Prof. Douglas Barraqui
1.1 
IMPERIALISMO NA ÁFRICA
A)     ÚNICAS REGIÕES AUTÔNOMAS: 
I.       
Libéria: Comprada pelos
EUA. “Depósito” de escravos libertos.
II.      Abissínia (atual Etiópia): relevo montanhoso
e tradição cultural guerreira do povo que dificultou a dominação.
B)      ANTES DA CONFERÊNCIA DE BERLIM: 
I.                   
Norte: dominação e
influencia da França de Napoleão III
(Argélia, Tunísia, Senegal e Congo. Franceses e Ingleses associados construíram
o canal de Suez (1869) ligando o Mar Vermelho ao Mediterrâneo.
II.                 
Sul: dominação e área de
influência inglesa (Região do Cabo,
Transvaal e Orange) regiões ricas em
ouro e pedras preciosas.
C)      CONFERÊNCIA DE BERLIM (1885)
Significou a formalização da partilha da
África delimitando regras e acordos. Otto
Von Bismarck, chanceler alemão, liderou as negociações e mediações.
OBS.:
Guerra dos Bôeres (1899-1902) – Conflito entre Holandeses e Ingleses
pelo domínio da região. A vitória inglesa garantiu a criação da União
Sul-Africana (Região do Cabo, Transvaal, 
Orange e Natal). 
D)     CONSEQUÊNCIAS:
Ø 
A
disputa entre as grandes potências européias vai gerar conflitos e disparidades
entre as nações. 
Ø 
Políticas
segregacionistas foram implementadas em várias regiões (apartheid – África do
Sul).
Ø 
A
partilha da África desrespeitou limites territoriais tribais, colocando tribos
rivais dentro de um mesmo território, o que desencadeou vários conflitos
internos.
1.2 
IMPERIALISMO NA ÁSIA
A)     ÍNDIA:
Ø 
Interesse
inglês desde a vitória na Guerra dos Sete Anos (1756-1763)
OBS.:
Revolta dos Cipaios (1857-1859) – Revolta dos indianos contra a presença e
interferência inglesa na economia. 
Exigia o fim da dominação inglesa.
1859 – Governo indiano sufocou a revolta.
I.                   
Consequências:
ü 
Não
trouxe grandes mudanças em termos de aspectos da cultura indiana: a sociedade
continuou dividida em sistemas de castas (posições sociais determinadas por
nascimento). 
ü 
Gerou
desemprego e pobreza.
ü 
Êxodo
rural (cidades portuárias)
B)      CHINA:
Ø 
Comerciantes
ingleses controlavam o comércio: contrabandeavam ópio (droga extraída da
papoula, extremamente viciante) e recebiam produtos chineses (seda, porcelana e
arroz).
Ø 
O
vício no ópio trouxe sérios problemas sociais. O que gerou reação do governo
chinês da dinastia Manchu.
OBS.:
Guerra do Ópio (1840-1842): começou após governo chinês apreender e
destruir caixas de ópio contrabandeadas pelos ingleses. Com a vitória inglesa a
China foi obrigada a assinar o Tratado de Nanquim (1842): china abriria cinco
de seus portos às potencias imperialistas; Ilha de Hong Kong foi passada para o
controle inglês (só devolvida em 1997). 
Ø 
EUA
– defenderam a política de portas abertas (Open Door): China deveria estar
aberta a todas as nações que quisessem vender seus produtos.
Guerra
dos Boxers (1900): Lutadores
de artes marciais contra a dominação cultura, religiosa e econômica.  Atacavam missões religiosas e diplomáticas.
Grande coligação militar entre franceses, ingleses, alemães, russos, japoneses
e norte americanos sufocou a revolta.  
I.                   
Consequências:
ü 
Dominação
política e econômica;
ü 
Grande
número de dependentes do ópio.
ü 
Influência
ocidental na cultura chinesa.
C)      JAPÃO: 
Ø 
SÉC.
XIX – Regime de Xogunato (semi-feudal). Imperador Micado não tinha força
política. 
Ø 
1854
– EUA força os japoneses abrirem seus portos aos produtos norte americanos. 
Ø 
1868
– Guerra Civil derrubou o Xogunato – Início da era Meiji (poder centralizado
nas mãos do imperador).
OBS.:
Guerra Russo-Japonesa (1904): Influenciada pelos EUA que pretendia
barrar o avanço dos interesses dos russos no Japão (a derrota da Rússia
contribuiu para crise do regime czarista).
Ø 
Após
a guerra Japão se torna uma potencia imperialista. Realiza intervenções na
China.
OBS.:
Guerra Sino-Japonesa (1894-1895): 
Disputa entre Japão e China pela região da Manchúria (rica em minério de
ferro). Japão saiu vitorioso do conflito. China foi obrigada a entregar a Ilha
de Formosa (atual Taiwan) e a aceitar independência da Coreia.
I.                   
Consequências:
ü 
Promoveu
investimentos em educação.
ü 
Modernização
das redes de transporte.
ü 
Modernização
do exército.
ü 
Desenvolvimento
das Zaibatsus (conglomerados industriais). 
1.3 
IMPERIALISMO NA AMÉRICA
Ø 
Marcha
para oeste
Ø 
Doutrina
Monroe (1823)
Ø 
Corolário
de Theodore Roosevelt (1901) 
A)     CASO DE CUBA: 
Ø 
A
Ilha caribenha eram uma colônia espanhola, grande produtora de açúcar e tabaco.
OBS.:
Guerra Hispano-Americana (1898) – após navio americano ser queimado e
afundado no porto de Havana em Cuba. A guerra terminou com a derrota da já
enfraquecida Espanha que foi obrigada a assinar o tratado de Paris (1898):
reconhecimento da independência de Cuba, e do domínio norte americano em Porto
Rico e nas Filipinas.
Ø 
1902 – Emenda Platt
–
incorporada a constituição cubana dava o direito aos EUA de intervir
militarmente em Cuba; direito as
empresas americanas de explorar recursos naturais do país e a construção da
base militar de Guantánamo. 
REFERÊNCIAS:
AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris: história 9° ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.
CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.
COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005.
MOZER, Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.
PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudico. História & Vida Integrada. São Paulo: Ed. Ática, 2002.
Projeto Araribá: História – 9° ano. /Obra coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário Melani.
Uno: Sistema de Ensino – História – 9° ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.
VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino Fundamental. São Paulo: Ed. Scipione, 2002.
VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. Vol. Único. 1 Ed. São Paulo, Ed. Scipione, 2010.