaram sentados o “prato
feito”: um pouco de arroz, feijão, macarrão e uma carne. Os pequenos da escola
pública nada beberam.
Notei ainda que, embora
todos uniformizados, predominava os tênis de marca entre os alunos da escola
particular e as sandálias de dedo entre os alunos da escola pública. Nas mãos
dos alunos da rede privada celulares e iPads de última geração. Nas mãos dos
alunos da escola pública nada além de um folheto amassado.
Ali sentados, em mesas
diferentes, brincavam, riam, conversavam entre si e trocavam olhares. E eu,
como professor, me peguei a refletir:
O QUE PENSARAM ESSAS
CRIANÇAS QUANDO SE ENCONTRARAM?
COMO SE SENTIRAM?
DE CLASSES SOCIAIS TÃO
DISTINTAS, QUE FUTURO ESPERA ESSAS CRIANÇAS?
Um comentário:
Um triste relato do cotidiano de muitos brasileiros a discrepante realidade que nos assola...
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