(1ª Questão)
Considere este texto.
O termo Oligarquia
foi cunhado na Grécia Antiga, local, por sinal, no qual surgiram vários dos
termos que utilizamos no nosso vocabulário político de todos os dias. A Grécia,
que é o berço da civilização ocidental, é também o berço dos referenciais
políticos do Ocidente. No entanto, alguns dos termos utilizados naquela época
possuíam significados ou valores diferenciados dos que utilizamos atualmente.
O termo Oligarquia significa governo de poucos. Na
Grécia Antiga, ele era utilizado para fazer referência a regimes comandados por
pessoas de alto poder aquisitivo, onde começou sua confusão com o governo de
elites econômicas. Mas este é apenas um dos casos em que o termo pode ser
aplicado. Na verdade, o termo correto para identificar o governo dos mais ricos
é plutocracia. O governo de poucos,
sugerido pela expressão Oligarquia, pode ser consequência de variados
privilégios na sociedade, ou seja, distinções provenientes da nobreza, de laços
familiares, de poder militar, de partidos políticos ou a própria riqueza.
(Disponível em: http://www.infoescola.com/politica/oligarquia/. Adaptado.)
Tendo em vista essa definição de “oligarquia” e refletindo
sobre a cidade-estado de Esparta, utilize o texto para explicar se a mesma era
ou não administrada por uma oligarquia – explicite, ainda, quem possuía os
direitos políticos na cidade-estado de Esparta
(2ª Questão)
Leia, atentamente, os
textos 1 e 2.
Texto 1
Mirem-se no exemplo daquelas
mulheres de Atenas.
Geram pros seus maridos os novos
filhos de Atenas.
Elas não têm gosto ou vontade,
Nem defeitos nem qualidades;
Têm medo apenas.
Não têm sonhos, só têm presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas*(sereias)
Morenas.
HOLANDA, Chico Buarque de; BOAL, Augusto.
Trecho. Disponível em:https://www.vagalume.com.br/chico-buarque/mulheres-de-atenas.html.
Acesso em fevereiro de 2017.
Texto 2
A democracia
grega era privilégio de poucos, ou seja, altamente excludente, oposta ao
sentido que empregamos hoje.
Para os historiadores, o apogeu da democracia
ateniense ocorreu no governo de Péricles – que ocupou o cargo de estratego (general com poderes políticos
sobre o governo da cidade) –, por isso, o século V a.C. é conhecido como o
Século de Péricles.
Respeitando as leis da democracia ateniense,
Péricles soube imprimir sua marca na política, que durante seu governo passou a
ser fruto de uma reflexão calculada sobre o destino da polis.
Atenas é uma cidade-estado, conhecida por possuir,
na antiguidade, um sistema democrático que teve seu apogeu durante o governo de
Péricles.
Refletindo sobre o que foi estudado, elabore um
texto explicando quem poderia ser considerado cidadão em Atenas após as
reformas de Péricles– possuindo, assim, ampla participação na política. Diante
do exposto, analise de forma crítica os textos 1 e 2 e indique se as mulheres
estavam ou não inclusas nessa participação.
(3ª Questão)
Analise o texto a seguir.
O TEATRO CRÍTICO, A DESALIENAÇÃO
E O TEMPO
Mais do que o espetáculo, o
teatro é um agente social transformador que, ao negar o sempre igual da lógica
do lucro da Sociedade Pós-Industrial, aponta novos rumos para a convivência
social.
Teatro é um espaço real,
vivo, atuando na dinâmica social; e suas consequências são evidentes no seu
entorno.
Já disse aqui que acredito
no Teatro Crítico, que deve estar sempre consciente dessa interferência direta
que o teatro, como atividade, exerce em seu meio.
Um teatro verdadeiramente
crítico deve desalienar-se.
Estar alienado significa não
estar pleno em si. O trabalhador que não se reconhece no fruto de seu trabalho
está alienado. E, portanto, não é pleno. A alienação está presente em quase
todas as esferas da interpretação.
O Teatro Crítico é o lugar
da desalienação; o espaço para nos libertar das amarras que nos encaixam em
padrões sociais e que nos limitam a rótulos baratos. Somos uma multiplicidade
de desejos e temores. O Teatro Crítico busca colocar todos no palco, para que
homens e mulheres possam resgatar a si próprios.
CABRAL, Ivam. Disponível em: http://www.spescoladeteatro.org.br/noticias/ver.php?id=2430.
Adaptado.
As colocações feitas por Ivam
Cabral acerca do teatro em nossa sociedade relembram que este tem função que
vai muito além do entretenimento. A perspectiva do autor retoma, portanto, a
essência do teatro das antigas cidades gregas.
Tendo em vista a invenção do
teatro na Grécia e levando em consideração que suas características são
parecidas com as ideias defendidas pelo autor do texto, qual era a função das
apresentações teatrais que ocorriam nas antigas cidades gregas? (2,0 pontos)
(4ª Questão)
Analise o texto a seguire baseie-se nele para responder as
questões “a” e “b”.
LUTA DE
CLASSES
A história humana está envolta em uma diversidade de conflitos em razão
da condição material dos sujeitos: a luta de classes.
O gigantesco trabalho teórico do autor alemãoKarl Marxaborda uma infinidade de temas que ainda hoje são
extremamente relevantes em nossos debates políticos e econômicos sobre os
problemas que existem em nossas sociedades. Sua concepção de “classes sociais”
e os conflitos que estão inerentemente ligados a elas possivelmente é uma das
ideias mais amplamente difundidas e utilizadas quando o assunto tratado está
relacionado com a vida social e as diferentes relações que possuímos nesse
meio.
Entre os diversos conflitos que se instaurariam no meio social, Marx definiu
aluta de
classescomo a força motriz da história
humana, o combustível da mudança do mundo social.
Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/luta-classes.htm.
Acesso em fevereiro de 2017.
a) Ao analisar esse texto,
entende-se que, para Marx, a luta de classes seria o fator que impulsiona as
mudanças na história humana. Sendo assim, reflita sobre a História de Roma e explique
os motivos por que aconteceram as lutas entre patrícios e plebeus, apontando suas
consequências.
b) Tendo em vista a história das
lutas entre patrícios e plebeus em Roma, pode-se analisar de maneira positiva a
defesa de Marx de que as lutas de classe movimentam a História? Por quê? (0,5
pontos)
(5ª Questão)
Para responder a esta questão, considere o texto a seguir.
FUTEBOL E REGIMES
MILITARES
Em 1970, o Brasil ainda vivia sob a ditadura do regime
militar, instaurado em 1964. O presidente era o general Emílio
Garrastazu Médici (Arena), que governou o país de 1969 a 1974.
Médici era da "linha dura", a ala mais radical dos militares. Seu
governo foi, talvez, o
mais repressivo da história política do Brasil,
resultando na morte e tortura de centenas de oposicionistas, acusados ou
suspeitos de "subversão".
Além da tortura e da repressão, o governo
Médici usou
a propaganda como arma política. O presidente Médici era apresentado como um
"homem do povo" e "apaixonado por futebol". A vitória da
seleção brasileira sobre a seleção italiana por 4 a 1, na final, foi bastante
explorada pela propaganda do governo Médici em slogans do tipo "Ninguém
segura este país" ou "Brasil; ame-o ou deixe-o".
Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/futebol-e-regimes-militares-o-futebol-nas-ditaduras-brasileira-e-argentina.htm.
Acesso em fevereiro de 2017.
A prática política de utilizar
meios de entretenimento para distrair o povo dos problemas de um estado é
questão antiga na história humana. Reflita acerca dessas informações e explique
em que consistia a Política de pão e
circo, adotada em Roma.
(6ª Questão)
Ao analisarmos os modelos de
escravidão já existentes em Roma e no Brasil, encontramos algumas semelhanças, como
as citadas a seguir:
Em ambos, a
escravidão era uma forma de trabalho compulsório na qual os escravos ficavam
sujeitos a um senhor. Os escravos eram igualmente utilizados para trabalhos
domésticos ou outras atividades ligadas à produção ou prestação de serviços.
Eram igualmente objeto de um importante comércio, de tal forma que, tanto na
Roma Antiga como no Brasil Colonial pode-se afirmar a existência de um mercado
de escravos. Ainda sob determinadas circunstâncias, os escravos poderiam dispor
de recursos próprios e, com os mesmos, poder comprar a sua alforria. Tanto na
Roma Antiga como no Brasil Colonial, existiram formas variadas de resistência à
escravidão, entre as quais revoltas de escravos como a de Espártaco, na Roma
Antiga, e a do Quilombo dos Palmares, no Brasil Colonial.
Apesar
das semelhanças apontadas em Roma, a escravidão não se baseava no desenvolvimento de
uma civilização e na cor da pele do indivíduo, como ocorrido no Brasil colônia.
Assim, descreva a maneira pela qual o indivíduo se tornava escravo em Roma na
época da implantação da República Romana.
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