Por Douglas Barraqui
Antônio da Silva Jardim era um
homem que em suas veias corriam sangue quente como lava. Um Republicano convicto,
advogado e jornalista Silva Jardim, era um inimigo ferrenho e destemido da
monarquia bem como da escravidão. Envolveu-se completamente na campanha pela
república, chegando a vender sua banca de advogado e dissolver sua sociedade.
Sua vida, então, se dirigiu para os comícios em prol da República e viagens
constantes entre os estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Para ele a verdadeira república só
poderia ser efetivada com sangue. Suas idéias eram tão radicais que defendia
que não bastava libertar os escravos e derrubar o imperador D. Pedro II, era
importante prender e se possível executá-lo.
Após o golpe de 15 de novembro de
1889, com a Proclamação da República, sem derramamento de sangue, o exército,
que não se sentia ligado aos civis que tanto haviam lutado por sua proclamação,
deixou-o de lado. Silva Jardim ficou decepcionado.
Como também não conseguiu se
eleger senador pelo Distrito Federal, decidiu, então, retirar-se da política e
viajar para o exterior para descansar, partiu para a Europa. Em julho de 1891, aos
30 anos de idade, visitou Pompéia, na Itália e, curioso por conhecer o vulcão
Vesúvio, decidiu escalar o vulcão, ao chegar ao topo, escorregou, caiu em uma
fenda na cratera da montanha e morreu. “Extraordinário
o destino do grande brasileiro: até para morrer, se converteu em lava.”
disse José Carlos do Patrocínio.
Referências:
BUENO, Eduardo. Brasil: uma
História - a Incrível Saga de um País. São Paulo: Ática, 2003. 448p.
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