Por Douglas Barraqui
Começo este artigo com uma afirmação: “a maneira com que escolhemos para contar nosso passado pode dizer muito do nosso presente”. Fazer o resgate dos acontecimentos históricos é legitimar ou dar explicação ao momento, ao contexto, a situação e as sensações presentes, ou seja, o passado nos causa impacto, principalmente em nossos alunos. Assim sendo a maneira com que nós professores contamos a história para nossos alunos pode influir direta e indiretamente em suas concepções de mundo, eu posso dizer que vejo nos olhos dos meus alunos.
Nós professores de história somos interlocutores, o câmbio, entre o passado e o presente. Ressuscitamos os que já foram, damos vida as revoluções, aos conflitos, as conquistas e as tragédias, tudo isso se revela nos rostos dos alunos. Suas mentes, ainda jovens, fazem daquilo um filme e seus rostos caricaturam o passado. Uma impressão em uma mente tão moldada aos aspectos do presente.
Os alunos são tábulas rasas, possuem uma mente fabulosa a serem trabalhadas, “pegue novo e terá um milhão de possibilidades”. Os acontecimentos do passado são traduzidos pelos alunos em uma tentativa de confeccionar uma visão de si mesmo, individual. Nasce então uma história que nunca passa, nós morremos e o passado fica para sempre.
É com o passado que o aluno encontrará sua identidade.
Na infância ou na velhice, em algum momento, você se da conta que não é o bastante. Que você é perecível e que de fato quem não morre é o passado, ele sempre estará presente.
Um comentário:
Sem o passado não temos existência futura...
Lindo fim de domingo!
BJKS...
Leila
;)
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