sábado, 9 de fevereiro de 2019

O PROBLEMA DE ENSINAR FILOSOFIA EM TEMPOS DE ESCOLA SEM PARTIDO




Os ataques sofridos pela filosofia desde suas origens até nossos dias levaram e ainda levam muitos pensadores e educadores a refletir sobre ela e seu ensino. Isso significa que a própria filosofia constituiu- se em um problema filosófico, pois seu ensino apresenta diversas questões problemáticas que devem ser abordadas tanto do ponto de vista da reflexão pedagógica como da perspectiva filosófica, notadamente no que se refere a seus “quês”, “comos”, “porquês” e “para quês”.


Quando um professor ou uma instituição de ensino deve decidir sobre que tipo de curso de filosofia seria possível desenvolver com seus alunos, todas essas questões vêm à tona. Quando se elabora um livro também. E nós sabemos que a didática não é neutra. Isso significa que, antes de fazer nossas escolhas, devemos investigar atentamente os pressupostos das propostas pedagógicas que se apresentam (ou daquela que já adotamos), buscando explicitar seus objetivos, recortes de conteúdo, estratégias e recursos postos em jogo. Tudo isso não são problemas menores.


No debate ATUAL sobre esses aspectos, podemos dizer simplificadamente que, entre as diversas alternativas existentes, há TRÊS enfoques pedagógicos que representam a prática de ensino da filosofia: o tradicional, o renovado e o de falso moralismo. Esta última prática é defendida pela escola sem partido, seguidores de místico Olavo, terraplanistas e neonazistas de esquerda.



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