Por Douglas Barraqui
Uma das mais conhecidas da
antiguidade, as guerras médicas, travadas entre gregos e persas, ficou assim
conhecida, pois os persas também eram chamados de medos. Basicamente a guerra tem
sua origem no conflito de interesses imperialistas entre gregos e persas.
Os persas eram os senhores do Mar
Egeu. Dominavam a comunicação e o comércio; também dominavam várias cidades
gregas na Ásia Menor. A Grécia tinha grande interesse em aumentar a sua
influência na região e assim ameaçavam a hegemonia persa.
Por volta de 498 a. C. várias
cidades gregas da Ásia Menor, dominadas pelos persas, se rebelam e atacaram as
tropas persas. Atenas e Erétria mandam mais de dois mil soldados para ajudar
essas cidades rebeladas. Dentre as cidades rebeladas destaca-se Mileto, cidade
do matemático Tales. O exército persa, mais poderoso, domina a revolta e como
castigo incendeia cidade de Mileto. Em seguida Dario I envia seu poderoso exército
para punir as cidades gregas europeias que haviam ajudado as cidades da Ásia Menor.
Essa foi a primeira invasão persa que ocorreu por volta de 490 a. C.
A cidade de Erétria e suas vizinhas
foram devastadas e incendiadas, os gregos estavam despreparados militarmente para
enfrentar uma grande invasão. Atenas praticamente enfrentou os persas sozinha;
teriam solicitado ajuda dos espartanos, todavia a ajuda não chegou a tempo hábil.
O general ateniense Milcíades, comandando 10 mil soldados, conseguiu impedir o
desembarque de cinquenta mil soldados persas no conhecida Batalha de Maratona. Batalha
esta que ficou famosa pela saga de Fidípides, soldado ateniense que após a
batalha foi ordenado que voltasse correndo para Atenas para avisar aos
sacerdotes e mulheres que Atenas havia vencido. Conta a saga que as mulheres e
sacerdotes de Atenas tinha ordens de
matar todas as crianças, para que não fossem escravizadas pelos persas, caso não tivessem notícias da vitória dentro de dois
dias. Fidípides correu até
Atenas e após gritar “Nike” caiu morto.
Após dez anos Xerxes I, herdeiro
de Dário I, fez uma travessia lendária do estreito de Dardanelos. Sem barcos
suficientes para todos os soldados ordenou a construção de pequenas embarcações
que foram emparelhadas formando uma grande ponte flutuante. Assim os persas
chegam às portas dos gregos.
A primeira cidade a ser atacada
seria Esparta, que estava com seu exército fora da cidade. Com um pouco mais de
300 homens da guarda de elite, liderados pelo rei espartano Leônidas, e auxiliados
por alguns soldados de cidades vizinhas, espartanos enfrentaram o poderoso
exército persa no desfiladeiro de Termópilas, local estratégico para evitar o
avanço dos persas, e ganhar tempo para Esparta e toda a Grécia.
Os persas foram retardados em
Termópilas e entenderam que os gregos eram um grande inimigo a ser enfrentado. Os
persas então marcharam para Atenas, incendiaram a cidade, a população ateniense
se refugiou na ilha de Salamina e organizou o contra ataque. Com uma frota
naval poderosa, comandada pelo general Temístocles, os atenienses enfrentaram
os persas na batalha de Salamina.
Depois de Salamina, os atenienses impuseram derrotas decisivas sobre os persas nas Batalhas de Plateia e na Batalha de Micale. Os gregos se organizaram em torno da Liga de Delos, uma confederação
de cidades organizadas para defender a Grécia; as cidades gregas deveriam
enviar soldados, dinheiro e recursos para fortalecer a defesa da Grécia. Embora
com sede na Ilhar de Delos, Atenas era quem comandava a Liga. Em 448 a.C. os
gregos impuseram aos persas a Paz de Cales.
Graças a Liga de Delos a cidade de Atenas se
tornou poderosa e submeteu as demais cidades. Com muitos
recursos os atenienses passam pelo século de Péricles, era o auge da cidade
grega. Os atenienses viram a
possibilidade de unificar toda a Grécia. Porém o que deveria uni-los trouxe
mais guerras que levariam a decadência da Grécia.
Fonte:
ARRUDA, José Jobson de A.. História Antiga e Medieval. 18 ed. São Paulo: Ática, 1996. 528 p. 1 vol.
Herodotus' twenty-first logos: the Persians cross to Europe. Disponível em www.livius.org.
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