Os ataques sofridos pela
filosofia desde suas origens até nossos dias levaram e ainda levam muitos
pensadores e educadores a refletir sobre ela e seu ensino. Isso significa que a
própria filosofia constituiu- se em um problema filosófico, pois seu ensino
apresenta diversas questões problemáticas que devem ser abordadas tanto do
ponto de vista da reflexão pedagógica como da perspectiva filosófica,
notadamente no que se refere a seus “quês”, “comos”, “porquês” e “para quês”.
Quando um professor ou uma
instituição de ensino deve decidir sobre que tipo de curso de filosofia seria
possível desenvolver com seus alunos, todas essas questões vêm à tona. Quando
se elabora um livro também. E nós sabemos que a didática não é neutra. Isso
significa que, antes de fazer nossas escolhas, devemos investigar atentamente
os pressupostos das propostas pedagógicas que se apresentam (ou daquela que já
adotamos), buscando explicitar seus objetivos, recortes de conteúdo,
estratégias e recursos postos em jogo. Tudo isso não são problemas menores.
No debate ATUAL sobre esses
aspectos, podemos dizer simplificadamente que, entre as diversas alternativas
existentes, há TRÊS enfoques pedagógicos que representam a prática de ensino da
filosofia: o tradicional, o renovado e o de falso moralismo. Esta última prática
é defendida pela escola sem partido, seguidores de místico Olavo,
terraplanistas e neonazistas de esquerda.
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