segunda-feira, 29 de junho de 2015

O GOVERNO DUTRA (1946-1951)

Prof. Douglas Barraqui

ASPECTOS GERAIS:
Eurico Gaspar Dutra 
16º presidente do Brasil

ü  Entreguista: caráter liberal e alinhado aos Estados Unidos
ü  O início do governo Eurico Gaspar Dutra coincidiu com os primeiros momentos da Guerra Fria.
ü  Ministro da Guerra no Estado Novo
ü  Apoio de Vargas - Dutra candidatou-se pelo Partido Social Democrático (PSD), em coligação com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) - Venceu as eleições com pouco mais de 55% dos votos válidos.
ü  Superou Eduardo Gomes da União Democrática Nacional (UDN) e Iedo Fiúza do Partido Comunista do Brasil (PCB).
ü  Enfrentou a oposição do Partido Comunista.

CONSTITUIÇÃO DE 1946

·         Sistema político:
ü  Garantia a autonomia dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

·         Eleições:
ü  Diretas e obrigatórias para os cargos executivos e legislativos municipais, estaduais e federais.

·         Voto:
ü  Mulheres com idade superior a 18 anos também se tornaram eleitoras, mas só eram obrigadas a votar aquelas que exerciam funções públicas remuneradas.
ü  Ficavam excluídos do direito de voto os analfabetos e os praças (militares não graduados).

·         Sistema social:
ü  Garantiu a igualdade de todos os cidadãos perante a lei;
ü  Liberdade de crença e de realização de cultos e outras atividades religiosas;

PRINCIPAIS MEDIDAS DE DUTRA:

Ø  Colocou o PCB na ilegalidade.

Ø  Rompeu relações diplomáticas com a União Soviética.

Ø  Alinhamento com os Estados Unidos. (Visitou os EUA, em 1950, sendo o primeiro presidente brasileiro a fazer esta visita).

Ø  Proibiu greves e intervindo em sindicatos.

Ø  Construção da rodovia ligando São Paulo ao Rio de Janeiro (atual rodovia Presidente Dutra). Construção da rodovia ligando a Bahia ao Rio de Janeiro.

Ø  Instalou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF).

Ø  Em abril de 1946, seu governo proibiu os jogos de azar em território nacional.

Ø  Foi elaborado o Estatuto do Petróleo, a partir do qual tiveram início a construção das primeiras refinarias e a aquisição dos primeiros navios petroleiros.

Ø  Foram extintos os territórios federais de Ponta Porã e Iguaçu.

Ø  Em 18 de setembro de 1950 foi inaugurada a TV Tupi (a primeira emissora de televisão do Brasil).

Ø  Entre 24 de junho e 16 de julho daquele ano, o Brasil sediou a Copa do Mundo (Uruguai derrotou o Brasil por 2 a 1).

PLANO SALTE (1950)
ü  Saúde, Alimentação, Transportes e Energia.
ü  Propósito de promover uma ampla modernização e industrializar o país.
ü  Os recursos para a execução do Plano SALTE seriam provenientes da Receita Federal e de empréstimos externos.
Com falta de recursos para investimentos, poucas ações do plano viraram realidade;

AS ELEIÇÕES DE 1950
ü  Vargas - apoiado pelo PTB, sobressaiu com um discurso renovado, forjando uma imagem de democrata, bem diferente do modelo autoritário do período estadonovista. Despertando cada vez mais a simpatia das camadas baixas e médias urbanas. Pelas ruas das principais cidades brasileiras, o samba Retrato do velho, cantado por Francisco Alves, o Rei da Voz, tornou-se o maior sucesso do carnaval de 1951:

“Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar
O sorriso do velhinho
Faz a gente se animar, oi
Eu já botei o meu
E tu não vais botar?
Já enfeitei o meu
E tu vais enfeitar?
O sorriso do velhinho
Faz a gente trabalhar”
(Mário Pinto e Haroldo Lobo)

ü  União Democrática Nacional (UDN) - fazia oposição a Getúlio Vargas.


Por intermédio do voto direto, com 48,7% dos votos válidos, elegeu-se Getúlio Vargas. 

REFERÊNCIAS:
AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris: história 9° ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.
CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.
COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005.
MOZER, Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.
PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudico. História & Vida Integrada. São Paulo: Ed. Ática, 2002.
Projeto Araribá: História – 9° ano. /Obra coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário Melani.
Uno: Sistema de Ensino – História – 9° ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.
VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino Fundamental. São Paulo: Ed. Scipione, 2002.

domingo, 28 de junho de 2015

OS PERSAS

Prof. Douglas Barraqui

a)    Localização geográfica:

ü  Planalto do Irã, a leste da Mesopotâmia - região de clima seco cercada por desertos de um lado e por montanhas de outro, onde era possível praticar a agricultura e o pastoreio.
ü  Norte - estabeleceu-se os medos (reino da Média).
ü  Sul - estabeleceu-se os persas (reino da Pérsia).

b)   Origem:

ü  Povos indo-europeus (Os termos indo-europeu, ariano e ário referem-se aos povos que habitavam o sul da Europa, entre os rios Danúbio e Volga, e que migraram para regiões da Europa ocidental, para o Oriente Próximo e para a Índia. São indo-europeus os persas, os medos, os indianos, os gregos, os romanos e os germânicos).
ü  O rei dos medos, Ciaxares (625 a.C.-585 a.C.), dominou os persas e unificou os reinos. Contudo, seus sucessores não conseguiram dar continuidade à unidade política. Em 559 a.C., Ciro II, o rei dos persas, tomou o poder e unificou novamente os dois reinos.

c)    Aspectos políticos:

Ciro II: expansão e o Império Persa
O crescimento populacional criou a necessidade de ampliar as fronteiras do reino, em busca de terras férteis para a produção de alimentos:
·         Regiões conquistadas:  Lídia, colônias gregas da Ásia Menor, a Babilônia (libertando os hebreus do cativeiro), a Fenícia, a Síria e a Palestina.
·         Tolerância cultural, econômica e política: Ciro II permitia a continuidade das práticas religiosas e comerciais e concedia certa autonomia aos dirigentes locais. Em troca, exigia homens para o exército, alimentos, metais e cobrava impostos.

Dario I: organização administrativa do Império Persa
Dario I (550 a.C.-486 a.C.) - deu continuidade à expansão territorial (o império atingiu sua maior extensão).

Criou de uma eficiente estrutura administrativa, capaz de fiscalizar e controlar domínios extensos:

ü  Criou as SATRAPIAS - 20 províncias que deveriam pagar impostos proporcionais à riqueza que possuíam;

ü  As satrapias eram governadas pelos SÁTRAPAS (chefes locais).

ü  A fim de controlar a ação dos sátrapas e de fiscalizar a arrecadação de impostos, Dario I designou, para cada satrapia, chefes militares e inspetores que eram homens de sua confiança, conhecidos como “olhos e ouvidos do rei”.

ü  Unificado de impostos, pesos e medidas e criou uma moeda única. Objetivo era organizar e melhorar o controle da arrecadação em todo o império.

ü  Instituiu uma moeda única.

ü  Construiu uma rede de estradas pavimentadas, que ligavam o território à Mesopotâmia, à Palestina, à Fenícia e ao Egito, rodeadas por postos de abastecimento e com pousadas a cada 20 quilômetros (uma delas, a Estrada Real, com 2.400 quilômetros de extensão, cruzava boa parte do império).

ü  Organizou um sistema de correios, com o objetivo de facilitar a comunicação;

ü  Adotou o aramaico como língua oficial com a intenção de facilitar a comunicação entre as diversas províncias e, consequentemente, a atividade comercial.

ü  Estabeleceu três sedes administrativas para o império, localizadas nas cidades de Pasárgada, Persépolis e Susa, nesse período, os persas avançaram em direção à Ásia Menor, entraram em conflito com os gregos e perderam. Depois dessa derrota, o império entrou em crise e foi, sucessivamente, conquistado por outros povos

d)   Aspectos sociais:

ü  Uma pequena parcela da população ligada ao rei, como funcionários (sátrapas, inspetores reais, chefes militares) e sacerdotes, exercia grande influência política e beneficiava-se das riquezas geradas pela atividade comercial.
ü  Os sacerdotes desfrutavam de privilégios especiais, porque cabia a eles conduzir as cerimônias religiosas e interpretar a vontade dos deuses.
ü  A maior parte da população era constituída de camponeses, encarregados também de construir estradas e palácios.
e)    Aspectos econômicos:
ü  Antes de formarem um império: praticavam a agricultura, dedicando-se ao cultivo de centeio, trigo, cevada e hortaliças, e ao pastoreio, com a criação de cabras, bois e ovelhas.
ü  Com a expansão territorial: comércio e o artesanato, que passaram a ser as atividades mais desenvolvidas (os produtos eram transportados por caravanas que circulavam do Extremo Oriente ao mar Mediterrâneo).

f)     Aspectos culturais:

ü  Difusão da língua aramaica por todo o Oriente Próximo antigo.
ü  Nas artes em geral, os persas assimilaram as influências dos povos conquistados (na construção de palácios e monumentos, é possível perceber a influência dos assírios e babilônios. Na engenharia, merece destaque a construção de um canal, localizado entre o mar Vermelho e o mar Mediterrâneo).

A religião
ü  De início, os persas eram politeístas e cultuavam as forças da natureza (animistas).

ü  Zoroastrismo:
·         Zoroastro, ou Zaratustra (628 a.C.-551 a.C.), realizou uma reforma religiosa, com a criação do zoroastrismo, cujos fundamentos estão no livro Zend-Avesta, escrito pelo próprio Zoroastro. De acordo com a nova religião: o Universo seria regido por dois deuses:
§  Ormuz - deus do bem, representado pelo fogo,
§  Arimã - deus do mal, representado por uma serpente.
·         O conflito entre esses deuses representaria a luta entre o bem e o mal. Ao término do combate, o bem venceria, os mortos ressuscitariam e ocorreria uma espécie de julgamento final, no qual os justos seriam recompensados e os demais seriam severamente castigados. (Algumas características da religião persa são encontradas em outras religiões, como o judaísmo, o cristianismo e o islamismo).

Guerras Médicas

A história da civilização persa também esteve intimamente associada à das cidades-estado gregas. Foram contra os persas que os gregos travaram as famosas Guerras Greco-Pérsicas ou Guerras Médicas (que remetem aos povos medos, como os persas eram conhecidos pelos gregos). Desde Dario I, passando por Xerxes, até Dario III (o último rei persa), que persas e gregos enfrentavam-se. Sempre foi um desejo persa conquistar a região da Hélade (como era conhecida a Grécia Antiga). A batalha de Salamina, ocorrida em 480 a.C., foi a mais importante daquelas travadas entre gregos e persas, haja vista que a marinha ateniense, liderada por Temístocles, conseguiu o grande feito de deter o avanço do poderoso exército de Xerxes.

O último grande imperador persa, Dario III, teve também a mesma pretensão de seus antecessores. Porém, a civilização persa foi submetida ao maior império da Antiguidade antes do Império Romano: o império que foi fundado pelo herdeiro da cultura grega, Alexandre da Macedônia, também conhecido como Alexandre, O Grande, que derrotou Dario III e estendeu os domínios de seu império sobre toda a região do antigo império Persa.

REFERÊNCIAS:
AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris: história 6° ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.

CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.

COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005.

MOZER, Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudico. História & Vida Integrada. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

Projeto Araribá: História – 6° ano. /Obra coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário Melani.

Uno: Sistema de Ensino – História – 6° ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.


VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino Fundamental. São Paulo: Ed. Scipione, 2002.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

OS HEBREUS: EM BUSCA DA TERRA PROMETIDA

Prof. Douglas Barraqui


a)    Localização geográfica:
Formado por pastores nômades, esse povo inicialmente habitou a cidade de Ur, na Caldeia, ao sul da Mesopotâmia.

b)   Origem:
ü  Povo de origem semita.

1900 a. C - Abrão – É o primeiro dos Patriarcas bíblicos e fundador do monoteísmo dos hebreus.
ü  Filho de um escultor da cidade de Ur, fez um pacto com Deus – renunciando a existência de vários deuses e aceitando a existência de um único Deus, Javé, que lhe prometeu a Canaã (terra prometida);
ü  Uma das grandes diferenças dos hebreus para os outros povos da região era o monoteísmo.

“O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai, estando na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então, saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora”. (Atos 7:2-4)

c)    Aspectos políticos:

A principal fonte histórica para o estudo do povo hebreu são os cinco primeiros livros da Bíblia, chamados Torá pelo povo judeu e Pentateuco pelos cristãos. A história dos hebreus é comumente dividida em três grandes períodos:
Período dos Patriarcas - vai desde a época de Abraão até a chegada dos hebreus a Canaã (Palestina);
Período dos Juízes - época das lutas pela conquista do território palestino;
Período dos Reis - com a formação de um Estado monárquico na Palestina;

PERÍODO DOS PATRIARCAS:

1900 a.CAbraão -  era um velho pastor que vivia com sua família na cidade de Ur. Um dia, Deus mandou que ele partisse dali com todos os bens e membros de seu grupo e fosse à procura de uma terra onde houvesse melhores pastagens para seu rebanho. Partiu para a Canãa, a Terra Prometida, atual Palestina.

Palestina - uma estreita faixa de terra, localizada próximo ao vale do rio Jordão, banhada a oeste pelo mar Mediterrâneo e situada em meio às rotas comerciais mais importantes da Antiguidade, entre o Egito, a Fenícia e a Mesopotâmia.

  • Característica – solo fértil, cercado por montanhas e regiões desérticas. Para os povos que viviam na região do Oriente Médio, fontes de água e áreas para a agricultura eram muito importantes e, por essa razão, a Palestina foi alvo de disputas entre os diferentes povos vizinhos.
  • Nessas terras, os hebreus produziram cereais, uvas e vinhos, figos, azeites e azeitonas.
Organização política - dava-se em torno de grupos familiares, chefiados por anciãos que receberam o nome de Patriarcas.

Abrão foi o primeiro Patriarca.

Isaac – foi o filho mais velho de Abraão;

Jacó – era o filho de Isaac; (Jacó teve doze filhos e cada um deles se tornou patriarca de sua própria tribo. Dando origem as doze tribos de Israel). Um dos filhos de Jacó foi José.
Cativeiro no Egito

José – filho de Jacó tinha o dom de sonhar com o futuro e interpretar sonhos – um dia José contou a um de seus irmãos um de seus sonhos, em que seus irmãos se curvavam diante dele.

Enciumados e com medo dos sonhos de José, seus irmãos jogaram-no em um poço e depois o venderam a uma caravana de comerciantes que ia para o Egito.

No Egito José foi preso e escravizado. Porém, sua capacidade de interpretar sonhos despertou interesse do faraó.

José interpretou um dos sonhos ao faraó em que apareciam sete vacas gordas e em outro sonho sete vacas magras. José advertiu ao faraó que após sete anos de abundância de alimentos haveria sete anos de escassez.

O faraó libertou José que trabalhou na construção de diques, canais e represas favorecendo o aumento da produção agrícola no Egito. Assim a comida pode ser armazenada para enfrentar o tempo de escassez.

século XII a.C. - os constantes conflitos com os cananeus e um período de seca prolongado obrigaram os israelitas (irmãos de José que passavam fome) a emigrar para o Egito, na época governado por um povo estrangeiro, os hicsos. José cuidou dos irmãos.

Durante o domínio dos hicsos, os hebreus desfrutaram de prosperidade. Mas, depois que os egípcios expulsaram os invasores e reconquistaram o poder, os hebreus foram acusados de ter colaborado com o invasor estrangeiro, além de serem de povos de mesma origem, semitas. Foram transformados em escravos.

Volta à Terra Prometida

Moisés - descendente de hebreus criado pela filha do faraó, dizia ter sido orientado por Deus para livrar seu povo da escravidão no Egito e conduzi-lo de volta à Terra Prometida.
Na Bíblia, esses acontecimentos estão narrados no livro do Êxodo (em grego, “saída”). Durante 40 anos, Moisés conduziu os israelitas em direção à Terra Prometida (Palestina), atravessando o Mar Vermelho e o deserto do Sinai.

Teria sido no monte Sinai que Deus entregou a Moisés as tábuas com os Dez Mandamentos, também conhecidas como Tábuas da Lei, conjunto de orientações de conduta que os hebreus deveriam seguir. Ao chegar aos limites de Canaã, Moisés morreu, e a liderança do povo foi assumida por Josué.

PERÍODO DOS JUÍZES:

1200 a.C. e 1000 a.C. - hebreus habitaram Canaã e enfrentar os povos que já habitavam o território – cananeus e filisteus;
As 12 tribos elegiam um líder, ou juiz, que ficava responsável pela:
  • Resolução dos conflitos internos
  • Organização da defesa militar contra ataques de povos vizinhos.
Um dos juízes foi Sansão, que possuía grande força física. (A história bíblica relata que os filisteus utilizaram uma mulher, chamada Dalila, para descobrir a origem da força de Sansão. Ao perceber que a força de Sansão estava nos cabelos, Dalila o teria feito adormecer e chamado um homem para cortá-los. Enfraquecido, Sansão foi escravizado pelos filisteus).

PERÍODO DOS REIS

Século XI a.C. - A fim de defender-se das ameaças de invasão dos filisteus, os israelitas uniram-se e formaram uma monarquia. Os juízes foram substituídos por um rei que exercia sua autoridade sobre todas as tribos.

Samuel, sábio hebreu, escolheu Saul (Saulo) como primeiro rei. Saul derrotou os amonitas e os moabitas, porém não conseguiu derrotar os filisteus.

Davi - jovem pastor, foi voluntário para lutar contra os filisteus e seu maior guerreiro o gigante Golias. Davi era franzinho e baixo, e usou a inteligência contra o gigante. Usando sua funda, atirou uma pedra que acertou a testa do gigante que caiu.

Após vencer o gigante, Davi expulsou os filisteus, e tornou-se rei de Canaã (reinou de 1000 a.C. a 960 a.C.), trazendo a paz e fez de Jerusalém a capital.

Salomão – filho de Davi foi o próximo rei (considerado como o rei mais sábio – devido a passagem bíblica em que manda cortar uma criança ao meio por estar sendo disputada por duas mães) - responsável por construir o templo de Jerusalém. Onde teria sido guardada a Arca da Aliança, com as tábuas dos Dez Mandamentos. Porém, muitos povos tentavam conquistar Jerusalém, assírios, babilônios e egípcios todos querendo as terras férteis de canaã.

920 a.C. - Após a morte de Salomão seu filho Roboão assumiu o reino e manteve a política de altos impostos. A população rebelou-se, e o reino foi dividido em dois:
  • Judá (ao sul)
  • Israel (ao norte);
722 a.C.  - Israel - foi conquistada por Sargão II (rei da Síria);

587 a.C. - Judá - foi conquistada por Nabucodonosor II, Invadiu Jerusalém, destruir o templo construído por Salomão, e levou o povo hebreu para a babilônia (foi o chamado cativeiro da babilônia).

Os descendentes de Abrão passaram a ser chamados de povo judeu.

538 a. C. - Os persas libertaram os judeus que retornaram para Jerusalém e reconstruíram o templo de Jerusalém.

A grande diáspora

Os judeus foram submetidos por Alexandre, o Grande, rei da Macedônia, e, séculos mais tarde, pelo Império Romano.

70 d.C. - os romanos, a mando do imperador Tito, destruíram e saquearam o segundo Templo de Jerusalém. Os judeus espalharam-se para várias partes do império. Essa dispersão passou à história com o nome de diáspora judaica.

d)   Aspectos culturais:
ü  Grande influência da Religião (primeiro povo monoteísta de que se tem conhecimento);
ü  Deus único (Javé), criador do Universo e da humanidade
ü  Crença no messianismo;
ü  Importância dos profetas;
ü  Sinagogas (templos religiosos);

Os hebreus, pelo contato com outros povos, adquiriram alguns conhecimentos:
  • Aprenderam a usar o ferro com os hititas, habitantes da Ásia;
  • O aramaico (Língua derivada do tronco semítico), usado na fala e na escrita, foi influência dos araneus, povo da Síria;
  • Na arquitetura, uma das grandes obras do povo hebreu foi o Templo de Jerusalém, dedicado a Deus e construído por Salomão.
Costumes judeus

Os hebreus eram proibidos de representar Deus por meio de pintura ou escultura, pois, para eles, além de Deus ser grandioso demais para caber em uma imagem, o culto a ídolos era proibido por um dos Dez Mandamentos.

Com a destruição do templo de Jerusalém, os hebreus passaram a realizar cultos apenas nas sinagogas. Considerada a morada de Deus, mas um lugar de reunião, de culto e de instrução religiosa, ou seja, um centro da comunidade judaica.

Muro das Lamentações - Um extenso muro, conhecido como Muro Ocidental, ou Muro das Lamentações, foi o que restou do segundo Templo de Jerusalém. O muro recebeu esse nome por ser considerado um local sagrado, para onde peregrinam judeus de várias partes do mundo, com o intuito de oferecer preces de lamentação pela destruição do local e ao mesmo tempo de esperança por sua reconstrução.
v  Leitura da Torá – corresponde aos cinco primeiros livros da bíblia.
v  Reúnem-se aos sábados – considerado o dia mais importante da semana, dia reservado para o descanso.
v  Durante o casamento judeu – um vidro é quebrado para lembrar as pessoas que a felicidade nunca será completa, até que o templo de Jerusalém seja reconstruído. O rabino pede sete bênçãos, e na última um retorno a terra prometida. 

Flávio Josefo - o historiador judeu Flávio Josefo (Titus Flavius Josephus) é o nome que o judeu José ben Matias tomou após tornar-se cidadão romano. Isso aconteceu quando uma revolta dos judeus contra o domínio romano foi derrotada em 70 d.C. Josefo era um de seus líderes, mas, como conhecia o imperador Flávio Vespasiano, teve a vida poupada. Antiguidades judaicas, é a obra maior de Flávio Josefo, apresenta uma história dos judeus desde os tempos bíblicos até o ano de 66 d.C. É uma importante fonte histórica para conhecer a vida dos antigos judeus. Josefo morreu em 100 d.C., aos 63 anos.

e)    Aspectos Econômicos:
Ø  Economia: Agro-pastoril;
  • Produziram cereais, uvas e vinhos, figos, azeites e azeitonas.
  • A produção era coletiva e distribuída entre todos os integrantes do grupo.

REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris: história 6° ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.

CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.

COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005.

MOZER, Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudico. História & Vida Integrada. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

Projeto Araribá: História – 6° ano. /Obra coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário Melani.

Uno: Sistema de Ensino – História – 6° ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.


VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino Fundamental. São Paulo: Ed. Scipione, 2002.