Botocudos foi uma denominação genérica dada pelos colonizadores portugueses a diferentes grupos indígenas pertencentes ao tronco macro-jê (grupo não tupi), de diversas filiações linguísticas e regiões geográficas.
Os índios botocudos, em sua maioria, usavam botoques labiais e auriculares. Também chamados aimorés, eram numerosos na época da chegada do homem branco, distribuindo-se pelo sul da Bahia e dominavam a extensa área de floresta do Rio Doce até São Mateus, no norte do Espírito Santo e Minas Gerais. Ainda há grupos remanescentes, nas bacias dos Rios Mucuri e Pardo.
Os botoques eram discos brancos, geralmente feitos com a madeira leve da barriguda secados ao fogo, de diâmetro variável, chegando a até 12 centímetros. Esses acessórios localizados nos lábios e orelhas, davam uma aparência assustadora aos índios, causando estranheza e repulsa dos homens brancos.
Quando os portugueses chegaram ao Espírito Santo, encontraram vários grupos indígenas que viviam da pesca, coleta e pequena agricultura. Os botocudos eram os que ocupavam mais territórios e os que ofereceram mais resistência aos brancos.
Eram considerados muito agressivos e tinham o grande costume da antropofagia. - Antropofagia é a carne de se comer carne humana, que era praticada pelos índios quando faziam guerras contra os seus inimigos, seus adversários. Faziam rituais em que esses prisioneiros eram comidos, literalmente comidos – relata o historiador Estilaque Ferreira.
Grandes corredores e guerreiros temíveis, foram os responsáveis pelo fracasso das capitanias de Ilhéus, Porto Seguro e Espírito Santo. Sempre foram vizinhos temidos. Antes do descobrimento do Brasil, haviam desalojado os tupiniquins de suas terras ao Sul da Bahia. O contato com os brancos nem sempre lhes foi vantajoso. Aprenderam, por exemplo, a lavrar a terra, mas também aprenderam a fumar e a beber cachaça.
FONTES:
Imagens cedidas do Arquivo Público do Espírito Santo.
http://www.ape.es.gov.br/images/galerias/index.html
http://glo.bo/1ewSJhE
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