sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Estudo Dirigido: Grécia e Roma


Prof. Douglas Barraqui

GRECIA ANTIGA

a)    Grupos sociais da Grécia antiga
ESPARTA:
Cidadãos
Ø  Chamados espartanos ou espartíatas, eram descendentes dos antigos dórios e formavam a classe dos iguais: a aristocracia.
Ø  Participar da vida política da cidade, em uma assembleia chamada ápela.
Periecos
Ø  Descendiam dos povos que se submeteram aos dórios. Eram homens livres que se dedicavam ao comércio e ao artesanato ou possuíam pequenas propriedades agrícolas, mas eram obrigados a cultivar um lote especial de sua propriedade para os reis espartanos. Em época de guerra, os periecos também participavam do exército.
Hilotas
Ø  População servil, descendente de povos que resistiram ao domínio dos dórios, sendo privados de seus bens e da liberdade. Formavam a maior parte da população. Eram obrigados a trabalhar nas terras do Estado e dos cidadãos espartanos e não podiam abandonar as terras.

ATENAS:
Cidadão
Ø  Participava da vida política da cidade e possuía terras.
Ø  Somente os homens adultos, filhos de pais atenienses, eram cidadãos e podiam votar e ser votados nas assembleias.
Ø  Os cidadãos mais ricos eram em geral os grandes proprietários de terras. Eles viviam principalmente nas cidades, onde se dedicavam à política, às artes, à filosofia e praticavam exercícios físicos.

Metecos
Ø  Estrangeiros, não podiam se casar com cidadãos da polis.
Ø  Eram obrigados a prestar serviço militar e a pagar um imposto pessoal.
Ø  Seus descendentes não podiam possuir terras dentro da cidade.
Ø  Trabalhavam no comércio, no artesanato e no empréstimo de dinheiro a juros.

Escravos
Ø  Prisioneiros de guerra ou ainda homens livres que se tornavam escra-vos quando devedores. Esse era o caso do pequeno camponês que fazia empréstimos para comprar sementes ou alimento e não conseguia pagar suas dívidas. O fato de não cumprir um dever – o pagamento da dívida – tornava-o um cidadão indigno de sua cidadania, e a escravidão era vista como o único jeito de puni-lo.
Ø  Os escravos não possuíam nenhum direito nem podiam, pelo menos no início, se libertar.
Ø  Eram considerados bens, instrumentos de trabalho, mercadorias que pertenciam aos cidadãos gregos.

b)   Legisladores, como Drácon, Sólon e Clístenes

Drácon:
Ø  Elaborou um código de leis escrito.
Ø  A legislação previa penas extremamente rigorosas para quem as violasse.
(No entanto, Drácon apenas registrou os costumes tradicionais. Assim, as tensões permaneceram).

Sólon:
Ø  Aboliu a escravidão por dívidas, que afetava muitos camponeses pobres.
Ø  Substituiu o critério de nascimento pelo de riqueza para o acesso a cargos públicos, dando assim maior poder para a aristocracia.
Ø  Dividiu os cidadãos em quatro classes de proprietários, conforme o padrão de renda.
Ø  Estabeleceu que indivíduos mais pobres pudessem votar na assembleia popular – a ekklésia –, que escolhia os magistrados.
Ø  Criou a boulé, conselho composto de 400 membros escolhidos pela ekklésia. Esse conselho elaborava as leis a serem votadas pela ekklésia.

Clístenes:
Ø  Estabeleceu o regime democrático baseado na isonomia, ou seja, na igualdade dos cidadãos perante a lei.
Ø  Ele dividiu os cidadãos atenienses em dez grupos, misturando pessoas de condições diferentes. Formavam-se assim os demos, as unidades administrativas que cuidavam da cidade, e serviram principalmente para quebrar o poder da aristocracia.
Ø  Aumentou o número de participantes da boulé para 500 membros, o que tornou a participação política mais abrangente, e possibilitou que os cidadãos mais pobres também fossem parte ativa da vida política. Desse modo, qualquer indivíduo, rico ou po-bre, podia ser magistrado. Daí o nome desse tipo de governo: democracia (demos, o povo; kratos, poder).
Ø  No entanto, essa democracia não era um sistema político que admitia a participação de todos os habitantes. Os cidadãos que gozavam de completa liberdade e participavam das decisões políticas eram atenienses ricos e pobres (que eram incentivados a participar da política), nunca estrangeiros, mulheres ou escravos.
Ø  O governo de Clístenes, porém, trouxe para os cidadãos estabilidade social e expansão econômica.


c)    Características da democracia ateniense
Ø  A democracia era direta, ou seja, uma parte do povo tinha participação direta na vida política. Por exemplo, a decisão de criar um imposto especial para investir na construção de um anfiteatro na cidade deveria ser tomada pelos cidadãos reunidos na assembléia.
Ø  Exclusiva: excluía mulheres, estrangeiros e escravos.

d)   Característica da sociedade espartana
Ø  Sociedade militarista
Ø  Patriotismo
Ø  Xenofobismo (aversão ao estrangeiro) 
Ø  Eugenia (preocupação com a qualidade da raça)
Ø  Laconismo

e)    Educação espartana
Educação Voltada para a guerra:
Ø  7 anos - era entregue aos cuidados do Estado e recebia treinamento militar sob a supervisão do polemarco;
Ø  15 anos - era submetido a Criptéia (Consistia numa matança periódica de hilotas.);
Ø  18 anos - voltavam para Esparta era considerado um soldado;
Ø  20 anos, o jovem ingressava no exército era considerado um cidadão;
Ø  30 anos – recebia  a permissão para se casar;

f)     Religião grega
Ø  Politeísta
Ø  Os deuses estabeleciam relações de amizade e casamento e geravam filhos.
Ø  Viviam em constantes conflitos, provocando até mesmo guerras.
Ø  Para os gregos, a principal diferença entre os deuses e os homens era a imortalidade: os deuses não morriam.
Ø  Cada deus representava uma força da natureza, um atributo, uma profissão ou uma atividade.
Ø  Cada cidade estado grega tinha o seu deus que a protegia.

ROMA ANTIGA

a)    A monarquia romana
Ø  Rei concentrava o poder, acumulando várias funções:
·         Governava de forma vitalícia
·         Podia declarar guerras,
·         Administrava a justiça
·         Presidir os principais rituais religiosos.
·         No entanto, não tinha poderes ilimitados: devia ouvir a opinião do Senado em todas as questões relativas à cidade e também dependia das assembleias para garantir seu poder.

b)   Grupos sociais de Roma antiga
Patrícios:
Ø  Consideravam-se descendentes dos fundadores de Roma.
Ø  Possuidores de direitos políticos.
Ø  Formavam a aristocracia, eram os mais ricos, possuíam a maior parte do gado e das terras;
Ø  Ocupavam altos postos no exército.

Plebeus:
Ø  Maioria da população.
Ø  Viviam como camponeses, artesãos, comerciantes e, geralmente, trabalhavam para os patrícios.
Ø  Alguns plebeus eram pequenos proprietários de terra.
Ø  Não possuíam direitos políticos, o que os impedia de participar do governo da cidade. (Mesmo quando enriqueciam, continuavam sem ter o direito de participar das decisões que envolviam a vida de Roma).

Clientes:
Ø  Grupo intermediário entre os patrícios e os plebeus.
Ø  Eram servidores ou protegidos dos nobres.
Ø  Era constituído, em geral, por pessoas pobres, escravos libertos, estrangeiros que enriqueceram por meio do comércio, ou por filhos ilegítimos, que dependiam da proteção de um patrício para sobreviver.

Escravos:
Ø  Escravo de guerra
Ø  Escravo por dívida
Não possuíam nenhum direito, eram considerados instrumentos de trabalho e recebiam castigos pesados.

c)    A república romana
Ø  Forma de governo em que havia a preocupação com o bem comum e com a necessidade de uma lei para todos os cidadãos.
Ø  Res publica - expressão de origem latina que significa “coisa pública”.
Ø  Atenção: não significou, entretanto, que todos os habitantes tivessem os mesmos direitos políticos nem que todos os homens livres fossem cidadãos plenos.
·         Patrícios, que compunham a camada dominante e distribuíam entre si os cargos políticos e as funções militares e administrativas.

d)   Expansão romana: Guerras Púnicas
Guerras + Acordos e alianças políticas
Guerras púnicas: Roma VS Cartago
Causa: disputa pela hegemonia e domínio do comércio no Mediterrâneo

e)    Religião romana.

Ø  Politeísta antropomórfica

Ø  Influencia dos etruscos e gregos


REFERÊNCIAS
ü  AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris: história 6º ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.
ü  CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.
ü  COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005.
ü  Projeto Araribá: História – 6º ano. /Obra coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário Melani.
ü  Uno: Sistema de Ensino – História – 6º ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.

Nenhum comentário: