Por Douglas Barraqui
“Na melhor das hipóteses, Lula, o senhor é um idiota. Na melhor. Na
pior, o senhor é um corrupto.” (Arthur Virgílio, líder do PSDB no Senado)
“O PT desconhece esse assunto, nunca ouvi falar sobre ele, portanto nós
estamos repudiando esse tipo de acusação conta o PT.” (Presidente nacional do PT, José Genoino)
“Eu vi que o governo agiu para isolar o PTB. Vai ter que sangrar a
cabeça de alguém na guilhotina, tem que haver carne e sangue aos chacais.” (deputado Roberto Jefferson)
“Ele está tentando se fazer de vítima, mas é preciso lembrar que ele é
reú. Ele é réu nesse caso.” (deputado José Dirceu sobre Roberto Jefferson)
“Zé Dirceu, se você não sair daí rápido, vai fazer réu um homem bom.” (deputado Roberto Jefferson, em depoimento ao
Conselho de Ética)
“Nós dilapidamos o nosso capital moral perante a sociedade.” (Tarso Genro, presidente nacional do PT)
“Eu tenho medo, pânico, do José Dirceu. Ele é um homem sem coração.” (deputado Roberto Jefferson)
“Nós dilapidamos o nosso capital moral perante a sociedade.” (Tarso Genro, presidente nacional do PT)
“Não organizei, não sou chefe, jamais participaria da compra de votos de
parlamentares.” (José Dirceu,
deputado do PT e ex-ministro da Casa Civil)
“O que ela quer são cinco minutos de fama.” (Valdemar Costa Neto, presidente do PL, em
respostas às denúncias que a ex-mulher fez dizendo que ele usava indevidamente
o dinheiro do partido)
“Se eu tivesse um buraco para me meter entraria nele para sempre.” (Marcos Valério, empresário e avalista do PT)
“O PT é um navio que foi atingido, está prestes a afundar e se recusa a
jogar a carne podre fora para ficar mais leve.” (Jefferson Perez, senador do PDT-AM)
“O Zé [Dirceu] deu um soco na mesa: O Delúbio está errado. Eu falei para não fazer.” (deputado
Roberto Jefferson, sobre a reação do então ministro da Casa Civil quando foi
alertado do mensalão)
“Mentira, canalha, safado!” (Severino Cavalcanti, presidente da Câmara, ao desmentir o empresário
que havia confessado tê-lo subornado)
“Respeito à ingenuidade. Não sei, no entanto, de onde imaginavam que o dinheiro viria - se do
céu, num carro puxado por renas e conduzido por um senhor vestido de vermelho.”
(Delúbio Soares)
“'A direita está fazendo com o PT o que a ditadura militar fez com João
Goulart e o que fez no passado com Getúlio e JK.” (José Dirceu, deputado do PT e ex-ministro da
Casa Civil)
“O que o PT fez do ponto de vista eleitoral é o que é feito no Brasil
sistematicamente.”
(presidente Luiz Inácio Lula da Silva)
Foram quatro meses de julgamento, 53 sessões, 37 réus, destes 25 foram
condenados e apenas 11 cumpriram inicialmente o regime fechado. Entre mortos e
feridos acabou o maior julgamento da história do Supremo Tribunal Federal (STF).
Historicamente falando o que podemos aprender desse acontecimento atípico
da história, marcada por corrupção, de nosso país? Talvez possamos passar à acreditar
que há heróis em nosso país como o caso de Joaquim Barbosa, atual presidente do
STF, o primeiro negro a sentar na cadeira do STF, nosso “homem da capa preta” –
como rolou nas redes sociais – foi comparado ao justiceiro de Gotham City.
Muitos querem Barbosa para presidente. Posso dizer que ele fez o seu trabalho,
e nada mais; por sinal muito bem feito, como nunca tinha sido feito na história
do Brasil.
O PT estava na linha de tiro. Lula, “o filho do Brasil”, quem para
muitos representou a última esperança de um povo, sobreviveu. Mas cá entre nós,
foi blindado, protegido, isolado e, muito provavelmente, terminará como herói
de guerra.José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil; José Genoino, ex-presidente do PT; Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT;
José Roberto Salgado, José Borba, ex-deputado (ex-PMDB-PR); ex-diretor do Banco
Rural; Deputado João Paulo Cunha (PT-SP); Marcos Valério, empresário e
publicitário; Cristiano de Mello Paz, ex-sócio de Marcos Valério; Ramon
Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério; Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco
do Brasil; Rogério Tolentino, advogado e ex-sócio de Marcos Valério; Simone
Vasconcelos, ex-gerente da SMP&B; Vinícius Samarane, vice-presidente do
Banco Rural; Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural; Deputado Valdemar
Costa Neto (PL-SP); Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL; Pedro Corrêa, deputado
cassado (PP-PE); João Cláudio Genú, ex-assessor do PP na Câmara; Romeu Queiroz,
ex-deputado (PTB-MG); Carlos Alberto Rodrigues, ex-deputado (PL-RJ); Enivaldo
Quadrado, ex-sócio da corretora Bônus-Banval; Breno Fischberg, ex-sócio da
Bônus-Banval; Emerson Palmieri, ex-tesoureiro do PTB; Pedro Henry (PP-MT) e,
finalmente, Roberto Jefferson, deputado cassado (PTB-RJ) aquele que jogou a
merda no ventilador; e agora, após o Mensalão do PT, eu pergunto: como ficará o
mensalão do PMDB que desviou 18 milhões da prefeitura do Rio; o mensalão do
DEM, envolvendo o ex-governador
José Roberto Arruda e outras 36 pessoas em um esquema de corrupção
desarticulado pela Operação Caixa de
Pandora; e o mensalão dos “tucanos” no escândalo de peculato e lavagem
de dinheiro que ocorreu na campanha para a eleição de Eduardo Azeredo.
O Mensalão está e esteve enraizado como um câncer nas
entranhas da história de nosso país. A maracutaia de compra de votos, desvios
de dinheiro, caixa dois entre outros devaneios políticos vergonhosamente
sangram a imagem do Brasil. Você dirá meu leitor que queria mais – penas mais
rigorosas, prisões de todos os envolvidos – mas, quero dizer que um passo foi
dado, e é sinal de que algo está mudando no anacronismo do nosso legado de
corruptos. Só espero que passos mais largos e mais vigorosos sejam feitos para
que isso tenha um fim.
Um comentário:
Fato meu, você falou tudo!
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