sexta-feira, 5 de junho de 2009

A Arte da Guerra


Análise by Douguera

“...aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota; para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais; aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas...”

Dou início a meu artigo com o trecho épico, cosmológico e centrífugo de um dos melhores livros que tive a oportunidade de ler em minha vida, A Arte da Guerra, de Sun Tsu. Se você pensa ou é daqueles que julgam um livro pelo nome ou pela capa, reveja seus conceitos.


Sun Tsu escreveu este livro excepcional na China, há 2500 anos e, é simplesmente espantoso como, há 25 séculos, ele tenha dito tantas verdades. Tendo acumulado inúmeras vitórias, como comandante do exército real de Wu, foi um brilhante estratego e profundo conhecedor das manobras militares e por intermédio do documento intitulado, A Arte da Guerra, deixou um legado de estratégias de combates e táticas de guerra apreciado até os dias de hoje.


Desde que foi encontrada, “A Arte da Guerra”, recebeu várias interpretações e já foi traduzida para centenas línguas. Traduzida, inicialmente, pelos japoneses, em 760 DC, a primeira tradução em língua ocidental foi realizada pelo padre jesuíta J. J. M. Arniot, em 1772, tendo sida publicada em Paris. Sobre as ordens de Napoleão, em 1782, foi feita uma nova impressão dessa magnífica obra e a partir do século XIX outras partes do mundo beberiam de sua sabedoria. No ano de 1972, uma escavação na China acabou por revelar uma versão, considerada por muitos especialistas como a, mais completa e antiga que a versão original, que possibilitou levantar novas questões e corrigir outras. Atualmente se fosse indicar uma tradução mais bem fidedigna, apontaria para a versão de 1963, em inglês, de Amuel B. Griffith.


A meu ver os princípios destacados por Sun, em “A Arte da Guerra”, não só podem como devem ser aplicadas tanto nas táticas militares quanto em todos os ramos da atividade humana. Tendo em vista que seu legado abraça todos os indivíduos, em amplitude, no confronto com seus oponentes em suas dificuldades diárias na escola, no trabalho, em fim, Sun Tsu, A Arte da Guerra, deveria ser uma leitura de caráter obrigatória. E é com muito prazer que deixo a vocês, meus caros amigos leitores, o que para mim são os melhores momentos de A Arte da Guerra, para que nunca esqueçamos que, “o verdadeiro objetivo da guerra é a paz”:


“... na dissimulação do combate, um chefe que é capaz deve fingir ser incapaz; se está pronto, deve fingir-se despreparado; se estiver perto do inimigo deve parecer estar longe...”

“...Um exército vitorioso não lutará com o inimigo até que esteja seguro das condições de vitória, enquanto que um exército derrotado inicia a batalha e espera obter a vitória depois...”

“Táticas militares são como água corrente. A água corrente sempre se move de cima para baixo, evita o terreno alto e flui para o terreno baixo. Assim, são as táticas militares, sempre evitam os pontos fortes do inimigo e atacam os seus pontos fracos.”

“Nunca confie na probabilidade do inimigo não estar vindo, mas dependa de sua própria prontidão para reconhecê-lo. Não espere que o inimigo não ataque, mas dependa de estar em uma posição que não possa ser atacada.”

“Um soberano não deve empreender uma guerra num ataque de ira; nem deve enviar suas tropas num momento de indignação. Quando a situação lhe for favorável, entre em ação; quando for desfavorável, não aja. Deve ser entendido que, um homem que está enfurecido voltará a ser feliz, e aquele que está indignado voltará a ser honrado, mas um Estado que pereceu nunca poderá ser reavivado, nem um homem que morreu poderá ser ressuscitado.”

“Apresente uma vantagem aparente ao inimigo e ele virá até sua armadilha. O ameace com algum perigo e você poderá pará-lo.”

“O sucesso das operações militares reside na descoberta das intenções do inimigo e no esforço para identificar seus pontos fracos.”

“O que basta é: ser capaz de avaliar sua própria força, ter uma visão clara da situação do inimigo e obter apoio total de seus homens. Aquele que não faz planos ou estratégicas, e menospreza o inimigo, seguramente será capturado pelo oponente.”

“Ser invencível depende da própria pessoa, derrotar o inimigo depende dos erros do inimigo.”
“Um general que só conhece a capacidade de suas tropas, mas não sabe a invulnerabilidade do inimigo, terá só metade das chances de vitória.”

“Assim você deverá ser
tão rápido quanto o vento forte, ao entrar em ação;
tão estável quanto as florestas silenciosas que o vento não pode tremer, quando se mover lentamente;
tão feroz e violento quanto as chamas furiosas,quando invadir o estado do inimigo;
tão firme quanto as montanhas altas, quando estacionar e
tão inescrutável quanto algo atrás das nuvens e golpear tão repentinamente quanto trovão.”

“Aquele que ocupa o campo de batalha por primeiro, e espera o inimigo, estará descansado; aquele que chega depois e se lança na batalha precipitadamente estará cansado.”

“O máximo da excelência não está em conquistar cem vitórias em cem batalhas. A excelência maior está em obter-se uma vitória e subjugar o inimigo sem, no entanto, lutar.”

"Conheça o inimigo e a si mesmo e você obterá a vitória sem qualquer perigo; conheça terreno e as condições da natureza, e você será sempre vitorioso."

"Quando não há nenhuma chance de vitória, assuma uma posição defensiva; quando há uma chance de vitória, lance um ataque.
Se as condições favoráveis são insuficientes, você deverá se defender; se as condições favoráveis são abundantes, você deverá fazer um ataque. "

“Se o inimigo:
for orgulhoso, provoque-o;
for humilde, encoraje sua arrogância;
estiver descansado, desgaste-o;
estiver unido, estimule a cizânia entre suas tropas.”

“Seja sábio para perceber que para obter a vitória, seus planos devem modificar-se de acordo com as situações do inimigo.”

"Um chefe que está bem instruído em operações militares faz com que o inimigo se renda sem lutar, captura as cidades do inimigo sem atacá-las violentamente, e destrói o Estado do inimigo sem operações militares demoradas. "

“Quem explora a vantagem estratégica, dirige seus homens como se fossem troncos ou pedras. A natureza dos troncos ou pedras é permanecerem impassíveis se o solo é plano; ou rolarem se o solo está inclinando; se eles são quadrados, tendem a parar, se são redondos, tendem a rolar.”

“Para comandar um exército:
Um general tem que ter uma mente serena e insondável.
Ele deve comandar suas tropas de uma maneira imparcial e vertical.”


“Assim, você deverá comandar suas tropas com civilidade e humanidade, para manter seus homens unidos; e com disciplina marcial, para mantê-los na linha. Isso garantirá a lealdade, e você será invencível.”

"Para prever-se o resultado de uma guerra, devemos analisar e comparar as nossas próprias condições e as de nosso inimigo, baseados em cinco fatores.
Os cinco fatores são os seguintes: caminho, clima, terreno, comando e doutrina."

“Existem cinco fatores que permitem que se preveja qual dos oponentes sairá vencedor:
aquele que sabe quando deve ou quando não deve lutar;
aquele que sabe como adotar a arte militar apropriada de acordo com a superioridade ou inferioridade de suas forças frente ao inimigo;
aquele que sabe como manter seus superiores e subordinados unidos de acordo com suas propostas;
aquele que está bem preparado e enfrenta um inimigo desprevenido;
aquele que é um general sábio e capaz, cujo soberano não interfere.”

“O mérito supremo consiste em quebrar a resistência do inimigo sem luta”

"Na paz prepare-se para a guerra; na guerra prepare-se para a paz"


Bibliografias:
SUN-TZU; CLAVELL, James. Arte da guerra. 20. ed. - Rio de Janeiro: Record, 1998.

SUN-TZU. Arte da guerra. Disponível em: http://www.suntzu.hpg.ig.com.br/. Acesso em 05/06/09.

7 comentários:

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Dou início a meu artigo com o trecho épico, cosmológico e centrífugo de um dos melhores livros que tive a oportunidade de ler em minha vida, A Arte da Guerra, de Sun Tsu. Se você pensa ou é daqueles que julgam um livro pelo nome ou pela capa, reveja seus conceitos.

DoUgLaS BaRrAqUi, meus cumprimentos, você vem mostrar ao mundo uma sabedoria gigantesca.
Belo trabalho leio sempre em suas postagens, onde somente saímos deste espaço satisfeitos com a leitura aqui feita,
Efigênia Coutinho

Duda filosofando coisa atoa disse...

Ola historiador gato
eu li esse livro e realmente ele é maravilhoso...um grande biju p; ti
parabéns

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

Oi amigo, outra bela aula de história.
Conhecer o inimigo.....eis o problema, para mim o ser humano tem mais de anjo do que de macaco, e por vezes levo uma borduada, e não aprendo.
Vou começar a ler mais sobre batalhas, quem sabe ajuda.
Beijossssssssssssss
Vá por lá tenho novidades.

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

“...aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota; para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais; aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas...”

CONSIDERO ESTE TRECHO DO LIVRO DE SUN-TZU. Arte da guerra.
Como uma oraçào a ser lida e relida, tatuada na mente, e seguida e perseguida dia e noite...

Obrigada por sua visita e mensagem,
Efigênia Coutinho

PATRICKÍSSIMO disse...

"Na paz prepare-se para a guerra; na guerra prepare-se para a paz"

Outro dia li uma frase que não tinha assinatura e dizia assim:

se queres a paz, faças a guerra.

Mas eu ainda prefiro os dizeres de Guimarães Rosa:

Quando eu morrer, que me enterrem na beira do chapadão
contente com minha terra
cansado de tanta guerra
crescido de coração

Clicando aqui e ali cheguei ao seu blog.

Estive por aqui.

Apenas Alguém disse...

ei doug
qnto tempo
to d volta na area
estava sem net e sem pc
mas td voltou ao normal jah
grande abraço
como tem passado?
eu to só na correria, além d tah trabalhando e estudando, tbm sou representante naturista aqui no ES d um grupo lá d Sp.
passo mais tempo agora pelado do q vestido.
contei um pouco lá no meu blog sobre isso.
grande abraço
té mais

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

Aqui sempre ficamos menos burros.
Sempre venho leio e quando volto faço sempre um nova interpretação.
Desejo a você uma ótima semana meu amigo.
Apareça por lá.
beijosssssssssss