terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Caçador de Pipas: "há um jeito de ser bom de novo"


De todos os livros que já li, releve o fato de que me sufoco em minhas limitações e digo que devido a elas foi um número significativo, o que para alguns pode parecer irrisório, o livro O Caçador de Pipas, de Khaled Housseini, a meu ver foi uma das histórias, do gênero romance, que se demonstraram mais humana do seu início ao fim. Humana a ponto de despertar em mim sentimentos variados, ao passo que seu conteúdo de forma extraordinária, como bem disse Isabel Allende, conseguiu comprimir grandes temas da literatura como: “amor, honra, culpa, medo, redenção”.


Todo esse caráter humano, além é claro de uma narrativa excepcionalmente rica em detalhes, mostrando diferentes grupos étnicos e uma pátria que bestialmente foi marginalizada pelo ocidente, faz do livro um verdadeiro clássico da literatura mundial, não é a toa que a obra já vendeu mais de dois milhões de copias só nas terras do Tio Sam.


Por que O Caçador de Pipas?


Existem inúmeras teorias para a origem da pipa, que em terras Tupiniquim é chamada de papagaio. Uns dizem que sua origem é chinesa, há cerca de três mil anos, onde os generais empinavam pipas nos frontes de batalha a fim de enviar mensagens a seus homens. Outros afirmam que muito antes dos chineses os egípcios já eram conhecedores da arte de empinar pipas. E aprendi com esse livro que na Malásia eles utilizam a pipa para pescar.


A pipa, que Amir e Hassan empinam juntos, simboliza a fragilidade de um relacionamento chamado de amizade, cheio de altos e baixos, bons ventos e maus ventos. Uma linha tenua, entre dois jovens de origem étnica diferente que foram criados juntos e amamentados pela mesma ama-de-leite, que se partiu e a pipa saiu à deriva perdida na imensidão do “céu”, ora azul ora nublado, que por sinal é muito bem descrito no decorrer da narrativa. Mas, “há um jeito de ser bom de novo”, é ai que entrar O Caçador de Pipas, é a hora da redenção, a hora de Amir ir em busca da pipa, recuperar seu passado e seus valore humanos.


Khaled Hosseini, o autor:


Nasceu em Cabul, no Afeganistão, em 1965. É o primogênito de cinco irmãos. Em 1976, aos 11 anos de idade, sua família se mudou para Paris, onde seu pai assumiu um posto diplomático na embaixada afegã. Após o mandato de seu pai na França, Housseini voltou para o Afeganistão, que foi invadido pelos soviéticos em 27 de dezembro de 1979. Em 1980, após pedido de asilo político, sua família foi para San Jose, na Califórnia, e Hosseini se formou em medicina. Assistiu o grupo fundamentalista islâmico Taliban (milícia sunita) assumir o poder em 1996 e fazer uma verdadeira limpeza étnica em seu país. É casado e têm dois filhos, um menino e uma menina, Haris e Farah.


Em fim


Um best seller aclamado pela crítica mundial, um livro que talvez nos ajude a romper com as amarras formais e anacrônicas do preconceito com países e culturas diferentes. Um livro que nos mostra que, mesmo na guerra há esperança de paz, é que não há fronteiras quando nos referimos a seres humanos e seus respectivos sentimentos, medo, dor, amor, ódio, culpa e redenção. Eu li o livro, que fez em mim despertar inúmeros sentimentos, chorei e ri, recordei de erros do passado e aprendi que “há um jeito de ser bom de novo”, a todo momento.


Bibliografia:

HOSSEINI, Khaled. O caçador de pipas: romance. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

2 comentários:

Renan Castro disse...

Douguera, o blog está muito bom...Tanto o layout quanto o rico conteúdo. Vou ler um pouco todos os dias. Assim que aprendemos coisas úteis.

E sobre o Caçador De Pipas...O livro é realmente fantástico. Fala sobre etnia e uma grande lição de vida.

Deu até vontade de dar uma melhorada no meu blog...rs

Temos que marcar para tocar Heavy Metal cara. Chama Dvd pra cantar Ozzy Osbourne...hahaha

abç...

Renan (Bob)

Unknown disse...

ei meu lindo,adorei o BLOG,ta mto interessante
gostei do livro,é uma lição de vida
SUCESSO
beijos